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Votos em troca de crack – Assassinato de prefeito choca Alto Paraíso – Gastos do governo turbinam o PIB – Decretada prisão de suspeitos no caso Banrisul; Yeda critica PF – Após denúncia, contador desaparece de escritório – Pivô da violação do sigilo fiscal da filha de Serra era filiado ao PT – Segurança de Yeda acessou arquivos de Tarso …
O GLOBO
Contador estava no PT quando acessou sigilo da filha de Serra
Acusado de participar do esquema de vazamento de dados sigilosos da Receita Federal, o suposto contador Antônio Carlos Atella Ferreira, de 62 anos, foi filiado ao PT paulista de 2003 a novembro de 2009, segundo noticiou ontem o “Jornal Nacional”, da Rede Globo. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo confirmou a filiação partidária e informou que Atella teve seu registro excluído em novembro do ano passado, quase dois meses depois de ele ter apresentado à Receita, em Santo André, no ABC paulista, uma procuração falsificada em nome de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, para ter acesso aos dados fiscais dela.
De acordo com o TRE-SP, Atella ingressou no PT por Mauá – cidade do ABC paulista onde foram violados os dados fiscais de tucanos ligados a Serra – e depois mudou sua filiação para a cidade de Rio Grande da Serra, até ter seu registro excluído do cadastro. Segundo o TRE, Atella filiou-se ao PT em 20 de outubro de 2003 e foi excluído do cadastro em 21 de novembro do ano passado. Ele ingressou com a procuração falsa em nome de Verônica no dia 30 de setembro de 2009, dois meses antes, portanto, de ser excluído do cadastro de filiados.
O TRE-SP explicou que o fato de a anotação de filiação ter sido excluída do cadastro de eleitores não significa desfiliação, mas a existência de algum dado divergente que o partido não corrigiu. Antes de a informação do TRE-SP ser divulgada pelo “Jornal Nacional”, o PT paulista dissera ao GLOBO ter feito uma busca no sistema de registros partidários do TRE e que o nome de Atella não constava como filiado a nenhum partido.
Em resposta ao “Jornal Nacional”, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que Atella nunca teve atuação política no partido. Segundo ele, se “a filiação existiu de fato, ela foi apenas cartorial”. Dutra voltou a negar que exista participação do PT e da campanha da candidata Dilma Rousseff na violação dos sigilos.
Atella havia afirmado, na véspera, que nunca fora filiado a nenhum partido. Ontem, Atella prestou depoimento à Polícia Federal, em São Paulo, mas o que ele disse não foi divulgado.
Ibope: Dilma mantém vantagem sobre Serra
A nova rodada de pesquisa do Ibope, encomendada pela TV Globo e o jornal “O Estado de S. Paulo”, divulgada ontem, mostrou que permaneceu estável, na última semana, o cenário da disputa presidencial entre os principais candidatos: Dilma Rousseff (PT) continuou com 51% das intenções de voto, contra 27% do tucano José Serra – números iguais aos registrados no último dia 28. O escândalo da violação de dados sigilosos da filha de Serra, Verônica Serra, pode ter reflexo nas pesquisas nos próximos dias, segundo avaliação da oposição. Já o comando da campanha governista aposta que será quase nula a influência do episódio no desempenho de Dilma.
Na mesma pesquisa, Marina Silva (PV) passou de 7% para 8%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os demais candidatos não atingiram 1%. Votos em branco e nulos somaram 6%.
BB terá de informar à PF quem acessou conta de Eduardo Jorge.
A Justiça Federal determinou que o Banco do Brasil envie à Polícia Federal informações sobre todos os registros de acessos à conta bancária do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas. A PF pediu a quebra do sigilo para investigar a suspeita de que informações da conta do tucano tenham sido violados, como ocorreu com suas declarações de renda na Receita.
A ordem para que o banco faça um levantamento e repasse as informações à PF chegou à direção do BB segunda-feira. Em nota oficial, o banco confirmou ontem o recebimento da ordem expedida pela 12ª Vara Federal. A PF está investigando suposta violação do sigilo bancário e fiscal do tucano desde o mês passado.
