Manchete nos Jornais para esta Terça-Feira 31 de Agosto de 2010

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Após freada, mercado espera reação do PIB no 3º trimestre – Comércio exterior terá US$ 10 bilhões a menos – Empregos formais tem maioria em pequenas e médias empresas – Família brasileira ficou menor nos últimos dez anos – Reforma agrária: fraudes com lotes levam 20 à prisão – Previdência: Planalto teme prejuízo eleitoral com debate – PF acusa Incra de MS de fraudar reforma agrária…

Correio Braziliense

Dia D para Roriz

O dia é decisivo para Joaquim Roriz. Está na pauta de hoje do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o julgamento do registro da candidatura do ex-governador do DF ao Palácio do Buriti. O recurso contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), que considerou Roriz inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, será relatado pelo ministro Arnaldo Versiani, voto declarado em outras situações a favor da aplicação imediata da regra de moralização das eleições. A tendência é de que a maioria no plenário mantenha o veto à participação do ex-governador nestas eleições.

Na avaliação de advogados que acompanham o TSE, o placar deverá ser de cinco votos a dois ou seis votos a um contra Roriz, considerando-se a posição dos ministros em julgamentos anteriores e na consulta do deputado Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) relacionada à Lei da Ficha Limpa. Será, no entanto, a primeira vez que a Corte decidirá um caso como o de Roriz, que está sendo impedido de participar das eleições porque renunciou ao mandato de senador quando já havia contra si um processo por quebra de decoro parlamentar em tramitação no Senado. Versiani é o relator também da impugnação envolvendo o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), candidato a um mandato de senador.

Dilma desdenha de nove estados

Embalada pelas pesquisas que lhe dão a perspectiva de vitória no primeiro turno, a candidata do PT, Dilma Rousseff, já se dá ao luxo de recusar convites para eventos de campanha em vários estados. Em nove deles, que somam 14,1 milhões de eleitores, 10,4% dos 135 milhões do Brasil, ela não pisou até agora nesse período eleitoral e nem tem previsão de visita na agenda em discussão no fechado grupo que coordena as viagens (leia quadro). “No Nordeste, ela irá ao Ceará e mais um ou dois estados. No Norte, está previsto o Pará”, contou o presidente do PT, José Eduardo Dutra, que ajuda a organizar a agenda dos últimos 30 dias.

Os motivos para Dilma deixar de se apresentar ao vivo em alguns estados são os mais variados. Em Alagoas, ninguém quer dar à oposição a chance de dizer que Dilma está ao lado de Fernando Collor (PTB), candidato a governador. Figura polêmica, o senador, rival de Lula em 1989 que aderiu ao lulismo em 2007, foi defenestrado da Presidência e guarda capital político restrito ao estado. Fora de Alagoas, uma imagem associada à outra teria potencial explosivo e poderia significar perda de votos. No último levantamento do Ibope, Collor aparece com 28% das intenções de voto. O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) tem 29%.

PV sob o risco de sair ainda menor

O Partido Verde entrou nas eleições de 2010 com planos ambiciosos de estender o seu poder de atuação sobre a política brasileira. A meta era alcançar o patamar de legenda média, ultrapassando até a marca dos 20 deputados federais. O roteiro traçado incluiu a aproximação com Marina Silva e a candidatura da senadora acriana à Presidência. Com ela, viria a refundação programática do partido. A ideia era tornar o “novo PV” conhecido por meio da campanha presidencial e, embalado por esse discurso, conseguir aumentar a representatividade na Câmara dos Deputados. A pouco mais de um mês das eleições, no entanto, os planos ousados ainda não deram indícios de que vão se confirmar nas urnas em outubro. Pior, o PV corre o risco de sair do pleito menor do que entrou.

Até a informática atormenta Serra

São Paulo — Os deuses da computação devem estar indispostos com o presidenciável José Serra (PSDB). Depois de o site oficial do tucano (www.serra45.com.br) ter ficado praticamente três dias fora do ar por, segundo informações da assessoria de imprensa do candidato, problemas com o provedor, uma pane em um painel eletrônico frustrou a agenda de Serra, ontem, em São Paulo.

O candidato acompanharia em frente ao chamado Impostômetro, painel da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que registra o imposto arrecadado em todo o país, no centro da capital paulista, a virada para R$ 800 bilhões em tributos. Serra aguardava a marca ser atingida ao lado do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de líderes tucanos e demistas desde às 11h30. Por volta do meio-dia, quando o número estava próximo de ser alcançado, o painel apagou.

