Escute a noticia. Clique no Player acima!
A Petrobras vai reduzir os preços da gasolina nas refinarias em 4,4%, em média, a partir deste sábado (25), um corte de 0,0907 real por litro, para R$ 1,9543, segundo informações no site da companhia nesta sexta-feira (24). O diesel segue estável.
O reajuste, primeiro na gasolina desde 30 de abril, acontece em uma semana em que o mercado de petróleo marcou o pior desempenho de 2019, com o barril do Brent, referência internacional, recuando 4,5% desde segunda-feira. Houve também valorização do real, que iniciou a semana cotado a cerca de R$ 4,08. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,8%, vendida a R$ 4,0152.
A Petrobras decide sobre os preços dos combustíveis com base em fatores como a cotação internacional do petróleo e o câmbio, mas uma sistemática em vigor desde setembro prevê o uso de operações de hedge para permitir um espaçamento maior entre os reajustes. O repasse do preço da gasolina ao consumidor final depende tanto das distribuidoras como dos postos de combustível. Segundo a companhia, o valor da gasolina na refinaria equivale a 25% do total. Outro 16% são da distribuidora e dos postos, e 59%, de imposto.
BR Distribuidora
A Petrobras informou que seu conselho de administração aprovou a venda de mais uma parte de sua participação na BR Distribuidora. O processo será feito por meio de uma oferta pública de ações, em mais uma etapa de seu plano de desinvestimentos. Após a venda dessas ações no mercado financeiro, a participação remanescente da Petrobras no capital social da BR será inferior a 50%, comunicou a empresa em fato relevante ao mercado financeiro. A petroleira, que detém 71,25% da BR, maior distribuidora de combustíveis do país, pode levantar cerca de 6 bilhões de reais se vender uma fatia superior a 21,25% na companhia, considerando o valor de mercado da empresa, de 27,3 bilhões de reais.
O valor levantado pode ser ainda maior se a empresa levar adiante um plano de reduzir a participação na BR para até 40%, conforme está sendo discutido nos bastidores da negociação. A petroleira estatal, que projetou no ano passado desinvestimentos potenciais de 26,9 bilhões de dólares (cerca de 108,2 bilhões de reais), no período do plano de negócios 2019-2023, tem na BR um de seus principais ativos do programa de vendas.
No fim de 2017, a Petrobras levantou cerca de 5 bilhões de reais com a abertura de capital da empresa, com uma oferta inicial das ações, (IPO, na sigla em inglês) de cerca de 30% das ações da distribuidora. A empresa não detalhou como será a nova oferta de ações, mas, em geral, companhias listadas abrem tais operações para todas as classes de investidores. Em comunicado, a BR afirmou que, a pedido da Petrobras, está convocando assembleia de acionistas para definir alterações do estatuto social para adequar a potencial nova composição acionária.
A Petrobras tem vendido ativos para reduzir dívidas e melhorar a alocação do capital da companhia, especialmente na produção de petróleo e gás no pré-sal. O atual presidente da BR, Rafael Grisolia, quando ainda era diretor financeiro da Petrobras, disse que o plano da empresa era vender uma fatia adicional à distribuidora, mas seguir como acionista relevante. Segundo ele, a empresa de combustíveis terá mais valor se puder tomar decisões de forma mais ágil em um mercado competitivo.
Giro da Notícia