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Segundo o Ipea, Santa Catariana (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%) são os estados brasileiros com menor proporção de habitantes em situação de miséria — renda familiar per capita de até um quarto de salário mínimo.
Além disso, o Paraná é o segundo estado brasileiro que mais reduziu a pobreza absoluta desde 2003 — queda de 52,2%, abaixo apenas de Santa Catarina (- 61%). A pobreza absoluta se caracteriza por renda familiar per capita de até meio salário mínimo por pessoa.
Desde 2003, o Governo do Paraná trabalha pra reduzir a miséria no Estado. Para isso, criou programas sociais como o Leite das Crianças. O resgate das empresas públicas, que a gestão neoliberal tentou privatizar, permitiu que surgissem os programas Luz Fraterna, da Copel, e Tarifa Social, da Sanepar. O resultado é que 800 mil paranaenses ultrapassaram a linha da pobreza nesse período.
“Com força e objetividade, nos mantivemos firmes e coerentes ao que nos propusemos: acolher os pequenos produtores do campo, priorizar as políticas públicas de saúde, estabelecer tarifas básicas diferenciadas, criar programas de inclusão social e combater a miséria”, lembrou o governador Orlando Pessuti, em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, em abril.
O programa Leite das Crianças entrega diariamente um litro de leite enriquecido a 160 mil crianças. O Luz Fraterna leva energia elétrica de graça a 238 mil famílias pobres. Na Tarifa Social, 195 mil famílias paranaenses pobres gastam apenas R$ 5 para ter água tratada nas torneiras — quase 90 mil delas também contam com coleta e tratamento de esgoto por mais R$ 2,50 mensais.
Além disso, o Governo do Paraná estabeleceu o maior salário mínimo regional do País e criou políticas que isentam ou reduzem o imposto pago por micro e pequenas empresas, gerando 736 mil empregos formais. Entre 1995 e 2002, o Paraná gerou apenas 36 mil postos de trabalho com carteira assinada. A geração de empregos é um dos principais fatores de redução da pobreza no Paraná.
O ESTUDO — Até 2016, o Brasil pode superar a miséria e diminuir a taxa nacional de pobreza absoluta segundo o Ipea. O levantamento, apresentado no Rio de Janeiro, alerta que, para atingir esse ideal, o País precisa equilibrar a desigualdade que existe entre os estados em relação às taxas de redução da pobreza.
Segundo o levantamento, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 1995 e 2008 saíram da condição de pobreza absoluta 12,8 milhões de pessoas enquanto 13,1 milhões superaram a condição de pobreza extrema (rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal).
O desafio, segundo o Ipea, é fazer com que os estados apresentem ritmos diferenciados de redução da miséria, justamente por apresentarem níveis diferentes de distribuição de renda e de riqueza. Entre 1995 e 2008, as taxas de pobreza extrema entre as unidades da federação foram bem desiguais. Em 1995, Maranhão (53,1%), Piauí (46,8%) e Ceará (43,7%) eram os estados com maior proporção de miseráveis em relação à população.
Treze anos depois, Alagoas assumiu o topo do ranking, com taxa de pobreza extrema de 32,3%. Na outra ponta da lista, Santa Catariana (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%) apresentaram os melhores resultados.
Com informações da Agência Brasil