Fraude na reforma agrária

A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 20 pessoas, incluindo nove servidores públicos federais, oito líderes de movimentos sociais e dois vereadores acusados de fraudar projetos da reforma agrária em Mato Grosso do Sul no valor de R$ 12 milhões. Entre os presos na Operação Tellus (Deusa da Terra, na mitologia grega) estão o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Waldir Cipriano Nascimento, indicado ao cargo pelo senador Walter Pereira (PMDB-MS), e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaquiraí, vereador Joel José Cardoso (PDT-MS). No estado, políticos acreditam que a operação tem viés eleitoreiro.

O grupo, que distribuiu ilegalmente lotes da Fazenda Santo Antônio, preparava-se para atuar no sorteio da Fazenda Paquetá, no mesmo estado. O Ministério Público Federal (MPF) investiga ainda uma lista de imóveis rurais que foram excluídos do processo de avaliação para verificação de produtividade no estado. Servidores do Incra são acusados de receber propina para liberarem essas terras. Nove fazendas foram excluídas irregularmente do programa.

Exército sem líder

Roberto Jefferson, presidente do PTB, está inelegível desde que teve o mandato cassado devido ao episódio do mensalão. Mas isso não quer dizer que o ex-deputado esteja longe do cenário eleitoral. Não raro, dispara torpedos em todas as direções, tentando manter a fama de homem-bomba, embora o poderio de seu arsenal não seja o de outros tempos. Uma das últimas táticas de Jefferson foi apelar para o campo psicológico, plantando a semente da intriga em seus desafetos. Em seu blog, ele apelou para o ego dos peemedebistas: “Já imaginaram se o PMDB tivesse um líder a unir seu poderoso exército em torno da conquista do Palácio do Planalto? Cá entre nós, acho que não teria Lula que conseguisse bater tamanha máquina”.

Sucessão no PMDB em jogo

Vencido o primeiro passo de dar vida própria à sua criatura política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um novo desafio: controlar o apetite do PMDB no próximo ano. Se a vitória da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se confirmar, o vice Michel Temer (PMDB) deve renunciar ao cargo de presidente do partido, abrindo espaço para um sucessor. Lula gostaria de ter um aliado de confiança no comando do PMDB para conter a sanha por cargos e espaço em um eventual futuro governo Dilma. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, é considerado o presidente do PMDB dos sonhos para o petista. Não seria a primeira vez que Lula tenta emplacar seu atual ministro da Defesa no comando do PMDB. Em 2007, o governo encampou o movimento, mas não teve sucesso. Apesar do apoio de Lula à candidatura de Jobim, o ministro carece de aliados no partido para ganhar cacife interno e chegar ao comando da legenda.

Folha de S. Paulo

Campanha terá Lula e Dilma juntos uma vez a cada 4 dias

O roteiro eleitoral traçado pela campanha de Dilma Rousseff (PT) para a reta final das eleições prevê ao menos mais dez comícios da candidata ao lado do presidente Lula a partir de amanhã.

Com 11 eventos cumpridos desde o início oficial da campanha, em julho, a dupla Lula-Dilma chegará às urnas com uma média de 1 ato público conjunto a cada 4 dias.

Essas ações seguem a estratégia, explorada à exaustão na TV e no rádio, de colar a imagem de Lula -cujo governo atinge aprovação de 79%- à da sua candidata.

Participação de Dirceu “não é provável”, diz petista

A candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) disse ontem que “não acha muito provável” que o ex-ministro e réu do mensalão, José Dirceu, participe de um eventual governo seu. Segundo ela, ele não participa “diretamente da atividade do governo [e da campanha]”. Dilma, entretanto, defendeu Dirceu e criticou seu “banimento”.

Em seguida, a candidata recuou. “[Dirceu] “não tem participação porque eu não estou discutindo governo”, disse. À frente das pesquisas eleitorais, ela tem sido acusada de negociar participação num eventual governo antes do término das eleições.

A missão de Serra

JOSÉ SERRA tem razão ao dizer, como fez a empresários (ou doadores), que a disputa eleitoral não está encerrada, mas a recomendação que recebe das pesquisas, como político, não tem a ver com campanha pela Presidência.

