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Qualquer viagem de férias envolve economia, uma boa dose de planejamento e muita expectativa. Não é fácil usufruir o máximo do lugar escolhido, gastando o mínimo de dinheiro e aproveitando cada segundo. Mas é isso que todo mundo quer e segundo a professora Ana Paula Lopes, do curso de Turismo e Hotelaria da Unopar, é possível. Ela própria uma turista experiente, que já viajou por toda a Europa, enumera algumas dicas básicas para garantir diversão, tranqüilidade e segurança em qualquer viagem.
As vantagens de uma agência
Apesar das oportunidades e facilidades de consulta e compras pela internet, Ana Paula aconselha o uso de uma agência de viagem. “Muitas vezes a internet é o barato que sai caro. Existem muitas promoções e chances de conseguir preços mais em conta pela Rede, mas se qualquer coisa der errado, você não tem com quem reclamar. Muitas vezes o problema só vai ser resolvido depois que as férias já acabaram, gerando muita frustração em um momento que deveria ser de descanso. Quem viaja por uma agência sempre tem a garantia de poder contar com alguém para resolver seu problema na hora”, diz ela. Outra vantagem da agência é o atendimento diferenciado e personalizado, segundo a professora: “Você recebe informações úteis como vacinas necessárias, datas festivas, moeda, calendário local, fatores climáticos, documentos exigidos, quais os melhores meios de transporte, os principais locais para se visitar, os melhores restaurantes… São dados que facilitam muito a vida do turista”, complementa.
Mas até para contratar uma agência de viagens é preciso ter cuidado. Quem optar por esse serviço deve se certificar que a agência consta do Cadastur, um cadastro do Ministério do Turismo obrigatório para todos os estabelecimentos que prestam serviços de turismo, e também da ABAV, Associação Brasileira de Agências de Viagem, o que mostra que a agência tem credibilidade no trade turístico.
Localização é fundamental
Na hora de escolher um hotel, atenção especial para a localização. Muitas vezes a economia não compensa. Por exemplo, hotéis fora da cidade têm diárias mais baixas porém o custo do transporte pode encarecer bastante a estadia. A mesma dica vale na hora de comprar a passagem: “Observe se o aeroporto ou rodoviária onde você vai embarcar e desembarcar é central, ou se tem transporte até lá e o preço e fique atento aos horários”, alerta Ana Paula. Muitas promoções que parecem uma pechincha acabam sendo uma grande ilusão: “Isso acontece muito no turismo. A pessoa compra uma passagem aérea pela metade do preço e depois descobre que vai desembarcar em um aeroporto na periferia, no meio da madrugada. O que ela vai gastar de taxi até a cidade daria para pagar uma passagem em um vôo normal”, explica.
Atenção para os detalhes
É assim também com os serviços oferecidos pelo hotel. Muitas vezes vale à pena pagar um pouco mais para garantir um café da manhã reforçado, e economizar o almoço; ou investir num hotel que ofereça serviço de transporte da rodoviária ou aeroporto. “Deve-se analisar tudo que está incluído na tarifa do hotel: estacionamento, internet, banheiro no quarto, transfer e até se o café da manhã está incluído”, observa Ana Paula. Ela lembra que existem várias nomenclaturas de quartos que muitas vezes confundem o viajante: “Em alguns hotéis o uso do termo quarto duplo pode ser com uma cama de casal ou duas camas de solteiro, é preciso checar todas as especificações antes de bater o martelo. Turista não pode ter vergonha de perguntar e precisa atentar para os detalhes”, ensina a professora.
Além de anotar as facilidades e serviços, o futuro hóspede também tem que observar as políticas de cancelamento e reembolso. Os prazos e condições variam muito de um estabelecimento para o outro. “Se você faz a reserva e não aparece e nem cancela (no show), alguns hotéis debitam a primeira diária inteira no seu cartão de crédito; outros podem debitar até todas as diárias reservadas”, alerta a professora. Para quem viaja em grupo é bom saber que a partir de 10 pessoas já é possível negociar tarifas diferenciadas na maioria dos hotéis.
“Gato por lebre”
E para ter certeza de encontrar ao vivo tudo que foi vendido pela internet ou pelo telefone, é preciso guardar o comprovante da reserva ou pedir que o hotel envie um email detalhando os serviços e confirmando a reserva. E viajar sempre com esses documentos em mãos.
“Eu digo sempre que a gente não pode confiar em fotografia. Pela internet se vende muito gato por lebre”, alerta a professora. “Em vez disso, aconselho a usar a internet para ler as avaliações dos hóspedes (reviews). As pessoas se identificam e apresentam pontos de vista e observações bem interessantes”, pondera.
Os hostels (albergues)
Uma alternativa bastante usada na Europa e que está se popularizando rapidamente no Brasil é o albergue (hostels), estabelecimento muito utilizado pelos “mochileiros”. A professora Ana Paula, que durante dois meses percorreu 16 países da Europa, muitas vezes se hospedando em albergues, recomenda essa opção, com uma ressalva: “Tem que ter espírito aventureiro, bem despojado. Esses lugares não oferecem serviço de quarto mas a maioria é bem organizado e limpo. A grande vantagem é a troca de experiência com pessoas do mundo todo, as amizades e as dicas de lugares e descobertas que a gente não encontraria em um hotel convencional”.
Assessoria de Imprensa – Unopar