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Em uma breve passada pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Cambé foi possível verificar que a falta de manutenção no prédio e em alguns equipamentos, vem colocando em risco a saúde de funcionários e pacientes que precisam do atendimento.
Já na recepção bancos quebrados, banheiros sem papel higiênico, paredes sujas e com cantos quebrados e pintura descascando, na sala onde são aplicados os remédios as poltronas totalmente desgastadas o que dificulta a higienização e propicia a proliferarão de bactérias, lixeira para descarte de lixo contaminado sem a devida proteção, onde uma criança ou até mesmo um adulto pode se contaminar com facilidade.
Todas as informações foram enviados por um leitor do Portal Cambé, posteriormente fomos até o local onde podemos constatar os problemas, todas as informações foram repassadas para Ouvidoria Municipal através do seu grupo no WhatsApp.
Texto enviado por: Maria de Brito Lô Sarzi (Na integra)
Venho me reportar a todos os usuários do SUS por conta da reportagem, publicada no Portal Cambé sobre a UPA, onde traz a seguinte chamada de matéria: SEM MANUTENÇÃO, UPA DE CAMBÉ VIVE CRISE ESTRUTURAL.
O que significa esta crise estrutural? As poltronas que devem ser limpas durante as 24 horas diárias, por uma equipe capacitada para isso, e que realmente estão desgastadas?
Um lixo aberto, e, que na imagem não visualizei nada contaminado, ao contrário, tinha frascos de soro, e prolongamentos sem sangue. Veja na RDC 306 da Anvisa o elenco dos vários tipos de lixo existentes. Aliás, toda a equipe da UPA foi capacitada para isso, inclusive existe um manual de gerenciamento dos descarte dos lixos para todas as Unidades de Saúde, pois para que a população saiba, semanalmente existe uma empresa terceirizada e que foi licitada para fazer a coleta dos resíduos contaminantes, e que pagamos por KG de resíduo.
Crise estrutural, seria se nós não pudéssemos garantir aos nossos usuários medicamentos quando eles chegassem numa situação de urgência, aparelho de eletro do coração, quando chegasse numa suspeita de infarto do coração, monitor cardíaco de última geração para monitorar os batimentos cardíacos, ventilador mecânico para poder salvar vidas, nos casos mais extremos, aparelho de RX, leitos de observação para os adultos e crianças, exames dos mais variados.
Crise estrutural seria, se tivéssemos apenas 1 médico por plantão para os atendimentos aos nossos usuários. E isso não é a realidade. Dependendo dos horários, temos até 04 plantonistas, equipe de enfermagem, técnicos de RX, para atender as quase 500 pessoas por dia. Todos esses profissionais altamente capacitados.
Crise estrutural teríamos e muito grande, se a Prefeitura não conseguisse colocar aproximadamente R$ 700.000,00 do tesouro municipal para complementar o recurso que o Ministério da saúde manda de RS 300.000,00.
Inclusive gostaria em primeira mão de informar que, há 10 dias recebemos uma auditoria da técnica Eliane do Ministério da Saúde na UPA, para verificar se a partir da ESTRUTURA atual, poderíamos continuar recebendo os recursos mensais. No relatório, algumas situações precisamos melhorar sim, não irei me furtar a isto, porém, recebemos elogios, pela qualidade da equipe, da estrutura de pessoal, de equipamentos, e é isso que SALVA VIDAS.
Não estaria aqui me defendendo, se tudo, isso que foi publicado tivesse fundamento , porque para quem me conhece temos procurado sempre ouvir a população, trabalhar juntos e reconhecermos as nossas fragilidades, mas poltronas descascadas pela limpeza e um lixo aberto não é desestrutura na saúde!
Deus nos livre, de chegarmos a desestruturar a saúde de Cambé!
Maria de Brito Lô Sarzi