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Manchete dos Jornais nesta sexta-feira, 13 de maio de 2016

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Temer assume e defende reformas e gasto social
Afastada pelo Senado por 55 votos a 22, Dilma Rousseff afirma que resistirá até julgamento
Interino exalta Lava Jato e fala em ‘governo de salvação nacional’
Paulista de 75 anos é o 41º e o mais velho a chegar ao cargo
O vice-presidente, Michel Miguel Elias Temer Lulia, 75, assumiu a Presidência da República nesta quinta-feira (12), após o afastamento da petista Dilma Vana Rousseff, 68, pelo Senado Federal, por 55 votos a 22. É a segunda vez que a Casa instaura um processo de impeachment desde a redemocratização do país, em 1985. Após sessão de mais de 20 horas, finda na manhã de quinta, Dilma foi afastada por até 180 dias. Em caso de condenação, o peemedebista será efetivado, com mandato até 31 de dezembro de 2018. Em discurso na cerimônia de posse de seus ministros, Temer afirmou que manterá programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Fies. O presidente interino prometeu reformas trabalhista e previdenciária,“ democracia da eficiência” de gastos, corte de cargos políticos, reequilíbrio de contas públicas e melhoria do ambiente de negócios. Louvou a Operação Lava Jato e o combate à corrupção e pediu “um governo de salvação nacional”. Por fim, citou a atualidade do slogan de sua gestão, “Ordem e Progresso”, presente na bandeira nacional. O afastamento marca o fim da era petista no poder. Entre 2002 e 2016, o partido venceu quatro eleições presidenciais, promoveu avanço social mas também desemprego recrudescente e protagonizou escândalos de corrupção. Dilma enfrentou crise econômica, acusações de fraude orçamentária e as maiores manifestações de rua da história. Em discurso, admitiu erros, mas não “crimes”, e chamou o processo chancelado pelo Supremo Tribunal Federal de “golpe”…


O Globo

Manchete : Temer promete ‘governo de salvação’ e Estado menor
No primeiro discurso, presidente interino diz que protegerá a Lava-Jato
Peemedebista deu posse à sua equipe de 23 ministros, com perfil essencialmente político, e apostou em boa relação com o Congresso Nacional para aprovar reformas como a da Previdência, mas sem mexer em direitos adquiridos
No primeiro discurso após tomar posse com o afastamento da presidente Dilma, o presidente interino, Michel Temer, afirmou ser urgente fazer um “governo de salvação” e anunciou que recorrerá à iniciativa privada para “estancar o processo de queda livre da economia”. Após dar posse aos 23 ministros de sua equipe, Temer defendeu o que chamou que “democracia da eficiência”, com menor participação do Estado na economia. “O Estado não pode tudo fazer”, disse ele, que prometeu, porém, manter programas sociais. Cercado de parlamentares, num tom muito diferente do de Dilma, o presidente interino fez afagos no Congresso e disse que protegerá a Lava-Jato contra qualquer tentativa de enfraquecê-la. Antes da cerimônia, foram confirmados os dois nomes que faltavam: Helder Barbalho (Integração Nacional) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia). A equipe, com perfil majoritariamente político, tem representantes de 11 partidos. Temer aposta na ampla coalizão para aprovar reformas como a tributária e da Previdência. Ele disse, no entanto, que manterá direitos adquiridos. (Págs. 3 a 25)

Ao deixar o Planalto, Dilma admite possíveis erros, mas não crimes
No discurso que marcou seu afastamento do governo, a presidente afastada, Dilma Rousseff, disse que pode ter cometido erros, mas não crimes, e que, por isso, está sendo julgada “injustamente”. Ao lado do ex-presidente Lula, que demonstrava abatimento, ela deixou o Planalto pela lateral e repetiu a manifestantes que a gestão do presidente interino, Michel Temer, põe conquistas sociais em risco. Após encontro com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que presidirá o julgamento do impeachment no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros, decidiu cancelar o recesso de julho do Congresso para acelerar o julgamento. (Págs. 20 a 24)
Falta de mulheres no novo Ministério é alvo de críticas (Pág. 14)

