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“O objetivo é ampliar o acesso ao teste rápido, uma ferramenta confiável e de boa adesão da população. Sabemos que uma epidemia silenciosa pode estar ocorrendo e por isso, além do diagnóstico, também estamos estruturando uma rede assistencial para tratar os casos de forma humanizada e eficiente”, afirmou Caputo Neto.
O Paraná é o único estado da região Sul a participar da mobilização nacional. Estima-se que nos 10 dias de campanha serão realizados no Estado mais de 50 mil testes. Após o período, os testes rápidos de sífilis e HIV continuarão disponíveis nos postos de coleta. Os testes das hepatites B e C estarão em 35 Centros de Testagem e Acompanhamento. A previsão é que até o final de 2013 todos os tipos do teste rápido sejam implantados nos 399 municípios paranaenses.
DIAGNÓSTICO – Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a cada quatro pessoas infectadas com o HIV, uma ainda não sabe que tem o vírus. Embora não haja cura para a aids, é possível retardar os efeitos da doença com um tratamento adequado, garantindo qualidade de vida ao paciente. No caso do HIV, o resultado é definitivo. Para a sífilis e hepatites B e C, o teste serve como triagem para a indicação de exames mais completos.
“Queremos identificar essas pessoas que vivem com o vírus. Com isso, poderemos evitar casos de transmissão vertical – aquele que ocorre, por exemplo, de mãe para filho na hora do parto”, explicou Sezifredo Paz.
Somente em 2011, afirmou, 19 casos de transmissão vertical de HIV e 412 de sífilis congênita foram registrados no Paraná. Com o Mãe Paranaense (programa de reforço ao atendimento a gestantes e recém- nascidos), a intenção é reduzir drasticamente esses números, visto que o teste rápido é indicado já na primeira consulta do pré-natal – tanto para a gestante, quanto para o companheiro. “Com o tratamento, as chances de transmissão vertical são nulas”, disse Sezifredo.
O teste rápido necessita de apenas uma gota de sangue para análise. Antes e após todo o processo, é feito um trabalho de aconselhamento, com orientações de medidas preventivas e outras informações sobre doenças sexualmente transmissíveis. O resultado do exame sai em cerca de 30 minutos e, em caso de positividade, imediatamente a pessoa é encaminhada a um serviço especializado no tratamento.
NÚMEROS – Segundo a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Elisete Ribeiro, o público alvo da campanha são os jovens. “Quase metade dos casos de aids registrados no Estado são de jovens e adolescentes, com idade entre 13 e 34 anos. Esperamos que com a praticidade do teste rápido, esse público busque mais saber como está sua saúde”, afirmou.
Anualmente, o Paraná registra 1,3 mil novos casos de aids, 1,5 mil novos casos de hepatite B e mil novos casos de hepatite C. Com a ampliação do diagnóstico, a tendência é que esses números aumentem gradativamente, mas os casos serão identificados mais cedo.
Onde serão os pontos de coleta na cidade de Cambé
Vamos entrar em contato com a secretaria de saúde e informar aqui no Portal na próxima segunda-feira