Receita retardou envio ao MPF de dados de sindicância
A Receita Federal retardou o envio ao Ministério Público Federal dos dados da sindicância interna sobre o vazamento de declarações de renda de tucanos. As cópias do processo só foram remetidas ao procurador federal que abriu investigação sobre o caso em Santo André um mês depois de o pedido chegar ao Fisco.
Em documento encaminhado à Delegacia da Receita Federal em Mauá, no dia 27 de julho, o procurador da República André Lopes Lasmar solicitou cópia dos autos, que à época já apontavam a analista tributária Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos como suspeita de participar da violação de informações fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
Sobre fraudes na Receita, Mantega diz que ‘vazamentos sempre ocorreram’
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o acesso ilegal a dados restritos, seja da Receita ou até de bancos privados, não é um fato incomum, pois, segundo ele, não existe sistema inviolável. Para o ministro, vazamentos sempre ocorreram, e tentar coibi-los é tarefa permanente para governos e empresas.
– Vazamentos sempre ocorreram. Se você olhar para o passado, tem vários que aconteceram. A gente detecta, coíbe, pune e muda o sistema. Infelizmente, depois os contraventores conseguem achar uma maneira de furar isso. E aí nós temos que fazer um novo sistema e punir rigorosamente aqueles que o violam – afirmou o ministro, em São Paulo, em entrevista para comentar os dados do PIB (Produto Interno Bruto).
Lula: tucano adota prática da ditadura
O presidente Luiz Inácio Lula Silva disse ontem em Esteio, no Rio Grande do Sul, que a tentativa do candidato à Presidência do PSDB, José Serra, de impugnar a candidatura da petista Dilma Rousseff é semelhante a uma prática muito usada pela ditadura militar. Segundo Lula, o tucano deveria melhorar a qualidade do seu programa eleitoral e apresentar propostas para o crescimento do país, “em vez de tentar convencer” a Justiça a cassar o registro de Dilma.
– Isso já aconteceu em outros tempos, de ditadura militar. Em tempos de democracia, o seu Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer por este país, que apresente soluções para o crescimento industrial – disse Lula, em entrevista durante visita à Expointer, maior feira agropecuária do país.
‘Apuração rigorosa é urgente para campanha’
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reafirmou, em Porto Alegre, que a investigação sobre o vazamento de dados sigilosos de políticos tucanos na Receita Federal tem que ser feita “doa a quem doer”, para impedir a impunidade:
– Essas questões que surgem nas eleições têm que ser implacavelmente apuradas. O presidente Lula já determinou à Polícia Federal que aja prontamente no caso, e uma apuração rigorosa é urgente para minha campanha e para o país – disse Dilma, em entrevista no Aeroporto de Porto Alegre.
Serra: ‘PT quer botar vítimas na cadeia’
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem em Joinville que o PT está fazendo uma “inovação significativa”, ao defender que vítimas sejam postas na cadeia, em vez de bandidos. Serra, que acusa a campanha da adversária Dilma Rousseff pelo vazamento de dados fiscais de tucanos, referia-se às ações que o PT move contra ele e o PSDB por injúria, calúnia e difamação
– O PT faz inovação. Além de não botar bandido na cadeia, eles agora querem pôr as vítimas na cadeia. É realmente uma inovação significativa da parte de um partido – disse o candidato tucano, que se encontrou em Joinvile com empresários na Associação Comercial e Industrial.
Decisão do STF causa polêmica nas eleições
O julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), anteontem, que liberou piadas sobre candidatos no rádio e na televisão gerou uma dúvida no meio jurídico: essa decisão também abrange os programas do horário eleitoral gratuito? Ou seja: um candidato pode fazer uso do humor ao se referir a um adversário? As opiniões dividiram ministros do próprio STF ouvidos ontem pelo GLOBO. À noite, o presidente da Corte, Cezar Peluso, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa: as piadas e montagens também estão liberadas na propaganda dos candidatos no rádio e na televisão.
