Escute a noticia. Clique no Player acima!
Custo de capital de giro afeta indústria – Ministério Público defende ortotanásia – ‘Ele só queria ajudar o pai’ – Contrato de diretor da ECT será investigado – Estatais não seguem regras de transparência – Cremerj mira em médicos que pagam a estudantes – O peso da casa própria na corrida eleitoral – Entrevista da 2ª Ricardo Hausmann: Países como o Brasil creem em um mundo de fantasia…
Correio Braziliense
Horas extras: Em “recesso”, Congresso desembolsa R$ 3,5 milhões
O Congresso ganhou, há 50 dias, carta branca para as férias eleitorais e os parlamentares foram para seus estados pedir votos. Apesar de as Casas permanecerem vazias, Câmara e Senado pagaram juntas, de julho a 23 de agosto, mais de R$ 3,5 milhões em horas extras para servidores. De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o Legislativo teve despesa de R$ 3.586.668 com serviços extraordinários.
A Câmara gastou um pouco mais em horas extras no recesso branco. Foram R$ 2 milhões contra R$ 1,5 milhão do Senado. Apesar de as Casas não conseguirem acabar com o penduricalho nos vencimentos dos servidores, as reformas administrativas reduziram em grande parte o pagamento pelos chamados serviços extraordinários. É importante notar que não se trata de gastos fixos, impossíveis de serem interrompidos sem prejuízo à máquna funcional.
A última tarefa de Lula
Certo da vitória de sua candidata, Dilma Rousseff, no próximo dia 3 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dedica àquela que considera uma de suas últimas tarefas antes de passar a faixa presidencial: organizar a base política do futuro governo e evitar que Dilma se veja obrigada a atender todos os pedidos do poderoso PMDB — que deve sair das urnas com a maior bancada na Câmara e no Senado. Àqueles aliados que Lula considera eleitos, ele tem discutido a ideia de formar um bloco parlamentar para aglutinar partidos que sempre foram ligados ao PT, caso do PSB, do PCdoB, por exemplo. O projeto de Lula é deixar todos em pé de igualdade para a formação da equipe de Dilma Rousseff, caso ela venha mesmo a ser eleita como prevêem todas as pesquisas eleitorais.
Um observador privilegiado
Desde que perdeu o mandato de deputado federal em 2005, quando 313 parlamentares consideraram que ele denunciou o mensalão do PT sem provas, Roberto Jefferson, 57 anos, tem várias atividades e uma missão política: ser o arauto da oposição ao presidente Lula e ao PT. Como presidente do PTB, uma agremiação partidária que tem a cabeça com o voto declarado a favor de José Serra e o corpo trabalhando para Dilma Rousseff, ele observa a política de um ponto privilegiado, capaz de vislumbrar os movimentos da oposição e do governo.
E do alto da sua torre, a cobertura de um prédio de cinco andares na Asa Norte de Brasília, a sede petebista, ele avisa: “Dilma só perde essa eleição se ocorrer algum fato excepcional. Se não resistirmos em estados emblemáticos como Minas, São Paulo, Paraná, Goiás, vamos virar PRI. Vamos ter um partido justicialista argentino, um peronismo. Lula é o Peron do Brasil. Ele tem um partido que abriga embaixo liberais, socialistas, direita, esquerda, e esses grupos vão ocupando o poder sempre dentro da mesma estrutura de partidos. Se não reagirmos, o Lula fará um partido justicialista peronista, não tenho dúvida disso”, comentou ao Correio.
Por dentro dos debates na TV
Os debates eleitorais transmitidos em rede nacional de televisão são, muitas vezes, decisivos para a vitória ou a derrota de um candidato. Foi assim em 1989, quando Fernando Collor venceu Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. É momento em que um candidato pode deixar o concorrente em uma saia justa. Os políticos podem mostrar desenvoltura, mas correm também o risco de passar vergonha.
No Brasil, o debate se tornou popular em 1989, quando até nove candidatos participaram de um mesmo encontro. Em um deles, Paulo Maluf e Leonel Brizola travaram discussões intermináveis. “Marília Gabriela era a mediadora e teve uma discussão feia com o Brizola, que extrapolou o tempo. Foi difícil”, recorda-se o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB).
Pequenas vítimas, grandes acidentes
Saiba o que fazer para evitar situações como a da criança de dois anos que caiu do sexto andar no Sudoeste. Ainda na UTI, menina não corre risco de morte.
