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Após acompanhar 2,5 mil empresários de diferentes segmentos de negócios durante dois anos, os agentes locais de inovação concluem sua participação no Programa e colecionam diversas histórias de sucesso
Eles colecionaram histórias, aprendizados e ajudaram 2,5 mil empresas do Paraná a se tornarem mais competitivas no mercado. Eles são os Agentes Locais de Inovação (ALI), profissionais recém-formados e bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que, por meio de orientações proativas e personalizadas, promoveram a prática continuada de ações de tecnologia e inovação de forma gratuita nas empresas de pequeno porte, com supervisão e orientação do Sebrae/PR.
Uma equipe formada por 57 agentes atuantes em todo o Estado, concluiu sua participação no Programa ALI no dia 27 de outubro e recebeu o certificado de conclusão das mãos do diretor de Administração e Finanças do Sebrae/PR, José Gava Neto, do gerente de Negócios Competitivos, Agnaldo Gerson Castanharo, da coordenadora estadual do Programa ALI, Luciana Nalon, e do gerente regional do Sebrae/PR, José Ricardo Castelo Campos.
“O Brasil, apesar de ser a nona economia do mundo, está na 69ª posição no Global Innovation Index, lista que indica o nível de 128 países com relação à inovação. Isso nos mostra que ainda há grandes oportunidades”, descreveu o diretor do Sebrae/PR, José Gava Neto. “O Sebrae/PR assume o papel de promover a competência empresarial e a inovação por meio do Programa Agentes Locais de Inovação, que faz com que as empresas entendam que a inovação em seus negócios pode ser simples e viável”, resumiu.
Para o gerente de Negócios Competitivos do Sebrae/PR, Agnaldo Castanharo, os resultados positivos não foram apenas para as empresas ou para a entidade, mas, principalmente, para os próprios agentes, que estão hoje mais preparados para o mercado de trabalho e com um grande diferencial em suas carreiras. “Cada um de vocês ajudaram a ‘plantar’ o conceito de inovação nas pequenas empresas, e acreditem, elas darão muitos frutos no futuro. Que este não seja o fim, mas o início de um novo ciclo profissional em suas vidas”, projetou.
Luciana Nalon, coordenadora estadual do Programa ALI que acompanhou a equipe nesses dois anos de atividades, afirmou que o programa proporcionou aos jovens maturidade e experiência, tornando-os profissionais mais críticos e conscientes. “Podemos considerar o Programa um MBA prático, pois não há livros que ensinem tudo o que vocês puderam vivenciar nesse período”, destaca. Além do certificado de participação, assinado pelo Sebrae/PR e pelo CNPq, eles também receberam, em formato digital, um livro com as histórias de sucesso das empresas participantes.
Desafio e Motivação
A solenidade de conclusão no Programa ALI ainda contou com a palestra “Momentos de Crescimento e Resultados de Sucesso”, ministrada pelo conferencista Marcelo Karam Guerra que, por meio de uma série de questionamentos, fez a plateia pensar sobre motivação e os propósitos para a vida, fazendo uma analogia com sua experiência no mundo dos negócios e sua paixão pelos esportes.
“Qual é o seu propósito de vida? Aonde você quer chegar? Visualize a posição em que se quer estar num cenário futuro. E lembre-se sempre que a determinação é a perseverança nos objetivos de longo prazo, e a distância entre o sonho e a realidade é a disciplina”, aconselhou o palestrante.
Abertos para o mercado
Agente de inovação da regional Leste, Patrícia Menezes dos Santos, que é formada como nutricionista, deixou a área de alimentação para trabalhar no ALI com varejo de flores, e a primeira coisa que aprendeu foi que a inovação pode estar em todo lugar, principalmente em momentos de crise. “Aprendi que as empresas que estavam mais preparadas e com determinação em continuar no mercado enfrentaram melhor a crise. Para isso, elas tiveram que fazer algo diferente, e só por meio da inovação isso foi possível”, acrescentou.
No setor de agroindústria, Regiane Mendes, da regional Noroeste, quis experimentar novas oportunidades de mercado com o ALI. “Minha formação e experiência profissional era apenas focada na indústria. Entrar no Programa me proporcionou contatos com empresas variadas do setor de alimentação que, apesar de diferentes no ramo, enfrentavam as mesmas dificuldades”, conta. Segundo ela, os ganhos vão além da profissão.
“Foi um aprendizado valioso, que me abriu novos horizontes. O ALI é um programa completo para desenvolver habilidades pessoais e profissionais, por isso quero continuar na área de consultoria para empresas de alimentos e compartilhar com elas o conhecimento que obtive”, testemunhou.
Eduardo Ribeiro Bueno Netto, que trabalhou com as empresas de Tecnologia da Informação, da regional Norte, confessou que a experiência como ALI foi transformadora, e também pensa em continuar com os trabalhos de consultoria. “Quanto maior o desafio, maior é o resultado. E a conclusão desse trabalho vai abrir muitas portas para mercado”, completou.