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O presidente Michel Temer procurou mostrar otimismo ao falar sobre a reforma da Previdência ao dar posse ao deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo. Temer disse que o adiamento da votação para fevereiro de 2018 foi “ótimo” e que o governo ganhou tempo para garantir mais votos.
“Vai ficar para fevereiro? Ótimo. Porque estamos contando votos. No mês de janeiro, os parlamentares vão para suas bases e verão que não há oposição feroz à reforma da Previdência”, disse Temer.
O presidente deu posse ao novo ministro depois de receber alta do Hospital Sírio-Libanês, onde passou por uma pequena cirurgia urológica. Como tem sido hábito em solenidades nas últimas semanas, Temer utilizou a cerimônia para defender a reforma da Previdência.
Após mencionar as oscilações do mercado quando há dúvidas sobre a aprovação da reforma, Temer se mostrou confiante no sucesso do governo. “Nós vamos aprovar a [reforma da] Previdência no Congresso Nacional. Não tenho a menor dúvida disso”, afirmou.
Temer aproveitou para pedir ao novo ministro todos os esforços em prol da reforma. “Eu peço a você, viu Marun, que na sua atuação na articulação política, dedique-se dia e noite, 18 horas por dia, se possível 20 horas, à reforma da Previdência. Você tem energia para isso, energia física, comunicativa, intelectual”.
Imbassahy
Marun substitui na pasta o também deputado federal Antônio Imbassahy, que se despediu do cargo defendendo o papel do PSDB no governo Temer após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o partido não contrariou a sua história e assumiu o compromisso com a agenda de reformas, que “vem sendo cumprida rigorosamente”. Em discurso no evento, o tucano elogiou o trabalho do Congresso Nacional, ao aprovar projetos enviados pelo governo.
Antes de elogiar a “experiência e a qualidade” de Carlos Marun para assumir o cargo, o agora ex-ministro mencionou as dificuldades do trabalho na Secretaria de Governo.
“Trabalhei com foco em manter a estabilidade política, crucial para manter o avanço do país. A articulação política é uma tarefa difícil por natureza, mas a dificuldade se acentua em um período pós-impeachment, de recessão profunda, de gravíssimas restrições fiscais e grande fragmentação partidária”, afirmou.
* Colaborou Paulo Victor Chagas, repórter da Agência Brasil