Mas a divergência de opinião continua, e alguns ministros acreditam que só o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá pôr fim à questão, quando houver julgamento de um caso específico.
Para o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, também integrante do Supremo, ficou claro que a decisão tomada na quinta-feira não se limita apenas à programação normal das emissoras, mas estende-se para o horário eleitoral gratuito. Concordam com ele José Antonio Dias Toffoli, também do Supremo, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
FOLHA DE S. PAULO
Dado sigiloso da filha de Serra foi obtido por filiado ao PT
O contador Antonio Carlos Atella Ferreira era filiado ao PT quando usou procuração falsa para retirar na Receita dados sigilosos da filha do tucano José Serra.
A filiação é de 2003, segundo o TRE, que não confirmou se ele ainda é do PT.
José Eduardo Dutra, presidente petista, disse que não reconhece a vinculação e que, mesmo confirmada, não “muda nada”, porque ele não participa do partido.
O cunhado de Atella foi um dos fundadores do PT de Mauá, que teve o comitê assaltado na quarta-feira.
Após depor na PF, o contador disse que era vítima de uma “trama criminosa”, que o material tinha fins políticos e foi guardado para ser usado “na hora certa”.
A Polícia Civil paulista instaurou inquérito sobre o caso numa forma de pressionar a PF a acelerar a apuração sobre o sigilo.
Sempre houve vazamentos na Receita Federal, afirma Mantega
O ministro Guido Mantega (Fazenda) minimizou ontem os casos de quebra de sigilo fiscal de pelo menos cinco pessoas ligadas ao PSDB e afirmou que vazamentos de informações na Receita Federal “sempre ocorreram”.
Segundo ele, os fatos não têm relação com a campanha eleitoral. “Não existe [relação]. Vazamentos sempre ocorreram. Se você olhar para o passado, aconteceram vários”, disse, em São Paulo.
Em resposta a Serra, Lula diz não ser censor da internet
O presidente Lula afirmou ontem que não está no cargo para curar “dor de cotovelo” do candidato de oposição José Serra (PSDB) e que nem pretende exercer papel de “censor da internet”.
Lula fez a afirmação em Esteio (RS) em resposta à informação publicada pela Folha de que Serra havia dito que o alertara para o acesso aos dados de sua filha, protegidos por sigilo fiscal.
“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que possa pedir que eu censure a internet. Não posso. Ele não me alertou. Ele se queixou.”
Para procurador, não há prova de conexão eleitoral
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que o vazamento de informações sigilosas da Receita é algo “extremamente grave”, mas que o Ministério Público não irá investigar o caso “a reboque das paixões do período eleitoral”.
“Não há dúvida de que é um caso de crime”, afirmou Gurgel. “O Ministério Público, desde o primeiro momento, requisitou a instalação de inquérito policial”, disse o procurador-geral.
“Mas o Ministério Público não pode agir a reboque das paixões do período eleitoral. O Ministério Público agirá no tempo do Ministério Público”, disse.
Dilma vai a 50%, e Serra, a 28%; em SP, Mercadante reduz vantagem
Pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem em todo o país mostra estabilidade no quadro eleitoral: Dilma Rousseff (PT) oscilou de 49% para 50% em uma semana, e José Serra, que estava com 29%, tem 28%. Marina Silva (PV) está com 10%, contra 9% da semana anterior.
É a primeira vez desde o início do horário eleitoral que não há grandes mudanças no quadro da disputa presidencial. As pequenas oscilações foram todas dentro da margem de erro (de dois pontos percentuais).
Os que pretendem votar em branco, nulo ou nenhum são 4%. E 7% estão indecisos. Candidatos de partidos pequenos não chegam a 1%.
Em capitais e regiões metropolitanas ocorre o melhor desempenho de Marina Silva. Ela chega a 14%, contra 27% de Serra e 47% de Dilma.
