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O Ministério Público do Paraná denunciou um médico que atuava na rede municipal de Londrina por violência obstétrica durante o parto de uma adolescente de 16 anos em 2019. O órgão acusa o médico de realizar um procedimento de episiotomia sem a autorização da paciente, além de humilhá-la durante o parto.
De acordo com a denúncia, o médico chegou a ser contestado por uma enfermeira sobre o procedimento, mas respondeu “quem manda aqui sou eu”. O MP destacou na ação que a adolescente “suplicou” para não ter o corte. O médico também é acusado de não aguardar a expulsão espontânea da placenta, o que levou a diversas complicações posteriores.
Além disso, o médico teria constrangido e humilhado a adolescente durante o procedimento de parto. A Promotoria de Justiça responsável pelo caso apontou que o médico “causou danos emocionais à vítima […] prejudicando-a e perturbando-a em seu pleno desenvolvimento […], mediante constrangimento, humilhação, manipulação, ridicularização, causando prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação, tudo prevalecendo-se da relação de poder entre médico e paciente”.
A prefeitura de Londrina afirmou, em nota, que o médico “foi exonerado da Prefeitura a pedido em 03.08.2020”. Além da condenação pela violência obstétrica, a Promotoria de Justiça requer que o médico seja condenado a indenizar a jovem em R$ 50 mil por danos morais e materiais causados durante o parto. O processo tramita sob sigilo.