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O esporte transforma o social.
Futebol de base com Zé Luiz Rodrigues
A morte do ex-presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de em 1993, Nelson Mandela, repercutiu mundo afora e fez com que grandes esportistas se manifestassem através das redes sociais e até publicassem fotos pessoais ao lado do líder da luta contra o regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a 1993.
Nomes como Pelé, Usain Bolt, Kerri Walsh, Rafael Nadal, Jo-Wilfried Tsonga, Cristiano Ronaldo, Mike Tyson e Scottie Pippen fizeram questão de citar a importância do primeiro presidente negro da África do Sul. Mandela e o capitão da seleção de rugby François Pienaar
Dono de seis medalhas de ouro olímpicas, o velocista jamaicano Usain Bolt disse que o mundo perdeu “um dos maiores seres humanos“. A jogadora de vôlei de praia norte-americana Kerri Walsh, afirmou que “sua liderança e inspiração não vão parar agora que ele está no céu. Seu brilhante exemplo nunca vai acabar. Deus o abençoe.”
Já o tenista francês Jo-Wilfried Tsonga escreveu que “o espírito de Nelson vai ficar para sempre! Obrigado por tudo que você fez pela humanidade“. O jogador da seleção brasileira de basquete masculino, Leandrinho Barbosa lembrou a luta de Mandela pela educação: “Obrigado por tudo, Madiba! A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo“.
O Rei do Futebol, o brasileiro Pelé comentou a morte de Nelson Mandela através de sua conta no Twitter.
– Hoje estou entristecido demais. Nelson Mandela foi uma das maiores influências na minha vida. Foi um herói para mim, um amigo e um companheiro na luta pelo povo e pela paz no mundo. Vamos todos nós continuarmos seu legado com propósito e paixão.
Nelson Mandela ficou 27 anos preso e soube utilizar um dos esportes mais populares, entre os brancos sul-africanos, para integrar negros e brancos em seu país. Dessa maneira, ela apoiou a seleção sul-africana de Rugby na Copa do Mundo de 1995, disputada em Joanesburgo, e que acabaria sendo vencida pela equipe da casa. O mesmo aconteceria no ano seguinte, quando a África do Sul sediou e venceu a Copa Africana das Nações de Futebol.
Em 2000, ao ser homenageado durante a cerimônia de entrega do Prêmio Laureus, apontado como o Oscar do esporte, ele afirmou:
– O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, tem o poder de unir as pessoas de uma forma que poucas outras coisas conseguem. Ele fala aos jovens em uma linguagem que eles compreendem.
O mundo perde um dos grandes lideres pacificadores da historia mundial, descanse em paz Nelson Mandela, você fez muito enquanto esteve entre nós e nos deixou grandes exemplos de lutas pela democracia e pela liberdade de expressão.
Nelson Rolihlahla Mandela foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
Até 2009 havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado dos direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre, razão pela qual em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior aonde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, abandonou este destino aos 23 anos ao seguir para a capital Joanesburgo e iniciar atuação política. Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não-violenta da juventude em luta, acabando como réu em um infame julgamento por traição, foragido da polícia e o prisioneiro mais famoso do mundo,após o qual veio a se tornar o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país – em moldes de aceitar uma sociedade multiétnica.
Mandela foi criticado muitas vezes por ter traços egocêntricos e por seu governo ter sido amigo de ditadores que foram simpáticos ao Congresso Nacional Africano (CNA). Em seu foro íntimo, enfrentou dramas pessoais e permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo“.
Coluna Futebol de base com Zé Luiz Rodrigues
Contato: zeluizrodrigues@portalcambe.com.br / jornaldopovocambe@yahoo.com.br