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O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara, afirmou hoje (8) que bispos e padres têm “direito e dever de orientar seus fieis sobre temas da fé e da moral cristãs”, ao responder a jornalistas sobre o posicionamento de religiosos nas eleições deste ano.
Segundo o secretário, a CNBB não indica candidatos, mas os bispos têm autonomia para expressar opiniões. “A CNBB não indica este ou aquele candidato, apenas aponta critérios para o discernimento do eleitor. Sabemos que vários bispos tem se posicionado em uma direção ou em outra. Para nós, isso é perfeitamente normal. A CNBB não é uma instância hierárquica que ditasse ordens aos bispos, é um organismo a serviço da comunhão. Eles [bispos] são livres para fazer o que acharem da sua consciência de pastores que é melhor para seus eleitores”, disse dom Dimas Lara.
A CNBB divulgou uma nota sobre o momento eleitoral na qual lamenta o uso político do nome da instituição na campanha e reforça a autonomia dos bispos em opinar sobre as eleições. “Diante de tão grande responsabilidade [escolha de um candidato], exortamos os fieis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana”, diz a nota.
De acordo com o secretário-geral, os religiosos que falarem a respeito da eleição nas celebrações não estão sujeitos a nenhum tipo de penalidade. A nota não menciona a questão do aborto, que entrou no debate na campanha à Presidência da República. A Igreja Católica é contrária ao aborto. “O que espero é que todos os candidatos à Presidência e aos governo estaduais trabalhem na defesa da vida, da concepção até a morte natural”, disse dom Dimas.