O problema imediato de Serra deixou de ter alvo federal e âmbito nacional para restringir-se aos limites estaduais de São Paulo. Onde não estão localizadas as pretensões de sua vida pública e nem sequer o candidato do PSDB precisa do seu apoio para liderar, até agora, a corrida ao governo paulista.

No Rio, Lula cita bandeiras de Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou ontem, em eventos oficiais do governo federal, os projetos que são as principais bandeiras da campanha do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) à reeleição, e também adotadas pela candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
Mesmo sem a presença de candidatos, Lula citou o nome do governador em Nova Iguaçu durante a inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O discurso será analisado pela Procuradoria Eleitoral.

Senha era socializada, diz servidora do fisco

Responsável pelo computador no qual foram acessadas ilegalmente declarações de renda do dirigente tucano Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB, Adeildda Ferreira dos Santos negou ontem em entrevista exclusiva à Folha responsabilidade na violação dos dados. Ela afirma que colegas da agência de Mauá (SP) da Receita usavam o seu computador e que a senha de acesso ao sistema era “socializada”. E diz que cometeu um erro. “Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa”. Adeildda afirmou que o terminal pode ter sido usado por alguém com má-fé.

Aécio cobra mais “ousadia” de Serra, que prega “virada”

No dia em que José Serra (PSDB) passou a discursar pela possibilidade de “virada” na sucessão presidencial, o principal cabo eleitoral do tucano em Minas, Aécio Neves, cobrou mais “ousadia” e “clareza” na comunicação da campanha.

Até então, Serra se recusava a comentar a dianteira de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas. Mas ontem, em dois eventos em cidades mineiras, passou a usar o crescimento de Antonio Anastasia no Estado como exemplo para a própria campanha.

“Já viramos em Minas, vamos virar juntos no Brasil”, disse. Em pesquisa Ibope na semana passada, Anastasia apareceu pela primeira vez à frente de Hélio Costa (PMDB), com 35% a 33%.

Impostômetro emperra durante ato de campanha tucana, e Dilma ironiza

O cenário estava montado: candidatos postados sob o sol em frente ao Impostômetro, painel eletrônico montado em São Paulo que registra o total de impostos arrecadados pelo governo federal durante o ano. Minutos antes do meio-dia o Impostômetro registraria R$ 800 bilhões 34 dias mais cedo que no ano passado.

Lá estavam o presidenciável José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a governador, e seu vice, Guilherme Afif Domingos (DEM), quando o Impostômetro apaga. Eles se entreolham, constrangidos. Assessores da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), onde o Impostômetro está instalado, correm para descobrir o que aconteceu.

De Collor a Dilma

PESQUISAS DE opinião foram decisivas na eleição de Collor. Para a criação do caçador de marajás utilizaram-se, pela primeira vez, pesquisas engajadas para moldar uma candidatura à Presidência, no Brasil. Foi também a primeira eleição em que a mídia contratou pesquisas com abrangência nacional para acompanhar as reações dos eleitores.

São pesquisas de naturezas diferentes, com métodos e objetivos diversos. Umas ajudam a fazer a história e outras colaboram para contá-la. Ambas assumem papéis relevantes e legítimos e, se feitas por uma mesma empresa, há de haver cuidado para que o engajamento não contamine análises e resultados tornados públicos.

Fidelix pediu cópia de Datafolha de julho, mas até hoje não a retirou

DE SÃO PAULO – A pedido do presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, o Datafolha disponibilizou 54.525 cópias de documentos referentes à pesquisa de intenção de voto para presidente publicada no dia 26 de julho deste ano.

As cópias estão disponíveis desde o último dia 4 , mas Fidelix, até hoje, não as retirou. O material inclui 10.905 questionários de entrevistas (com as respostas), além dos controles de campo, checagem, relatórios internos e documentação referente à pesquisa.

Com TV, Marina fica conhecida, mas não cresce nas pesquisas

Principal aposta dos verdes, a exposição na TV tornou Marina Silva mais conhecida, mas ainda não foi suficiente para impulsionar sua candidatura ao Planalto.

Após duas semanas de horário eleitoral e um mês de aparições diárias no “Jornal Nacional”, ela continua estacionada nos 9% de intenções de voto, com chances remotas de ir ao segundo turno.

A estagnação frustrou o PV, que contava com um crescimento automático e agora vê pouco tempo para reagir até a eleição. No fim de março, apenas 52% dos eleitores conheciam Marina, segundo o Datafolha. O índice saltou 21 pontos e chegou a 73% na pesquisa divulgada no dia 13.

