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Para demonstrar a teoria, o Gizmodo separou 21 termos que se encaixam como exemplos. Reproduzimos, abaixo, 10 deles. Confira:
Bluetooth
No século 10, o rei escandinavo Harald Gormsson ficou conhecido por unir toda a Escandinávia por seu dente. Relatos afirmam que o dente era tão podre, que chegava a ser azul, o que tornou o rei conhecido e fez ele “cair no gosto do povo”. Assim, o monarca recebeu o apelido de “blue tooth” (em inglês, “dente azul”) e mais tarde, foi escolhido por Jim Kardach, desenvolvedor da Intel, para nomear a tecnologia sem fio da empresa.
Spam
Você pode não conhecer, mas durante anos, Spam era o nome de uma marca de carne enlatada que era encontrada facilmente, mas não era muito apreciada pela maioria das pessoas. Tanto foi que o grupo de humor Monty Phyton resolveu fazer uma esquete em que a palavra era repetida várias vezes por garçonetes, clientes e até mesmo um grupo de Vikings.
Como a maioria dos fãs do grupo eram os primeiros usuários de serviços como AOL, Prodigy e MUD, eles usavam a palavra “spam” em chats para se referir a pessoas que criavam macros para repetir a mesma coisa diversas vezes, entupindo as salas de bate-papo. Foi só mais tarde, nos anos 90, que os usuários resolveram adotar o termo para designar e-mails indesejados.
Troll
Tem o costume de falar “que troll” ou dizer que alguém foi “trollado”? Bom, se você já teve contato com o folclore escandinavo do século 17 ou outros tipos de ficção, pode achar que troll é uma criatura fictícia que seria anti-social, briguenta e de raciocínio lento.
Na verdade, a origem da palavra é muito mais antiga e deriva do verbo inglês “trolling”, que significa uma técnica de pesca que consiste em arrastar lentamente um anzol de um barco em movimento.
O nome “Google” vai muito além de um conglomerado de serviços, aplicativos e produtos. Ele deriva do termo matemático “googol”, que responde por um número representado pelo numeral um seguido de 100 zeros. Quando Larry Page e Sergey Brin criaram a empresa, a ideia era uma metáfora na qual o buscador fosse capaz de armazenar uma quantidade aparentemente infinita de informações na internet.
Hack
Muito antes de surgirem os hackers, a palavra “hack” significava, em inglês, durante o ano 1200, um corte bruso ou truque inteligente. Foi só em 1975 que a palavra “hacker” apareceu no The Jargon File, um glossário para programadores. O termo possuía oito definições, sendo que o último designava alguém que fosse um “intrometido malicioso que tenta descobrir informações confidenciais”.
Hashtag
Tem o costume de falar “hashtag” para designar o símbolo #? Pois saiba que, linguisticamente, está errado. O símbolo de jogo da velha em inglês é conhecido como “hash sign” e a palavra “hashtag” significa o símbolo precedido de de um termo.
Uma curiosidade que você provavelmente não conhece ou não se lembra é que antigamente, o símbolo # era conhecido como sinal de libra no Reino Unido e como sinônimo de número nos Estados Unidos. No segundo caso, era muito comum ouvir frases como “Mãe, você é a #1” ou “Me passa seu #”?
Emoji
Com origem japonesa, a palavra “emoji” vem dos caracteres japoneses çµµ (e = imagem) æ–‡ (mo = escrita) å— (ji = personagem). Ela foi criada pelo japonês Shigetaka Kurita em 1999 para símbolos como “:)”. Além disso, Kurita foi responsável pelos 250 primeiro emojis que conhecemos hoje, no entanto, como sua antiga empresa Docomo não foi capaz de obter copyright para sua invenção, a Apple “roubou” a ideia e incluiu em seus produtos.
Mouse
Em 1950, o usuário Douglas Engelbart resolveu criar um dispositivo que prometia melhorar o uso dos computadores, especialmente porque eles eram do tamanho de um quarto e só podiam ser acessados por uma pessoa de uma vez. Como o termo CAT (que em inglês, signigica na tradução literal, “gato”) foi designado para o cursor de uma tela, Engelbert resolveu dar um companheiro para ele e chamou o acessório de mouse (em inglês, rato”).
Cookies
A origem do termo cookies na tecnologia é uma metáfora e tanto. Para quem não sabe, “cookies” responde pelo conjunto de informações armazenadas pelo navegador, como senhas e nomes de usuários. Quando programadores resolveram achar um nome para designar esses dados, eles tiveram a ideia de compará-los com biscoitos da sorte chinês. Isso porque enquanto o biscoito salva fortunas dentro de seus conselhos, o programa também salva informações muito valiosas.
Bug
Quem sabe falar inglês sabe que “bug” significa “inseto”. E parece que foi mesmo um inseto que foi responsável pelo surgimento no termo na tecnologia. Isso porque uma teoria de 1947 afirma que quando Grace Hopper, pioneiro da programação, estava trabalhando no computador Harvard Mark II, seu trabalho foi suspenso pela presença de uma mariposa que ficou presa no relay, um dos componentes do equipamento. O computador teve de ser reiniciado e daí, surgiu o termo “debugging”.
Vale comentar, no entanto, que há quem acredite que o surgimento da palavra esteja em Thomas Edison, que em seus cadernos de anotações chegou a usar a palavra “bug” para descrever um sistema que não funcionava direito.