UFPR testa duas substâncias químicas contra o Aedes aegypti

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A Universidade Federal do Paraná está testando dois novos larvicidas que podem tornar o combate à dengue mais eficiente em todo o país. As novas substâncias destroem as larvas do mosquito gastando menos e com melhores resultados.

As duas substâncias têm se mostrado letais às larvas do Aedes aegypti nos testes feitos no laboratório do departamento de Zoologia da UFPR. Os professores Mário Navarro (departamento de Zoologia) e Francisco A. Marques (departamento de Química ), em parceria com a pesquisadora Rosi Maria Carlos da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) já estão trabalhando há cerca de dois anos no projeto .

Estas substâncias diferem principalmente no nível de toxicidade em relação aos atuais. Isto quer dizer que a utilização destes novos inseticidas é menos prejudicial à saúde humana e de outros animais do que os já em uso no combate ao mosquito da dengue. Além de menos tóxicos, os novos inseticidas também são mais baratos, pois podem ser utilizados em menor quantidade para terem o mesmo resultado que os atuais.

Além de impedir a proliferação do mosquito com inseticidas que atingem as larvas, as pesquisas vão além. Outras frentes de trabalho também fazem parte do projeto, como os estudos para repelência e atraência. Na primeira, está sendo desenvolvido um repelente corporal a partir de uma planta asiática e na outra frente, o trabalho é focado nas substâncias que atraem o Aedes aegypti, que se melhoradas possibilitariam maior sucesso na captura dos mosquitos.

Todo esse trabalho e investimento se justificam pela necessidade de melhorar a prevenção à dengue no Paraná. Cidades como Londrina e Jacarezinho historicamente sofrem com epidemias de dengue, e este ano estão novamente no topo da lista das cidades com maior número de casos. Londrina, que concentra aproximadamente 46% dos casos registrados no Paraná, já confirmou a primeira morte por complicações da doença. “A prefeitura tem que cuidar do município” comenta Navarro, e explica ainda que, se os trabalhos de prevenção à proliferação do mosquito não forem feitas com antecedência e de forma efetiva, em um mês já se tem três gerações do mosquito e uma epidemia instalada na cidade, o que poderia ser evitado com relativa facilidade.

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