De volta à 113 Sul
A Polícia Civil interditou novamente o apartamento do casal Villela, assassinado, com a empregada, há um ano, dentro da própria casa, na 113 Sul. Na noite de sábado, os peritos voltaram à cena do crime levando a arquiteta Adriana Villela, 46 anos, filha do casal. Após cerca de três horas no apartamento, os investigadores da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) lacraram o local e requisitaram as chaves do imóvel, que já haviam sido devolvidas à família.
Ao deixar o prédio na noite de sábado, a expressão no rosto de Adriana Villela era de indignação. “Isso é humilhante. Não entendo o que eles querem provar com isso. Sou inocente”, declarou Adriana Villela antes de ser conduzida pelo agente para dentro do carro. Foi a segunda vez que a arquiteta falou ao Correio. Na madrugada de 26 de agosto, após ficar mais de 13 horas à disposição da Corvida e de prestar depoimento ela desabafou: “Eu sou inocente. Não tenho nenhum interesse na morte de meus pais”.
Minas chora os mortos no México
A confirmação de que dois jovens de Minas estavam entre os 72 imigrantes executados por um cartel no México enche familiares de dor e tristeza. Pais de um dos rapazes pegaram emprestados R$ 24,5 mil para pagar o agenciador que levaria o garoto à fronteira.
Você sabe o que pensa o futuro vice?
A polarizada disputa pelo Governo do Distrito Federal tem outros protagonistas além de Joaquim Roriz e Agnelo Queiroz. Os dois candidatos a vice têm uma história política forte em Brasília e estão longe de serem figuras decorativas nas chapas que batalham voto a voto.
Folha de S. Paulo
Por 2º turno, PT quer Lula em 4 atos pró-Mercadante
O presidente Lula negocia com o comando da campanha do senador Aloizio Mercadante, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, uma agenda intensiva de atividades no Estado até o dia 30 de setembro. A intenção é fazer com que o presidente desembarque em São Paulo pelo menos quatro vezes para promover a campanha do petista. A presença de Lula será reservada para grandes eventos. O maior deles já tem data marcada para o dia 25 de setembro. Será o comício de encerramento da primeira fase da campanha estadual, na Praça da Sé, com Lula e Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência.
O partido quer dar início às atividades já no próximo fim de semana, quando seria realizado evento com o presidente em Guarulhos. “Nós ainda estamos fechando algumas datas, mas o Lula já avisou que a eleição aqui é prioridade”, disse Mercadante, que jantaria ontem na casa do presidente em São Bernardo para fechar todas as datas dessas agendas.
Alckmin cola em Serra e reforça campanha na rua
Se Aloizio Mercadante (PT) aposta em Lula e Dilma Rousseff para virar a eleição ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) vai colar em José Serra para manter a liderança e para que o presidenciável recupere a dianteira no Estado. Nos últimos dez dias, Alckmin não fez um discurso, não participou de um debate ou palestra sem falar no presidenciável tucano.
Alckmin e Serra não são do mesmo grupo no PSDB. Isso ficou claro em 2008, quando Alckmin se lançou candidato a prefeito de São Paulo apesar da preferência de Serra, então governador, por Gilberto Kassab (DEM). Porém, pesquisas internas do PSDB detectaram que o eleitor paulista identifica muito Alckmin e Serra como sendo aliados e integrantes do mesmo grupo político.
SP continuará a comandar PSDB, diz Richa
Um dos poucos tucanos apontados como favorito nas pesquisas para os governos estaduais, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, candidato ao governo do Paraná, afirma que, mesmo que se eleja governador, será difícil tirar a “hegemonia” dos paulistas no PSDB nacional. Dois dias após a divulgação da pesquisa Datafolha, que aponta Richa com possibilidade de vencedor as eleições já no primeiro turno, o tucano diz, justamente por conta dessa circunstância, que não tem a pretensão de liderar o PSDB no país.
PT deve a gráficas da campanha de Dilma
A campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República mandou produzir seu material impresso nas gráficas que até hoje o PT não pagou pelas dívidas deixadas na reeleição do presidente Lula em 2006. Juntas, Braspor e Mack Color, ambas de São Paulo, são credoras de R$ 4,4 milhões dos R$ 6,2 milhões que o PT ainda deve na praça, quatro anos depois da campanha de reeleição de Lula. Os valores constam do último balancete do partido entregue ao Tribunal Superior Eleitoral.
Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto limitou-se a dizer que o partido “tem negociado com credores os pagamentos de saldos conforme seu orçamento”.
Se eleita, Dilma deve manter diretrizes da política externa
Um eventual governo Dilma Rousseff deverá manter as linhas gerais da política externa atual, mas haverá um freio ao menos temporário em iniciativas ambiciosas como as capitaneadas pelo presidente Lula e o chanceler Celso Amorim. Sem o rol de afinidades internacionais que Lula acumulou, Dilma tenderia, de acordo com analistas, a ter atuação mais contida.
“É uma mudança inevitável, que tem a ver com o fato de a política externa hoje ser muito dependente da figura do presidente”, diz Sandra Rios, do Cindes (Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento). Existe também a avaliação de que a ex-ministra da Casa Civil, pelas áreas em que atuou e pelo perfil dos ex-auxiliares em quem confia -como Luciano Coutinho, do BNDES, e Alessandro Teixeira, da Apex (agência de promoção de exportações)- poderá privilegiar o eixo econômico da inserção do Brasil.
Suplentes podem ser um terço do Senado
Símbolo da falta de prestígio e força do Congresso no governo Lula, a bancada de suplentes deverá crescer no Senado -justamente a Casa que é considerada prioritária por governistas e oposicionistas nestas eleições. Sete senadores no meio do mandato que concorrem a governador aparecem à frente nas pesquisas. Se somados aos nomes que são cotados para assumir cargos no Executivo a partir de 2011 e àqueles que já anunciaram interesse de disputar as eleições 2012 e 2014, os “sem-voto” poderão chegar a 25 (quase um terço dos 81 senadores). A atual legislatura foi marcada pelo número recorde de suplentes -20, maior que a bancada do PMDB. Hoje, são 16 -todos encerram seus mandatos neste ano.
Ação afirmativa privilegia ensino público e não raça
Sete em cada dez universidades públicas já adotam algum critério de ação afirmativa segundo levantamento feito em 98 instituições federais ou estaduais. Mesmo sem nenhuma lei federal que as obrigue, 70 dessas universidades têm programa de cota ou bônus no vestibular para alunos de escolas públicas, negros, índios e outros grupos.
O estudo, feito por instituto ligado à UERJ (Universidade Estadual do RJ), mostra que alunos da rede pública são os mais beneficiados e que cotas são mais utilizadas do que bônus. Entre as universidades que dispõem de cotas raciais (a pesquisa não inclui faculdades ou centros), o critério é, em 85% dos casos, a autodeclaração.
Assassinados no México eram da zona rural de MG
Juliard Aires Fernandes, 20, e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, os brasileiros já identificados entre os mortos da chacina no México viviam na área rural de Governador Valadares (MG). Ambos deixaram o Brasil há cerca de um mês. Fernandes juntou dinheiro para a viagem trabalhando como auxiliar de obras no Rio. Santos trabalhava no sítio da família.
Recarga de celulares vira prêmio para atrair classe C
Bancos e redes varejistas oferecem minutos para aparelho pré-pago como programa de recompensa para clientes de baixa renda. Empresas planejam distribuir mais de R$ 100 milhões em crédito em 2012 para consumidores C, D e E. A fidelidade das classes A e B também será premiada, com programas para celulares pós-pagos.
Entrevista da 2ª Ricardo Hausmann: Países como o Brasil creem em um mundo de fantasia
“A sorte do Lula foi ter tido ótimo antecessor”, diz Ricardo Hausmann, de Harvard, crítico das políticas externa e econômica atuais. Houve avanços desde que o sr. escreveu sobre as barreiras ao crescimento do país? A crise foi bem administrada. Mas o principal problema com países como o Brasil é que, quando as coisas começam a parecer bem, passam a crer em um mundo de fantasia.
