Serra diz que se eleito vai tratar todos os governadores com respeito, independentemente de partidos

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 Em visita à capital gaúcha, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje (22) que, se eleito, manterá um bom relacionamento com o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), apesar do “sectarismo” que ele observa nos petistas. Serra chegou ao estado no fim da tarde e participou de um encontro organizado pelo PP, partido que está na base de Dilma no plano nacional, mas que no Rio Grande do Sul apoia a candidatura tucana.

Serra lembrou que o comportamento republicano pautou sua atuação no governo de São Paulo, onde manteve boas relações com todos os prefeitos de municípios do estado, independentemente do partido. “Tinha até prefeito do PT mais sectário do que o Tarso. Olha que precisa ser sectário”, disse o candidato do PSDB que também estendeu as críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Serra, o presidente Lula foi antidemocrático ao “apoiar” militantes que o teriam agredido durante uma caminhada no Calçadão de Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. “O que aconteceu no Rio, os objetos que atiraram, as pedradas que machucaram a repórter da Globo, foi a consequência do que fizeram. Bloquearam a rua. Não eram militantes comuns, era gente de segurança. É uma agressão, é a concepção de que o adversário é um inimigo e precisa ser destruído, com mentira e violência”, disse.

“O presidente da República, dando aval a esse tipo de manifestação, acaba estimulando que outras se repitam. Nós não nos intimidamos. A democracia é um regime de liberdade. Todo mundo tem direito de dizer o que pensa, se locomover, se juntar, se reunir e pregar suas ideias. Essa não é a maneira de o PT enxergar a democracia”, completou.

Apontado em segundo lugar pelas pesquisas, Serra também reclamou do que chamou de “crise” nas pesquisas de intenção de votos, ao fazer referência aos resultados apresentados pelas pesquisas no primeiro turno que não previram o segundo turno. O tucano também lembrou a eleição de Yeda Cruscius, em 2006, quando o instituto Datafolha apontava sua derrota. “A pesquisa Datafolha errou fragorosamente no Rio Grande do Sul. Não estou dizendo que tenham feito deliberadamente. O Instituto Datafolha é um instituto sério. Mas o erro que teve em 2006 foi fragoroso”, lembrou.

Após o encontro em um hotel no centro da capital gaúcha, Serra concedeu uma entrevista ao Grupo RBS. Depois, embarcou em um trem para Canoas, onde se reúne com representantes do Partido Verde. O candidatotambém cumpre agenda em Gravataí. As duas cidades fazem parte da região metropolitana de Porto Alegre.

*Colaboração: Daniellen Doyll, repórter da TV Ulbra, em Porto Alegre

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