Se a eleição fosse hoje, pelo Datafolha, a candidata do PT venceria no primeiro turno. Teria mais de 50% dos votos válidos -os dados apenas aos candidatos, descontados os brancos e os nulos.
Nessa conta de votos válidos, Dilma tem 56%. Serra tem 32%. Marina vai a 11%. Os percentuais são semelhantes aos da semana passada: 55%, 33% e 10%.
Num eventual segundo turno, a petista também venceria o tucano por 56% a 36% dos votos. Haveria 5% votando em branco, nulo ou nenhum e 4% ainda indecisos.
Tucano está a 24 pontos de petista, diz Ibope
A pesquisa Ibope divulgada ontem aponta que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 51% das intenções de votos contra 27% de José Serra (PSDB), o mesmo da pesquisa anterior feita entre 24 e 26 de agosto.
Marina Silva (PV) oscilou de 7% para 8%. Brancos e nulos somam 6%, e indecisos são 7%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
A pesquisa, que foi feita de 31 de agosto a 2 de setembro entre 3.010 eleitores, foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Fernando Rodrigues: Complexidade diminui impacto do escândalo
O baixo impacto eleitoral do “receitagate” é atribuído ao alto grau de complexidade do escândalo. Quem paga imposto sabe o que é ter a vida devassada, mas os beneficiários do Bolsa Família não declaram o IR.
Só houve um assunto no mundinho da política nesta semana: o “receitagate”, com o vazamento sistemático de sigilos fiscais de centenas de contribuintes brasileiros, incluindo tucanos e a filha do candidato do PSDB a presidente, José Serra. Telejornais trataram do assunto extensivamente.
No horário eleitoral, Serra tentou três enfoques. Primeiro, reforçou um traço negativo histórico do PT: a sigla seria dominada por “aparatchiks” dispostos a tudo. Segundo, veio a vitimização do candidato e de sua família. Terceiro, a estratégia do medo: “Se fazem isso na campanha, o que farão se Dilma Rousseff ganhar a eleição?”.
Tudo considerado, nada teve efeito até o momento nas taxas de intenção de voto. Levantamento do Datafolha realizado em todo o país nos dias 2 e 3 mostra apenas oscilações dentro da margem de erro, todas sempre a favor de Dilma.
Só uma tempestade pode mudar a maré de bonança de Dilma
A pesquisa Datafolha divulgada hoje revela a estabilidade do cenário eleitoral na disputa pela Presidência da República. É a primeira pesquisa, desde o início do horário eleitoral gratuito, em que a variação na diferença entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) fica dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.
No levantamento anterior, 20 pontos separavam a petista do tucano. Agora, são 22.
Do empate técnico, que perdurou de maio a julho, Dilma cresceu cinco pontos no início de agosto, após sua participação no “Jornal Nacional” da TV Globo.
Pesquisas indicam um Senado dilmista
Está em formação uma onda governista, mas não petista, na eleição para o Senado. Nas 54 vagas em disputa, a maioria dos favoritos está alinhada à presidenciável Dilma Rousseff (PT) em detrimento do seu concorrente direto, José Serra (PSDB).
Segundo pesquisas disponíveis, há 66 candidatos em primeiro e segundo lugar na corrida pelas 54 cadeiras de senador. O Senado tem 81 cadeiras, mas 27 senadores têm ainda mandato até 2015.
Entre os 66 favoritos, 42 se declaram pró-Dilma e só 22 apoiam Serra. Quando se consideram apenas os candidatos que estão em primeiro lugar, Dilma tem 20 nomes a seu favor. Serra conta com 6.
Apesar da ampla adesão à petista, seu partido não deve fazer uma bancada muito maior em relação à atual. O PT tem no momento oito cadeiras no Senado. Em tese, pode ir a 16. Mas a direção partidária espera chegar a 12.
A contenção da onda vermelho-petista se dá por conta da estratégia adotada pelo presidente Lula. Em muitos Estados, o Planalto impôs ao PT privilegiar aliados em nome da aliança no nível federal a favor de Dilma.
