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O Plano Municipal para a Humanização do Parto, da Secretaria Municipal de Saúde, prevê como deve ser a assistência à mãe, durante a gestão e o trabalho de parto, e seu bebê. Isso inclui uma série de direitos e cuidados que respeitam a gestante, como protagonista do parto, garantem o cuidado na recepção do bebê, respeitando seu momento de vir ao mundo, priorizando a saúde e bem-estar de ambos. E, embora a Unidade de Pronto Atendimento Maria Angélica Castoldo, a UPA Centro-Oeste, seja referência para casos de pacientes com doenças graves, ou complicações de saúde, foi a unidade onde a Yalla Vitória escolheu nascer. E assim foi.
A mãe Kelly Cristina Alves Brunes, de 31 anos, começou a sentir as contrações ainda pela madrugada. Moradora do Jardim Nossa Senhora da Paz, ela fez todo o acompanhamento pré-natal na UBS do Jardim do Sol, e a gestação tinha completado, na véspera, 39 semanas. Mãe de outras duas meninas, tendo passado por dois partos naturais, Kelly sabia que não adiantava ir até a Maternidade Municipal Lucilla Ballalai sem chegar na fase ativa do parto.
Assim, Kelly esperou, até que, às nove horas da manhã desta sexta-feira (12), sentiu que era a hora de procurar atendimento médico. “Pedi carona ao meu vizinho, peguei a mala da neném, que eu já tinha deixado pronta, e fomos. Mas não deu tempo de chegar na Maternidade, porque no meio do caminho a bolsa rompeu e eu percebi que ela ia nascer”, disse.
Segundo Kelly, o vizinho correu até a UPA Centro-Oeste, que fica na Avenida Abélio Benatti, e chamou pela equipe, que a recepcionou ainda no carro. “Eles me levaram para dentro da UPA, direto na sala para passar por avaliação. Nisso o médico veio, e confirmou que realmente a bebê estava nascendo. Não deu tempo de conversarmos mais nada, com três movimentos de força, ela nasceu”, contou a mãe, ainda surpresa.
Com a rapidez do nascimento, até mesmo o pai de Yalla perdeu o parto, não conseguiu chegar a tempo. E, questionada sobre ter a bebê em um ambiente fora do comum para a realização de partos, a mãe comentou que nem chegou a se preocupar. “O médico disse que há cinco anos não assistia um parto. Não tive tempo nem de pensar nisso, eu só queria que ela nascesse bem, e queria vê-la logo”, confessou.
O parto foi assistido pelo coordenador médico da UPA Centro Oeste, Alex Sandro de Almeida Souza, que é médico emergencista. “Ela chegou em franco trabalha de parto e demos a assistência que precisava. O parto foi realizado seguindo o protocolo de humanização da gestante, respeitando o processo do parto, e evoluiu bem, sem intercorrências. Nasceu uma linda menina”, contou.
Souza explicou que, com a gravidez de Kelly em termo, ou seja, com duração dentro da faixa esperada para o bebê nascer, o parto foi considerado de emergência pois evoluiu muito rapidamente, sem que fosse possível encaminhar a mãe para o serviço de referência. “É um motivo de satisfação e orgulho, por parte de toda a equipe, poder contribuir nesse momento. Isso reforça nosso compromisso em atender bem a população, da melhor forma possível, recrutando todos os nossos esforços para àqueles que procuram nosso apoio. Ficamos satisfeitos com o resultado, e muito felizes pela mãe e sua filha”, frisou.
Mãe e filha foram encaminhadas da UPA Centro-Oeste para a Maternidade Municipal. Lá, passaram por avaliação obstétrica e pediátrica, com previsão de alta para os próximos dias.