Estatais terão de passar por pente-fino para melhorar gestão
O presidente interino, Michel Temer, determinou à nova equipe econômica que faça um pente-fino nas estatais para melhorar sua eficiência. Os comandos do Banco do Brasil e da Petrobras não devem ser trocados imediatamente. Analistas acreditam que a petrolífera e outras estatais poderão precisar de um aporte do Tesouro. (Pág. 31)

‘Se governo não funcionar, PSDB cai fora’, diz tucano
entrevista – Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique disse a SILVIA AMORIM e TIAGO DANTAS que Temer “tem de fazer um milagre” e que o PSDB deixará o governo se ele não atender às expectativas. “Não é para entrar e ficar”, diz ele. (Pág. 15)

Colunistas
MERVAL PEREIRA – A primeira preocupação de Temer é com os votos. (Pàg. 4)

ANCELMO GOIS – Políticos de sempre no novo governo. (Pág. 28)

JOSÉ CASADO – A política retorna ao centro do poder. (Pág. 13)

JOSÉ PAULO KUPFER – Equipe econômica vira vidraça. (Pág. 19)

MÍRIAM LEITÃO – Novo governo terá que lidar com várias emergências. (Pág. 32)

NELSON MOTTA – É patético culpar machismo. (Pág. 19)

ILIMAR FRANCO – O direito de Dilma de ir e vir. (Pág. 2)

PAULO NOGUEIRA – País fica fragilizado no mundo. (Pág. 19)

Editorial
Otimismo com o novo tom do Planalto (Pág. 18)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Ao assumir governo, Temer prega união e ‘democracia da eficiência’
Em pronunciamento, presidente em exercício declara respeito institucional a Dilma e afirma que Lava Jato ‘não será enfraquecida’
O advogado Michel Elias Temer Lulia, de 75 anos, assumiu ontem a Presidência da República após Dilma Rousseff ser afastada por até 180 dias por determinação do Senado. No primeiro pronunciamento, Temer ( PMDB) disse que é urgente pacificar a Nação, unificar o Brasil, fazer um governo de salvação nacional e atingir a “democracia da eficiência”. Também prometeu “manter e aprimorar” programas sociais e garantiu que a Operação Lava Jato “não será enfraquecida”. Temer citou Dilma, declarando “absoluto respeito institucional à senhora presidente”, e pediu apoio de parlamentares para uma base “sólida” que permita aprovar projetos fundamentais. Após acenar até a partidos de oposição e movimentos sociais que o criticam, o presidente em exercício propôs diálogo. “Precisamos do apoio do povo. O povo precisa colaborar e aplaudir as mudanças que venhamos a tomar.” O afastamento de Dilma foi aprovado no Senado por 55 votos a favor e 22 contra. (Política A4 a A20)

19 dos 23 novos ministros são ou já foram parlamentares
Michel Temer priorizou políticos nos ministérios, principalmente com experiência no Congresso. Dos 23 ministros anunciados ontem, 19 são ou foram deputados, senadores ou presidentes de partido. Apenas três nunca tiveram atividade partidária direta e um, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, chegou a ser eleito deputado pelo PSDB e já foi filiado a PMDB e PSD. (Pág. A8)

Dilma: ‘Posso ter cometido erros, mas não crimes’
Antes de deixar o Palácio do Planalto pela porta de entrada, Dilma Rousseff disse que foi vítima de sabotagem e de farsa política e jurídica, mas afirmou que não esmorecerá. “Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes”, declarou. “Eu já sofri a dor indizível da tortura, a dor aflitiva da doença e agora sofro mais uma vez a dor igualmente inominável da injustiça.” (Pág. A13)