O avanço comedido dos petistas não impedirá que a composição da Câmara Alta do país seja mais governista.
Segurança de Yeda acessou arquivos de Tarso
O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou ontem uma operação que levou à prisão de um sargento lotado na Casa Militar do Governo do Estado. Ele usava uma senha funcional para acessar ilegalmente dados sigilosos de políticos e candidatos gaúchos.
César Rodrigues de Carvalho, que atuava como agente de inteligência na segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB), foi preso sob acusação de receber propina de contraventores que exploram caça-níqueis.
Segundo o promotor Amilcar Fagundes Macedo, da Promotoria de Justiça Criminal de Canoas, durante as investigações se descobriu que Carvalho fez mais de 1.200 consultas ao Sistema de Informações Integradas do Estado com senha sigilosa.
O ESTADO DE S. PAULO
Dilma para de subir, e Serra, de cair
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, parou de avançar e se mantém com 51% das intenções de voto, segundo a pesquisa do Ibope para o Estado e a TV Globo. Da mesma forma, José Serra (PSDB) parou de cair e aparece com 27%, mesmo índice verificado há uma semana. O resultado da pesquisa, feita entre 31 de agosto e 3 de setembro, capta apenas parcialmente os eventuais efeitos do noticiário a respeito da quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato tucano. Segundo o Ibope, Dilma teria 59% dos votos válidos e venceria no primeiro turno.
Alckmin amplia vantagem em SP
Na contramão da “onda vermelha”, aumentaram as chances de Geraldo Alckmin (PSDB) vencer no primeiro turno a disputa pelo governo paulista. Segundo o Ibope, o tucano chegou a 62% dos votos válidos. Há uma semana, ele tinha 57%, descontados os votos em branco, nulos e eleitores indecisos.
A nova rodada do Ibope em São Paulo mostra que, no total de votos, o tucano oscilou de 47% para 51%, enquanto seu principal adversário, Aloizio Mercadante (PT), foi de 23% para 20%.
Embora as variações tenham sido dentro da margem de erro, de três pontos porcentuais para mais ou para menos, a distância entre os dois candidatos aumentou de 24 para 31 pontos. O petista voltou ao patamar que tinha, nessa fase da disputa, na eleição de 2006, quando concorreu contra o tucano José Serra e perdeu no primeiro turno.
Agnelo passa Roriz e venceria no 1º turno
Na disputa pelo governo do Distrito Federal, o candidato petista Agnelo Queiroz ultrapassou pela primeira vez Joaquim Roriz (PSC). O ex-ministro dos Esportes saltou de 36% para 40% em relação ao levantamento anterior feito pelo Ibope, abrindo uma vantagem de quatro pontos porcentuais sobre Roriz, que caiu de 38% para 36% na preferência dos eleitores. O crescimento é mais significativo levando em conta a série histórica, já que Agnelo tinha 27% em julho.
Com esse resultado, Agnelo teria chances de ser eleito ainda no primeiro turno, se a eleição fosse hoje. Considerados apenas os votos válidos, ele alcança 52%. Levando em conta que a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, ele pode ter entre 50% e 54%. No mesmo período, Roriz foi de 38% para 36% e chegou agora a 32%, o que equivale a 42% dos válidos.
“O vazamento na Receita é muito maior”, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ser “muito maior” o número de pessoas com sigilo violado dentro da Receita Federal. “Na verdade, não foi só o sigilo de algumas pessoas com vinculações partidárias que foi quebrado”, afirmou ontem em São Paulo, referindo-se ao vazamento dos dados fiscais de quatro pessoas ligadas ao PSDB e de Verônica Serra, filha do presidenciável tucano, José Serra.
“Foi um número muito maior”, declarou o ministro em entrevista coletiva. “Isso está sendo investigado por uma comissão de sindicância com toda serenidade possível.”