Equipe de transição terá verba de R$ 2,8 mi

O presidente eleito terá uma verba de R$ 2,8 milhões e poderá contratar 50 funcionários para o governo de transição, que vai da proclamação da eleição (que em geral ocorre dois dias após o pleito) até 31 de dezembro.
O custo da transição, caso o presidente seja eleito no primeiro turno, será de R$ 32,1 mil ao dia e, se eleito no segundo, de R$ 42,4 mil/dia.

Entidades da educação cobram candidatos

Entidades ligadas à educação querem que os candidatos que disputam as eleições deste ano se comprometam a mais do que dobrar o investimento no setor até 2014.

A medida é uma das elencadas em uma carta endereçada aos futuros governantes e parlamentares, que será divulgada hoje em Brasília.
O objetivo é fazer com que os candidatos assinem o documento e se comprometam com ações prioritárias para construção de um “projeto nacional de educação”.

Procuradora quer barrar Roseana no TSE por “ficha suja”

O Ministério Público Eleitoral encaminhou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um parecer em que contesta o registro da candidatura de Roseana Sarney (PMDB-MA) ao governo do Maranhão.

No documento, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, afirma que a filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tem a “ficha suja” e por isso pede a sua inelegibilidade. A decisão caberá ao TSE.
O argumento para considerar Roseana Sarney um dos alvos da Lei da Ficha Limpa foi a sua condenação, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão por propaganda eleitoral extemporânea. Segundo a denúncia, Roseana desvirtuou a publicidade institucional do governo para fins eleitorais.

Com doação tucana, campanha de Gabeira ultrapassa R$ 1 mi

Após quase dois meses em campanha, o candidato a governador do Rio pelo PV, Fernando Gabeira, conseguiu atingir a marca de R$ 1,2 milhão em doações.

Conforme dados postados ontem na página do verde na internet, o patamar só foi alcançado graças a uma doação de R$ 500 mil feita pelo campanha do candidato a vice, o tucano Márcio Fortes.

Coligado com o PSDB, DEM e PPS, Gabeira chegou a dizer que daria uma banana a aliados devido à suposta falta de apoio à sua candidatura no Rio.

PF acusa Incra de MS de fraudar reforma agrária

Lotes da reforma agrária em Mato Grosso do Sul eram reservados por meio de fraudes a líderes de movimentos sociais, vendidos a terceiros e, com a conivência de servidores do Incra, utilizados como ranchos de lazer e pesca.

Essas foram apenas parte das várias irregularidades apontadas pela Polícia Federal após quase oito meses de investigação sobre projetos coordenados pela superintendência regional do Incra. A PF prendeu ontem 20 suspeitos de integrar o suposto esquema que, segundo o Ministério Público, causou prejuízo de R$ 62 milhões.

Prisão foi abuso, afirma defesa de superintendente

Exonerado ontem pelo presidente do Incra, Rolf Hackbart, o ex-superintendente do órgão em Mato Grosso do Sul Waldir Cipriano Nascimento divulgou nota na qual diz “desconhecer” as irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal. “Repudio as acusações.”
O ex-superintendente disse que, nos 14 meses em que ocupou o cargo, “combateu sistematicamente” a venda de lotes da reforma agrária.

Última edição impressa do “JB” circula hoje

A última edição impressa do “Jornal do Brasil”, um dos mais antigos diários do país, circula hoje. A partir de amanhã, o jornal terá apenas uma versão on-line. Criado em abril de 1891 pelo escritor Rodolfo Dantas, o “JB” ajudou a definir os rumos da imprensa brasileira.

Por sua Redação passaram jornalistas como Janio de Freitas, Marcos Sá Corrêa e Zózimo Barroso do Amaral, além de escritores que assinavam colunas regulares, a exemplo de Manuel Bandeira, Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade.

O Globo

Previdência: Planalto teme prejuízo eleitoral com debate

Para evitar prejuízos eleitorais, o Planalto tenta esvaziar o debate sobre a provável reforma da Previdência no eventual governo da petista Dilma Rousseff. Assessores do governo e parlamentares do PT reconhecem que a reforma da Previdência é urgente e terá que ser encarada pelo futuro presidente. Oficialmente, porém, o governo e a campanha petista negaram qualquer discussão interna sobre o assunto.

