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O Parana foi o Estado que mais vacinou contra a poliomielite no primeiro dia da campanha nacional. Neste sábado (16), 524.641 crianças foram imunizadas, o que corresponde a 72% do público-alvo estimado pelo Ministério da Saúde para o Estado. Neste ano, por decisão do Ministério da Saúde, pela primeira vez as duas doses da gotinha serão ofertadas em apenas uma etapa. A campanha termina em 6 de julho.
O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, destaca que a vacinação é importante para manter o vírus da pólio longe do País. “Com uma boa cobertura vacinal diminuem as chances do vírus voltar a circular”, disse.
No Paraná, a meta é imunizar 95% (690 mil) crianças menores de 5 anos. Segundo dados do programa nacional de imunização, dos 399 municípios, 44 já atingiram a meta. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde do das 8h às 17 horas e em unidades volantes (mercados, praças, shoppings) estruturadas pelos municípios.
Paulo Roberto Rodachinski, levou a filha Ana Lia para receber a vacina em uma unidade volante instalada na Boca Maldita, em Curitiba. “Seguimos todas as recomendações do pediatra e a vacina é imprescindível para a saúde da minha filha. Ela está com todas as vacinas em dia”, disse.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, lembra que os pais devem estar atentos ao calendário de vacinação. “Não deixem de levar a Carteira de Saúde da Criança para os vacinadores conferirem se todas as doses recomendadas foram aplicadas” explica.
VACINA – A vacina contra a pólio é segura. Ela é indicada para todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde para que avaliem se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º, ou com alguma infecção, também devem ser avaliadas por um médico.
PREVENÇÃO – Não existe tratamento para a pólio e somente a prevenção, por meio da vacina, garante a imunidade. No Paraná o último caso de paralisia infantil foi diagnosticado em 1986, na Região Metropolitana de Curitiba.
Apesar de não haver registro de casos de pólio há mais de 20 anos, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país porque ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças menores de 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, cujo contágio se dá principalmente pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar entre 2 e 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição, pode até matar.