PSDB põe Polícia Civil no caso
O Palácio dos Bandeirantes colocou ontem a Polícia Civil na investigação sobre a fraude de que a empresária Verônica Serra foi vítima. A medida foi tomada menos de 24 horas depois de o presidente Lula determinar à PF rapidez na apuração do caso. A decisão foi tomada pelo Secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.
Pivô da violação do sigilo fiscal da filha de Serra era filiado ao PT
Foi filiado ao PT por quase seis anos o principal suspeito da violação de dados fiscais de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra (PSDB). Contador de profissão, Antônio Carlos Atella Ferreira ingressou na legenda em 20 de outubro de 2003. Em 21 de novembro de 2009 seu nome foi excluído.
A saída do partido ocorreu menos de dois meses depois de ter executado a trama e retirado da delegacia da Receita em Santo André cópias de declarações de renda de Verônica.
Atella, que ontem foi ouvido pela Polícia Federal, mas não indiciado, filiou-se ao PT de Mauá, 217.ª zona eleitoral. Situada na Grande São Paulo, Mauá é foco de outro escândalo que abala a Receita – de um computador da agência do Fisco na cidade foram acessados os dados tributários do vice presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros tucanos.
Após denúncia, contador desaparece de escritório
Na quinta-feira, quando leu o noticiário sobre a fraude contra Verônica Serra, o contador Ademir Estevam Cabral, de 52 anos, chegou cedo ao prédio 152 da rua Dom José de Barros, centro de São Paulo. Eram 7h30 da manhã. Estava apressado. Deixou o local carregando pastas e arquivos pessoais com listas de clientes e serviços. Foi a última vez que foi visto no escritório onde dava expediente.
“O Ademir levou tudo e sumiu”, conta Helena Barbosa, titular do HB Assessoria e Contabilidade, apontando para a sala que o contador usava. Restaram a mesa redonda, quatro cadeiras e a mesinha encostada na parede.
MP prende sargento lotado no gabinete de Yeda Crusius
O sargento Cesar Rodrigues de Carvalho, que estava lotado no gabinete da governadora Yeda Crusius (PSDB) até a semana passada, foi preso ontem em Porto Alegre após uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE). Ele é acusado de utilizar o Sistema de Consultas Integradas do Estado para levantar informações de investigações policiais, de partidos políticos e de candidatos a deputado gaúchos, além de um ex-ministro e de um senador da República. O MPE informou que continuará a investigação, pois há indícios de que oficiais de dentro da Casa Militar estariam envolvidos no esquema.
O sargento foi denunciado por um empresário ligado a bingos e caça-níqueis, de quem ele recolheria propina há dois anos. Segundo o promotor eleitoral Amilcar Macedo, que vem comandando as investigações, há cerca de três meses o empresário entrou em contato com o MPE para denunciar o sargento.
Decretada prisão de suspeitos no caso Banrisul; Yeda critica PF
A Justiça gaúcha decretou ontem a prisão preventiva dos três suspeitos detidos quinta-feira pela Operação Mercari realizada por uma força-tarefa da Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas. Eles são acusados do desvio de R$10 milhões da área de marketing do Banrisul nos últimos 18 meses.
Os três estavam com prisão temporária, mas como se recusaram a cooperar com a investigação, afirmando que somente falariam em juízo, tiveram decretada a prisão preventiva.
A governadora Yeda Crusius (PSDB), em entrevista como candidata à reeleição na TV, criticou ontem o superintendente da PF, Ildo Gasparetto, por não ter incluído a Polícia Civil gaúcha na força-tarefa. Ela insinuou que estaria sendo feito uso político da investigação. Ainda na quinta, em seu twitter, ela já havia criticado o superintendente: “Me trouxeram degravação da entrevista coletiva do Gasparetto. Ô Gasparetto, nestas alturas do jogo, comparar essa operação com a Rodin (que investigou fraudes no Detran gaúcho). Ressuscitar o que já está enterrado? Busque não confundir a cabeça das pessoas na sua posição de chefe da PF, instituição que respeitamos”, afirmou ela.
