Escute a noticia. Clique no Player acima!
“Para alegria do brasiliense, a chuva veio para encerrar o período de seca na região e até quarta-feira ela vai continuar em pontos isolados do Distrito Federal e Entorno, podendo chegar a ser forte em alguns locais. As temperaturas também ficam mais agradáveis. A máxima deve chegar aos 28 graus Celsius (ºC) e a mínima pode atingir 14ºC”, disse o meteorologista do instituto, Mamedes Luiz Melo.
Ele acrescentou que a primavera deve seguir os padrões normais esperados para esta época do ano. A umidade relativa do ar pode atingir patamares entre 90% e 95%, principalmente ao amanhecer, e oscilar entre 50% e 60% no período da tarde.
Melo lembrou que durante a seca dos últimos meses, o cenário mais crítico foi observado nos dias 2 e 9 de setembro, quando foi registrada a umidade relativa do ar mais baixa na capital federal, 16%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível recomendável para evitar prejuízos à saúde é aproximadamente 60%.
A professora Verônica Oliveira, moradora de Brasília há dez anos, comemorou a chegada da chuva. Segundo ela, o tempo seco castiga ainda mais quem tem filhos pequenos, que precisam de cuidados redobrados.
“Nós adultos sentimos as consequências, mas as crianças sofrem ainda mais. Além da pele ressecada, elas ficam com dificuldades respiratórias, mais cansadas e muito incomodadas”, declarou, acrescentando que as queimadas agravam ainda mais a situação.
“Quando ocorrem queimadas então a gente fica refém da fumaça, principalmente quem mora em casa. Por isso, ontem foi dia de festa. Comemoramos cada pingo que caía”, brincou.
O meteorologista do Inmet ressaltou que outros estados também sofreram com a estiagem, como o de Goiás, que chegou a registrar umidade relativa do ar abaixo dos 10%; de Minas Gerais; da Bahia; do Piauí; Maranhão; Pará; Amazonas, de Mato Grosso; Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Ele enfatizou que no caso de São Paulo, a chegada da chuva traz ainda mais alívio à população, já que dispersa os poluentes provocados pelas indústrias e pelo grande volume de automóveis, “limpando o ar e amenizando os prejuízos à saúde”.