O Globo
Paes quer mudar lei para construir hotéis até 2015
O prefeito Eduardo Paes envia hoje à Câmara dos Vereadores um pacote de projetos de lei visando a preparar a cidade para as Olimpíadas de 2016. Uma das propostas é a criação de incentivos fiscais e mudanças provisórias nas regras urbanísticas para estimular a construção de hotéis, com habite-se até 2015, em locais onde hoje eles não são permitidos, como Avenida das Américas, parte da Niemeyer, Autoestrada Lagoa-Barra, Estrada do Joá, Alto da Boa Vista e Guaratiba, entre outros. O Rio tem hoje 29 mil quartos e precisa de mais 21 mil para cumprir o compromisso, firmado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), de dispor de 50 mil quartos até os Jogos. Outro item do pacote libera a construção de mais arquibancadas e camarotes no Sambódromo. (Págs. 1, 12 e 13)
Eleições 2010: Dilma já prepara nova reforma da Previdência
De forma reservada, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, comandada por Nelson Barbosa, trabalha em uma nova proposta de reforma da Previdência, a ser apresentada ao Congresso pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, caso ela seja eleita.
Barbosa é o principal interlocutor de Dilma na área econômica, e cotado para assumir o Ministério da Fazenda em caso de vitória petista.
Para apressar o processo de aprovação e reduzir o custo político, as mudanças na Previdência só valeriam para os novos trabalhadores, tanto os da iniciativa privada (INSS) como os do setor público.
Serra: petista já senta na cadeira
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse neste domingo que a adversária Dilma Rousseff (PT) desrespeita os eleitores ao declarar que vai “estender a mão” aos concorrentes que quiserem colaborar com seu governo, se eleita. A frase foi dita pela petista neste sábado em Brasília.
– Acho que a declaração tem uma certa falta de respeito com as pessoas – disse ele.
O tucano considerou a declaração de Dilma precipitada.
– É alguém sentando na cadeira a mais de um mês da eleição. Quem vai decidir quem vai sentar na cadeira é o povo, não é um candidato isoladamente. Me pareceu atitude pouco respeitosa com os eleitores.
Petista desautoriza disputa por cargos
Diante da disputa de bastidores por cargos num eventual novo governo do PT, a candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem que desautoriza essa especulação e considera tratativas desse tipo antiéticas.
— Desautorizo todas as especulações sobre quem quer que seja a ocupar qualquer que seja o cargo, porque nós não achamos isso politicamente correto e eticamente correto. É colocar o carro na frente dos bois — disse Dilma, ressaltando que não debaterá governo antes das eleições: — Seria uma pretensão.
A candidata negou estar sofrendo pressão de setores do PT e do PMDB na negociação por espaço político. E sustentou que não cabe, durante a campanha, um debate a respeito:
— Tenho de dizer assim, com a maior sinceridade: nunca chegou nenhum partido político da minha base para colocar uma questão dessas na mesa. Até agora, para mim essa questão só chegou através da imprensa.
Conforme mostrou O GLOBO ontem, a possível vitória de Dilma em primeiro turno, apontada nas pesquisas mais recentes, tem antecipado a discussão sobre cargos. A própria ex-ministra confidenciou a interlocutores que manterá em postos-chave pessoas de sua confiança. Além do grande apetite do PMDB, a ex-ministra vê — ainda que apenas pela imprensa, como alega — disputa entre petistas. Como a do grupo paulista liderado por José Dirceu, que tenta impedir que Palocci tenha grande influência num eventual governo Dilma. Para a presidenciável, isso não existe:
— Acho isso um factoide. E a coordenação da campanha, nenhum de nós autoriza isso.
O peso da casa própria na corrida eleitoral
Em janeiro de 2004, uma família com renda mensal de três salários mínimos conseguia no máximo um financiamento de R$ 23.500 para comprar a casa própria. Em julho de 2010, essa mesma família teria acesso a R$ 84 mil no programa Minha Casa, Minha Vida. As contas, feitas para financiamento sem entrada, são do economista Marcus Valpassos, da Galanto Consultoria. Atualizando o valor de 2004 pelo índice INPC, seriam R$ 38 mil hoje. Ainda assim, muito aquém do financiamento de agora.
Da diferença entre o valor atualizado e o número de hoje, 50% são resultado dos subsídios do governo; 30%, possíveis pelo ganho salarial; e os outros 20%, resultado da melhoria das condições de financiamento, com queda dos juros e aumento dos prazos, calcula Valpassos. Não é difícil concluir que o programa de moradias, lançado em março de 2009, dá tônus eleitoral ao governo — apesar de nem 1% ter saído do papel para as faixas que ganham até três salários mínimos, beneficiando apenas 3.588 dessas famílias.