Voto Consciente faz ranking de deputados de SP
Geraldo Vinholi (PSDB) foi último colocado em atuação parlamentar de uma lista de 86 deputados estaduais avaliados pelo Movimento Voto Consciente, ONG que fiscaliza o trabalho da Assembleia Legislativa paulista. Ele ficou com nota 2,09.
A avaliação adotou critérios como participação em comissões e plenário, leis importantes aprovadas, comunicação com os eleitores, fiscalização do Executivo e fidelidade ao mandato.
Roque Barbieri e Otoniel Lima (ambos do PTB), João Mellão Netto e Gílson de Souza (ambos do DEM) ocuparam as penúltimas colocações. Bruno Covas (PSDB), com nota 7.92, Roberto Morais (PPS) e Rui Falcão (PT) ficaram nas três primeiras colocações no ranking de atuação parlamentar.
CORREIO BRAZILIENSE
Gastos do governo turbinam o PIB
A máquina pública foi responsável em grande parte pelo crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. A gastança federal no período pré-eleitoral compensou a desaceleração em todos os setores da economia. De acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE, o ritmo de aumento das despesas do governo subiu de 0,8% para 2,1%, na contramão do consumo das famílias, dos investimentos e da produção industrial. No acumulado do ano o PIB nacional deu um salto de 8,9% – o melhor resultado em 14 anos. A equipe econômica prevê para 2010 um crescimento de até 8%, com uma inflação em torno de 5%. O presidente Lula rebateu as críticas À política com perfil intervencionista. “Toda vez que alguém falar em ajuste fiscal, vocês podem ter a certeza que significa aumentar imposto e reduzir salário”, disse.
Tem tucano com o bolso cheio
Em quatro dos maiores colégios eleitorais do país onde o PSDB é competitivo, os candidatos a governador que apoiam o tucano José Serra conseguiram arrecadar R$ 13 milhões a mais do que os concorrentes que estão ao lado da presidenciável petista Dilma Rousseff.
A maior diferença está em São Paulo, onde Geraldo Alckmin (PSDB) alcançou R$ 17,4 milhões emreceitas contra R$ 7,9milhões de AloizioMercadante (PT). Os números constam na segunda prestação de contas parcial apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com valores atualizados até ontem.
Mercadante, depois do crescimento nas pesquisas de intenção de votos, conseguiu levantar cerca de R$ 7 milhões só emagosto.
Esse valor é de doações de empresas e não inclui repasse do comitê financeiro deDilma.Mesmo com todo o empenho da candidata petista e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar levar a eleição paulista ao segundo turno, Alckmin tem desempenho superior ao de seu principal adversário. No último mês, ele conseguiu R$ 14,2 milhões em doações. O tucano acumula R$ 15,8 milhões emdespesas.
Sabatinada por estudantes
A chegada ao Colégio Marista da 615 Sul sob gritos histéricos e flashes intensos comprova: a candidata à Presidência da República pelo Partido Verde,Marina Silva, tem status de popstar entre os adolescentes. Ao participar de uma sabatina, no fim da tarde de ontem, em Brasília, ela foi aplaudida várias vezes, posou para fotos fazendo o formato de um coração com as mãos e teve a atenção disputada entre os alunos que aguardaram a participação da presidenciável, mesmo depois de mais de duas horas de atraso: Marina perdeu o voo em São Paulo que a traria para a capital federal.
No encontro, a candidata respondeu a perguntas para 7 mil alunos que participaram do evento, transmitido via videoconferência para vários estados.
É uma honra participar desses compromissos com jovens.
Lewandowski critica recursos
Autoridades do Poder Judiciário reuniramse, ontem, em Pirenópolis (GO), a cerca de 150 quilômetros deBrasília, para celebrar o Dia Nacional das Audiências Públicas. Emuma tenda erguidaemumaruadocentro histórico da cidade, emfrente ao fórum, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou que as legislações brasileiras retratam umarealidade frustrante.
