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A Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), empresa vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, informa que a segunda etapa anual da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa segue até 30 de novembro. A meta é vacinar 100% do rebanho bovino e de búfalos de todas as idades (mamando a caducando), estimado em 9,15 milhões de cabeças no Paraná.
A campanha iniciada em 1º de novembro tem duração de 30 dias. A Adapar vai contar com um incremento na fiscalização, com a entrada de novos servidores que foram admitidos nesse ano após realização de concurso público. “O ingresso de profissionais, médicos veterinários e assistentes de fiscalização, reforçará o efetivo de fiscalização no cumprimento da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa”, afirma o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária, Rafael Gonçalves Dias.
De acordo com a Adapar, as vacinas estão disponíveis no mercado e a recomendação é que a vacinação e a comprovação sejam feitas o mais rápido possível.
A Adapar também está revitalizando os 33 postos de fiscalização existentes nas fronteiras com os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, dos quais cinco estão em processo de licitação para construção de unidades novas. “Com os postos adequados, aumenta a fiscalização do trânsito interestadual de animais”, explicou Dias.
A revitalização dos postos e a construção de novas unidades estão em andamento, com financiamento do Instituto de Florestas do Paraná, empresa também vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Para comprovar da vacinação, o produtor tem duas opções. Ele pode preencher o comprovante de vacinação, relacionando a quantidade de animais existentes na propriedade e de animais vacinados, por sexo e por idade. Depois, deve entregar essa comprovação nas Unidades Locais de Sanidade Agropecuária da Adapar. A outra opção é online, cumprindo o mesmo procedimento, no endereço eletrônico www.adapar.pr.gov.br.
MULTA – Rafael Dias recomenda ao produtor e pecuarista que vacine e comprove a vacinação do rebanho o quanto antes. Ao final do prazo da campanha, o produtor que não vacinar será autuado e poderá ser multado.
Para quem tem até 10 cabeças na propriedade, a multa será de R$ 799,00. Para quem tem rebanho acima dessa quantidade a multa será de R$ 79,90 por cabeça não vacinada.
Na última campanha, em maio de 2015, foram vacinados os animais de zero a 24 meses de idade e o índice de vacinação atingiu 97%. Segundo Dias, os índices de vacinação contra febre aftosa no Paraná nos últimos anos estão acima de 95%, considerado adequado. “Mas queremos atingir 100% e para isso contamos com a colaboração do agricultor para que não deixe de vacinar seu rebanho, já que a vacina é uma proteção do seu patrimônio”, afirmou.
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda, causado por vírus e bastante contagiosa, que atinge os rebanhos de bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos, que causa grandes prejuízos na exploração da pecuária. Os países e áreas livres de febre aftosa estabelecem fortes barreiras à entrada de animais, ou derivados, de regiões com febre aftosa.
Dias alerta que basta a incidência de apenas um foco da doença para ocorrer restrição ao mercado internacional, e até mesmo ao mercado nacional. “Animais e produtos de origem animal ficam proibidos de serem comercializados, com efeitos negativos sobre a pecuária e na economia do País, com graves consequências sociais”.