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As notas de valor menor têm tamanho menor. Além disso, números e animais de cada nota foram feitos em relevo.
Mas o deputado Walter Tosta, do PSD de Minas Gerais, acredita que a identificação poderia ser ainda mais facilitada com a adoção da linguagem em braille nas notas. Já está pronto para votação no Plenário da Câmara projeto de lei (PL 475/11) apresentado por ele que obriga a Casa da Moeda a produzir notas e moedas com inscrições em braille.
Para Walter Tosta, a medida dará mais segurança às pessoas com deficiência visual:
“E eles ficam tentando identificar as notas; mas, na realidade, eles não conseguem. E muitos deles são passados para trás por pessoas inescrupulosas que dão, às vezes, uma nota de R$ 10 e falam que estão dando uma nota de R$ 50, R$ 100; e ele ainda passa troco para aquela pessoa.”
Renato José, da Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, apoia a medida. Ele tem a deficiência e conta como lida com o problema das notas no dia a dia:
“Então, eu tenho lá na carteira uma nota de R$ 50, uma outra nota de R$ 20, uma outra nota de R$ 10. Então, eu coloco em ordem porque se eu comprar uma coisa que custa menos de R$ 10, é lógico que eu vou utilizar a nota de R$ 10. E assim dessa maneira. Eu costumo me organizar desta forma. Agora, por exemplo, se eu acabo usando as notas e por algum motivo eu não consigo naquele momento guardá-las em ordem; coloco no bolso de qualquer maneira; não pergunto qual foi a maneira que o troco me foi devolvido… depois eu tenho a necessidade de pedir para que alguém me ajude a organizá-las de novo.”
A proposta que obriga as inscrições em braille nas notas e moedas do real está tramitando em conjunto com outras 272 propostas apensadas ao projeto do Estatuto do Portador de Deficiência (PL 7699/06).
Está previsto para 2013, o lançamento das novas notas de R$ 5 e R$ 2, completando o projeto da segunda família do Real.