“Essa proposta existe há muito tempo e continua em estudo, mas não faz parte do programa de governo da Dilma. Só vamos discutir isso depois da manifestação das urnas”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. A reforma prevê mudanças nas regras de aposentadoria.

Lula agora prioriza eleição de bancada forte

Confiante que a candidata petista, Dilma Rousseff, vencerá no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está centrando fogo para ampliar ao máximo a base governista no Congresso, principalmente no Senado.

Nos últimos comícios ao lado de Dilma no Nordeste, Lula fez discursos emocionados, pedindo aos eleitores e políticos locais que elejam candidatos a deputado e a senador da base aliada.

Lula disse que não deseja que Dilma sinta na pele o que ele sofreu no Senado. Em 2005, disse, a oposição tentou derrubá-lo, no auge da crise do mensalão.

Receita: sigilo era quebrado por encomenda

A Corregedoria da Receita Federal enviou ontem ao Ministério Público Federal representações que apontam a servidora Addeilda dos Santos, da Delegacia de Mauá (SP), como a principal responsável pelos vazamentos de dados fiscais protegidos por sigilo.

Os dados de quatro tucanos ligados ao presidenciável José Serra teriam ido parar em suposto dossiê montado por integrantes da campanha da petista Dilma Rousseff, que nega.

Fontes ligadas à investigação dizem que as provas evidenciam que Addeilda operava de seu computador o esquema, classificado pelo corregedor-geral, Antônio Carlos Costa D’Ávila, como um balcão de venda de sigilos.

Dilma diz que dá “azar” sentar na cadeira do presidente

Irritada com a recente safra de críticas políticas e especulações sobre seu eventual governo, a candidata Dilma Rousseff (PT), convocou uma entrevista ontem para rebater seu adversário, José Serra (PSDB) a respeito de investimentos feitos em favelas paulistanas e negar que esteja “sentada” na cadeira de presidente de forma antecipada.

Dilma também aproveitou para defender seu antecessor na Casa Civil, José Dirceu, de uma condenação ao “banimento social” – mas negou que ele seja cotado para assumir um cargo caso o PT se mantenha no Planalto.

‘Maior apoio de Dilma é o do dr.PIB’

O coordenador do programa de pós-graduação em ciência política da UFF, Professor Eurico Figueiredo, diz que, apesar do prestígio de Lula, a economia é o grande cabo eleitoral de Dilma Rousseff. As pesquisas estão dando uma vantagem muito grande para a candidata do PT. Qual o peso do apoio do presidente Lula?

Dilma Rousseff tem o apoio de duas personalidades: o presidente Lula e o dr. PIB. Lula é importante, transfere votos. Ele pode repetir o que aconteceu em São Paulo, com Paulo Maluf elegendo Celso Pitta na prefeitura, ou Orestes Quércia, que colocou Luiz Antônio Fleury Filho como seu sucessor no governo do estado.

Marina Silva participa de encontro com artistas no Rio

A candidata do PV a presidente, Marina Silva, participou na noite desta segunda-feira de um encontro com a classe artística fluminense, no Teatro Leblon, na Zona Sul.

Marina estava acompanhada de seu candidato a vice-presidente, Guilherme Leal, que disse que “os que quiserem aderir e divulgar Marina são muito bem-vindos. Segundo ele, a candidata ainda tem um potencial de reconhecimento.

Marina não falou com a imprensa antes do encontro, que foi realizado a portas fechadas. Participaram do evento o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, o ator Marcos Palmeira, o diretor de cinema e autor teatral Domingos de Oliveira e a atriz Letícia Sabatella.

Reforma agrária: fraudes com lotes levam 20 à prisão

A Polícia Federal (PF) cumpriu 20 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em oito cidades em Mato Grosso do Sul e uma em São Paulo, com objetivo de prender integrantes de quadrilha que fraudava distribuição de lotes em assentamentos no município de Itaquiraí, sul-matogrossense.

Entre os detidos, estão o superintendente regional substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso do Sul, Waldir Cipriano Nascimento, e dois vereadores de Itaquiraí: Joel José Cardoso e Arcélio Francisco José Severo, ambos do PDT. Os detidos foram encaminhadas ao presídio de Naviraí. As irregularidades deram um prejuízo de pelo menos R$ 62 milhões aos cofres públicos.

