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Um dos primeiros passos para que a universidade alcançasse esse lugar hoje foi dado em 2003. Em maio daquele ano, foi aprovada uma resolução que passou a regulamentar a proteção de direitos relativos à Propriedade Industrial e Intelectual no âmbito da UFPR. Entre outros pontos, a resolução já definia as partes de lucro dos possíveis royalties divididas entre as empresas, a universidade e os pesquisadores/inventores. Esta resolução surgiu mais de um ano antes da Lei da Inovação ser sancionada, em dezembro de 2004.
O pesquisador Carlos Ricardo Soccol, professor titular do Departamento Engenharia de
Bioprocessos e Biotecnologia, é um dos grandes responsáveis pela boa posição da UFPR no ranking nacional. Com mais de 25 pedidos de patente registrados, ele acredita que o resultado mais importante desta colocação é a possibilidades da transferência desses conhecimentos gerados na UFPR à sociedade através de novos processos e produtos.
“O número de patentes depositados por um país é um importante parâmetro para medir seu grau de desenvolvimento científico, tecnológico e principalmente por sua capacidade de inovar”, explica o professor. Os novos processos e produtos desenvolvidos pelo Prof. Soccol e patenteados pela UFPR são das mais variadas áreas, que incluem o setor agrícola, produção e processamento de alimentos, cosmetológico, meio ambiente e de bioenergia.
O repasse das patentes para a sociedade é realizado quando as instituições de pesquisa desenvolvem parcerias com empresas interessadas em tirar as invenções dos laboratórios. O contato entre essas duas partes é feito através da Agência de Inovação e Tecnologia da UFPR. Regulamentada em 2008, a agência contava, até 2010, com 117 pedidos de patentes junto ao INPI. “A Agência faz o meio de campo entre as empresas e os pesquisadores e inventores – desde a redação do pedido até a assinatura do contrato”, explica o professor Dr. Sérgio Scheer, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e diretor da Agência de Inovação e Tecnologia da UFPR. “Nós temos atualmente sete contratos de parceria com empresas e outros cinco em tramitação”, conta.
A UFPR possui patentes de áreas distintas do conhecimento. Entre os destaques estão os setores de Química, Física e Engenharia Mecânica. “Essas áreas, porém, são bastante abrangentes. Um invento registrado na área de química, por exemplo, pode ser útil para a construção civil”, explica o pró-reitor.