MP de Temer cria programa para liberar concessões
O presidente em exercício, Michel Temer, criou ontem, por meio de medida provisória, o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), com a proposta de retirar “entraves burocráticos e excessos de interferência do Estado” nas concessões. A equipe de Temer deve apresentar emenda para abatimento maior da meta fiscal, para acomodar perda com renegociação da dívida dos Estados. (Economia B1 a B5)

Petrobrás perde no trimestre R$ 1,26 bi
A Petrobrás teve o terceiro prejuízo trimestral ao encerrar março com perda de R$ 1,26 bilhão, queda de 123% ante 2015. (Economia B7)

Suíça devolverá ao País US$ 200 mi da Lava Jato (Política A22)

Contra zika, OMS sugere evitar áreas pobres (Metrópole A28)

Análises
Eliane Cantanhêde – Centenas de militantes foram apoiar Dilma na saída. Um cidadão se dignou a prestigiar posse de Temer. (Pág. A10)

Monica de Bolle – Há esperança de que o governo Temer siga ‘A Ponte para o Futuro’, texto do PMDB com agendas e medidas. (Pág. A8)

Celso Ming – Nesta arrancada, o sucesso depende de quanto o novo governo consegue despertar confiança. (Pág. B2)

Gilles Lapouge – Em comparação com os parlamentares do Planalto, Sarkozy e Hollande são transparentes como vidro. (Pág. A19)

Notas&Informações
A missão de Temer – Ele precisa demonstrar que está inequivocamente determinado a inaugurar de fato nova fase (A3)

A reconstrução do Brasil – O primeiro desafio do novo governo é iniciar a arrumação das contas federais (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Temer assume e defende reformas e gasto social
Afastada pelo Senado por 55 votos a 22, Dilma Rousseff afirma que resistirá até julgamento
Interino exalta Lava Jato e fala em ‘governo de salvação nacional’
Paulista de 75 anos é o 41º e o mais velho a chegar ao cargo
O vice-presidente, Michel Miguel Elias Temer Lulia, 75, assumiu a Presidência da República nesta quinta-feira (12), após o afastamento da petista Dilma Vana Rousseff, 68, pelo Senado Federal, por 55 votos a 22. É a segunda vez que a Casa instaura um processo de impeachment desde a redemocratização do país, em 1985. Após sessão de mais de 20 horas, finda na manhã de quinta, Dilma foi afastada por até 180 dias. Em caso de condenação, o peemedebista será efetivado, com mandato até 31 de dezembro de 2018. Em discurso na cerimônia de posse de seus ministros, Temer afirmou que manterá programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Fies. O presidente interino prometeu reformas trabalhista e previdenciária,“ democracia da eficiência” de gastos, corte de cargos políticos, reequilíbrio de contas públicas e melhoria do ambiente de negócios. Louvou a Operação Lava Jato e o combate à corrupção e pediu “um governo de salvação nacional”. Por fim, citou a atualidade do slogan de sua gestão, “Ordem e Progresso”, presente na bandeira nacional. O afastamento marca o fim da era petista no poder. Entre 2002 e 2016, o partido venceu quatro eleições presidenciais, promoveu avanço social mas também desemprego recrudescente e protagonizou escândalos de corrupção. Dilma enfrentou crise econômica, acusações de fraude orçamentária e as maiores manifestações de rua da história. Em discurso, admitiu erros, mas não “crimes”, e chamou o processo chancelado pelo Supremo Tribunal Federal de “golpe”. (Poder)

Colunistas
Reinaldo Azevedo – PT não vê que o que lhe deu mandatos afastou Dilma (Poder A18)

Vladimir Safatle – Novo corpo político virá quando elite menos esperar (Ilustrada C8)

Bernardo Mello Franco – Modelo de loteamento da era petista foi mantido (Opinião A2)

Editoriais
Leia “A direção de Temer”, a respeito de discurso e ministério do presidente interino, e “Corrida contra a zika”, acerca de estudos sobre a doença. (Opinião A2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016

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