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Enquanto a renda do brasileiro caiu, a do paranaense teve aumento em 2017. O rendimento médio per capita domiciliar mensal ficou em R$ 1.476 – superior em 2,2% ao registrado em 2016 (R$ 1.444) no Paraná. No Brasil, o rendimento médio em 2017 foi de R$ 1.271 – valor 1,1% menor do que no ano anterior (R$ 1.285).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rendimento per capita domiciliar inclui todas as rendas recebidas, do trabalho, da previdência e de aplicações e investimentos. A variação apurada pelo instituto é real, já descontada a inflação no período.
“A crise econômica e a retração no mercado de trabalho nos últimos anos fizeram encolher a renda do brasileiro. Mas no Paraná a situação é melhor, com uma recuperação mais acelerada da crise econômica”, diz Julio Suzuki, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
OUTROS ESTADOS – De acordo Suzuki Junior, o fato de a economia estadual ter crescido mais do que a do Brasil no ano passado fez diferença no bolso da população. Em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná teve avanço de 2,5%, contra 1% da economia brasileira. O Paraná também aumentou a diferença de renda com o restante do País. Em média, o paranaense ganhava 16,1% mais do que a média do País em 2017. No ano anterior, essa diferença era menor, de 12,4%.
DESIGUALDADE – O levantamento também revela uma condição melhor do Paraná quando o assunto é desigualdade. A massa de rendimentos no Paraná no ano passado foi de R$ 16,69 bilhões. Desses, a parcela dos 10% mais ricos respondeu por 38,9%. Os 10% mais pobres participaram com 1,3%.
No Brasil, a desigualdade entre mais ricos e mais pobres é maior. Do total de R$ 263,08 bilhões da massa de rendimentos mensais no País, os 10% mais ricos detinham, no ano passado, 43,3%. Os 10% mais pobres ficaram com uma parcela de apenas 0,7% desse total.
“Ainda que essa desigualdade não seja desejável, ela é menor no Paraná, o que mostra uma condição de renda mais favorável aqui do que em outras partes do Brasil”, diz Suzuki Júnior. Também houve redução da participação dos 1% mais ricos na massa de rendimentos no Paraná – de 10,4% para 10,1%.