A declaração foi dada em resposta à pergunta de um eleitor que estava na plateia e questionou o porquê de os candidatos queforambarrados peloTSEcom base na Lei da Ficha poderem continuar fazendo campanha e aparecendo no horário eleitoral gratuito. O eleitor também mostrouse inconformado com a quantidade excessiva de recursos possíveis na Justiça brasileira.
Essa preocupação também é da Justiça, emendou o ministro Lewandowski, lembrando que está em discussão a reforma do código eleitoral e que as inúmeras possibilidades de recurso confundem o eleitor.
Assassinato de prefeito choca Alto Paraíso
Uma disputa política iniciada em 2008, em Alto Paraíso (GO), terminou em tragédia na noite de quinta-feira. O prefeito do município, Divaldo William Rinco (PSDB), foi assassinado com três tiros pelas costas, emfrente a um bar, depois de sair deumareunião com correligionários.Oprincipal suspeito do crime que abalou a pequena cidade de sete mil habitantes é o marceneiro Ary da Abadia Garcês, 55 anos, pai do vereadorHuebertonGarcês (DEM), que naeleição passada apoiou a reeleição do ex-prefeitoUiter Gomes de Araújo (PP). A diferença entreDivaldo eUiter nas urnas114 votos gerouoimpasse,queperdurou até o ano passado. A polícia aindanãosabe a motivaçãodocrime e, até a noite de ontem, o suspeito não havia sido localizado.
Na quinta-feira, Divaldo conversava sobre políticacomo viceprefeito, Alan Gonçalves Barbosa, o gerente de esporte do município, conhecido como Serginho, e com o major da reserva da PolíciaMilitar, José da Cruz Batista.
Além dos homens, duas mulheres, Rosivan Falcão, aManinha, e a diarista Leivani Barbosa estavamsentadas à mesa do bar. A gente falava sobre os candidatos.
Eleme dizia para votar no Perillo (o candidato do PSDB ao governo, Marconi Perillo). Em dado momento, vi o Ary entrar no bar e pedir uma cerveja no balcão. Logo depois ele saiu e ficou do lado de fora, contou Batista.Oencontro político durou cerca de 45 minutos e terminou às 21h, quando Divaldo e Alan deixaramo bar.
Crime muda a agenda de Perillo
O presidente em exercício do PSDB de Goiás, Daniel Goulart, considera que a campanha eleitoral no estado ficou tensa emfunção dos resultados obtidos pelo tucanoMarconi Perillo nas pesquisas de intenção de voto. Nunca vivenciamos uma eleição com esse nível, cheia de chantagens e ameaças. Está sendoumprocesso acirrado porque, apesar de não termos prefeituras importantes no estado, estamos avançando, defendeu Goulart. Ele se refere ao fato de Perillo liderar as pesquisas.
Segundo o Ibope, eletem45% das intenções de voto, contra 34% de Iris Rezende (PMDB).
Segundo Goulart, a agenda do candidato tucano ao governo de Goiás deverá sofrer alterações.
Teremos que repensar a campanha na região nordeste do estado, pois oDivaldo estavapresenteem todos os eventos. Estamos chocados com esse extremismo todo, disseGoulart.
Votos em troca de crack
João Pessoa (PB) De olho nas eleições de 2010, políticos da cidade de Solânea, na Paraíba, e de municípios vizinhos estão fazendo qualquer negócio para garantir a vitória no pleito. Segundo denúncias do juiz Osenival dos Santos Costa, da 48ª Zona Eleitoral da Paraíba, a campanha eleitoral na região é motivada pela compra de votos por crack. O esquema seria montado com a participação de traficantes, políticos e mototaxistas, que trabalhariam como olheiros para os líderes da quadrilha.
É uma verdadeira farra, resumiu o magistrado.
Segundo o juiz, a situação vem se repetindo ao longo dos anos e acaba não tendo fim por falta de denúncias concretas. Em 2008, soubemos do fato e ele se repete nos quatro cantos da cidade, explicou. Congresso em Foco
Equipe Fenatracoop