Número de fumantes caiu 45% em 20 anos

Estudo do Inca mostra que o número total de fumantes no país caiu 45% desde 1989. Mas ainda há 25 milhões de fumantes no Brasil, e a maior preocupação é com os jovens: quase metade da população de 15 a 24 anos disse já ter recebido propaganda de cigarro, contra 38% entre os mais velhos. Um casal de fumantes gasta por ano com cigarros R$ 1.495.

Família brasileira ficou menor nos últimos dez anos

A família brasileira está ficando menor. É o que já aparece na coleta de dados do Censo 2010 – que, após um mês em campo, visitou 36,4 milhões de residências brasileiras, ou 47% do total estimado. Dados preliminares mostram que caiu, em 10 anos, de 3,79 para 3,37 o número de pessoas por domicílio.

– O IBGE já sinalizava, em pesquisas anteriores, que o número médio de pessoas por domicílio estava em queda. E isso com crescimento do número de domicílios brasileiros, de 44 milhões para uma estimativa de 58 milhões – disse Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE, acrescentando que, em 2000, o Censo apontou 169 milhões de habitantes. – Estimamos que a população chegue aos 192 milhões.

Empregos formais tem maioria em pequenas e médias empresas

Mais da metade dos empregos formais no Brasil se encontra nas micro e pequenas empresas. De acordo com o terceiro Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa (MPE), que será lançado nesta terça-feira pelo Sebrae e o Dieese, dos 24,9 milhões de empregados formais, 52,3% (13 milhões de pessoas) trabalhavam nesse tipo de estabelecimento.

O número de empregos formais no setor cresceu 36% desde 2002, quando somavam 9,5 milhões, até 2008.

País bateu recorde de vagas formais

Ceará e Goiás estão à beira de entrar em um grupo seleto: o dos estados que têm mais de um milhão de empregos formais. Assim, a dupla vai se somar, até o fim do ano, a São Paulo, Minas Gerais, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Pernambuco – este já um neófito entre seus pares, tendo alcançado a marca no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O aumento da lista é uma amostra da forte inclusão de trabalhadores no mercado formal: de dezembro de 2002 a julho deste ano, foram mais 11,089 milhões de carteiras de trabalho assinadas.

Comércio exterior terá US$ 10 bilhões a menos

O comércio exterior deixará de contribuir com, no mínimo, US$ 10 bilhões às contas externas do país este ano, estimam analistas. Este valor corresponde à queda no superávit em relação a 2009, quando a diferença entre exportações e importações ficou em US$ 25,4 bilhões.

O fraco desempenho da balança comercial – afetada pelo real valorizado frente ao dólar e a redução das compras realizadas por americanos e europeus – é o principal fator que levou as contas externas a um rombo de US$ 28,261 bilhões de janeiro a julho, ou 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país).

Estado de S. Paulo

Após freada, mercado espera reação do PIB no 3º trimestre

A economia brasileira pisou no freio no segundo trimestre e tornou a acelerar no terceiro – mas sem voltar ao ritmo alucinante do primeiro, de 2,7%. Assim se resume a visão quase consensual do mercado sobre o PIB do segundo trimestre, que será divulgado na sexta-feira, e o momento atual da atividade econômica. Para o segundo trimestre, economistas calculam expansão entre 0,6% e 0,9%. 0 ministro Guido Mantega (Fazenda) fala numa taxa entre 0,5% e 1%. Se as previsões se confirmarem, isso significa que o crescimento da economia desacelerou de um ritmo anual de 11% para menos de 4% – reforçando a expectativa de manutenção da atual taxa de juros até o fim do ano.

Avaliação critica painel da ONU sobre clima

Investigação de acadêrnicos solicitada pela ONU sobre o IPCC, o painel intergovernamental sobre rnudanças climáticas, concluiu que ele precisa de reformas, para evitar noves erros de avaliação e restaurar sua credibilidade. 0 trabalho destacou falta de liderança e de controle sobre as informações, além de conflito de interesses e uso de rnétodos científicos inadequados.

Serra muda slogan e fala em ‘hora da virada’

Depois de articular ofensiva para fazer frente aos resultados das pesquisas, a nova estratégia de comunicação de José Serra (PSDB) tem “tribuna popular” na internet e um slogan que traduz o momento da campanha tucana: “É a hora da virada.”

Dilma descarta Dirceu em sua eventual gestão

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afastou a possibilidade de o ex-ministro José Dirceu compor o primeiro escalão do governo caso ela seja eleita. “Não acho muito provável. Ele não está participando diretamente da atividade de governo.” Congresso em Foco

Equipe Fenatracoop

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