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O delegado Marcelo Lemos de Oliveira e sua equipe analisaram imagens do sistema de segurança do shopping e outros indícios que levaram à prisão das suspeitas. Nos depoimentos, as duas, colegas de trabalho da vítima, entraram em contradição quanto ao itinerário depois de saírem do shopping. Louise era supervisora de Márcia e Fabiana.
Na casa de Élvis, no Tatuquara, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encontraram num buraco sob o assoalho a bolsa da vítima, com todos os seus pertences.
O delegado disse que ainda não está clara a motivação para o crime, mas há suspeitas de que esteja relacionado com desvio de dinheiro. “No armário de Márcia, encontramos R$ 2.240,00. Mas ela não soube explicar a procedência da quantia”, informou o delegado da DVC.
Conforme apurado até agora, Louise pegou carona com o trio, em um carro prata, duas portas, com Élvis ao volante. O grupo deixaria Fabiana em casa primeiro, mas no meio do caminho Márcia simulou passar mal e Élvis parou o veículo em um local cercado de mato. O casal foi com Louise para o meio das árvores, enquanto Fabiana aguardou no automóvel. “Márcia disse para a amiga tampar os ouvidos e ligar o rádio em volume alto”, detalhou o delegado Marcelo.
A polícia ainda não sabe onde ocorreu o crime. O corpo foi arrastado pela correnteza do Rio Iguaçu até a área de cavas em que foi achado, na sexta-feira. As detidas estão recolhidas no Centro de Triagem I, onde ficarão por pelo menos 30 dias, até que as investigações sejam encerradas.
CORPO – O corpo de Louise foi encontrado em estado avançado de decomposição, em uma área de areal. Acredita-se que ele deve ter sido levado até lá pelo Rio Iguaçu. O reconhecimento oficial só foi possível, em curto espaço de tempo, com o uso de novo equipamento, em teste no Instituto Médico-Legal. O sistema automatizado de identificação de impressões digitais (Automated Fingerprint Identification System)-Afis, comparou as impressões colhidas com as arquivadas no banco de dados do sistema e confirmou a identificação da vítima.
O equipamento foi levado pelo Instituto de Identificação ao IML, onde papiloscopistas mantêm plantão de 24 horas para auxiliar da identificação dos corpos. “O trabalho desses profissionais foi fundamental para confirmarmos o reconhecimento de Louise”, afirmou o diretor do IML, Porcídio Vilani. De acordo com ele, no mesmo dia outros três corpos passaram pelo mesmo processo. Assim que passar o período de testes, o equipamento será enviado às subsedes do IML no interior do Estado.
O corpo será liberado para sepultamento nesta terça-feira (21), mas dependerá da família da vítima definir a data da retirada do cadáver. Até lá, outros exames são feitos para embasar o inquérito policial, como o de violência sexual, laboratoriais, odontologia forense, radiológicos e as necropsias.
INTEGRAÇÃO – O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, explicou que, sob orientação do secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, pela primeira vez foram reunidos para dar explicação todos os envolvidos na solução do caso. Estiveram presentes na coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (20), o Instituto de Criminalística, o IML, o Instituto de Identificação, a Divisão de Investigações Criminais e Delegacia de Vigilância e Capturas. “Conseguimos dar uma resposta eficiente à sociedade, graças ao trabalho de nossos policiais”, comentou Michelotto.
O delegado-titular da Divisão de Investigações Criminais, da Polícia Civil, Luís Fernando Artigas Júnior, ressaltou a colaboração da Guarda Municipal e da Diretoria de Trânsito nas investigações.
De acordo com o titular do Instituto de Identificação, Newton Tadeu Rocha, a integração com o banco de dados nacional e o uso do Afis foram essenciais para a rápida identificação da vítima.
A perita Clélia Fila Hamera, diretora da Divisão Técnica da Localística, do Instituto de Criminalística, junto com o perito Edimar Cúnico, que esteve no local onde o corpo foi encontrado, também explicaram os procedimentos adotados.