Como o cadastramento no programa está aberto, só isso já tem apelo eleitoral, avalia Miguel de Oliveira, conselheiro da Anefac, associação dos executivos de finanças. O Minha Casa, Minha Vida, com sua meta de construir um milhão ou até dois milhões de casas, une-se ao crescimento acelerado do crédito imobiliário para a classe média para empurrar a candidatura do PT para cima, nas pesquisas.
De acordo com números do Banco Central, a carteira de crédito habitacional, que inclui operações com pessoas físicas e cooperativas do setor, somou R$ 116,1 bilhões em julho. Em um ano, foi um aumento de 50,8%.
Cremerj mira em médicos que pagam a estudantes
O Conselho Regional de Medicina do Rio enviou à Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública denúncias sobre médicos que pagam a estudantes para trabalhar em seu lugar nos hospitais. A entidade promoverá um fórum para debater esse tipo de recrutamento e propõe que a disciplina de ética seja ministrada no início, e não no fim, do curso.
Estatais não seguem regras de transparência
As normas de transparência na administração pública, criadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 em resposta ao mensalão, não são cumpridas integralmente pela maioria das estatais. Juntas, essas empresas trabalham com uma receita global projetada para este ano de R$ 632,9 bilhões. Aquelas que cumprem a norma o fazem pela metade, não informando dados como gastos com diárias e passagens, e números referentes a convênios e contratos, limitando-se à execução orçamentária e licitações.
Todos esses dados deveriam estar reunidos num banner de fácil visualização na página principal da empresa na internet. Levantamento da Controladoria Geral da União (CGU) revela que dez empresas públicas de um universo de 60 estatais, sem contar as subsidiárias, não cumprem as normas e sequer criaram uma página específica no endereço eletrônico para dar publicidade aos seus gastos.
A Petrobras, a maior estatal brasileira, está nesta lista de empresas. Além da Petrobras, estão o Banco do Nordeste (BNB), a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), vinculada ao Ministério das Cidades, e os hospitais Cristo Redentor, Fêmina e Nossa Senhora da Conceição, todos em Porto Alegre (RS). Há ainda a Telebrás e as Companhias Docas do Maranhão, do Rio e do Rio Grande do Norte. Além dessas, a Companhia de Desenvolvimento de Barcarena (Codebar) não adotou a medida porque não tem site na internet, segundo a CGU.
Minas: Hélio Costa pede socorro a Lula
A reviravolta na eleição em Minas Gerais revela muito mais do que o poder de transferência de votos do ex-governador Aécio Neves. Embora seja esse o principal fator que levou seu candidato, o governador Antonio Anastasia (PSDB), a ganhar a dianteira na disputa pelo governo mineiro, a perda de densidade da candidatura de Hélio Costa (PMDB) também expõe as sequelas da interferência do presidente Lula no processo eleitoral no estado.
Lula obrigou o PT a abrir mão de uma candidatura própria para apoiar Hélio Costa e, assim, facilitar a aliança nacional com o PMDB em torno da presidenciável Dilma Rousseff. Mas a militância petista não aderiu, e Hélio Costa, agora, pede a presença de Lula em Minas para tentar ajudá-lo a evitar a derrota. Na pesquisa do Ibope, contratada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e pela TV Globo e divulgada no sábado, Anastasia subiu oito pontos e chegou a 35% das intenções de votos. E Hélio Costa caiu cinco pontos e ficou com 33%.
O publicitário Duda Mendonça, contratado para fazer a campanha de Hélio, bem que tentou vender para o eleitor que o confronto inicial entre peemedebistas e petistas em Minas havia sido superado, explorando ao máximo a presença do ex-ministro petista Patrus Ananias na chapa do candidato do PMDB. Mas a parceria com o PT ainda não colou.
Pelo contrário, o candidato do PT ao Senado, o ex-prefeito Fernando Pimentel, por exemplo, preferiu descolar sua campanha da de Hélio, na esperança de se tornar a segunda opção de voto para os eleitores de Aécio, com quem manteve um relacionamento para lá de amistoso durante sua gestão na prefeitura de Belo Horizonte.
A morte na rota do sonho
Os dois mineiros do Vale do Rio Doce que estão entre os mortos do massacre de imigrantes ilegais por narcotraficantes no México eram amigos de infância. Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, e Hermínio Cardoso dos Santos, de 24, sonhavam juntar dinheiro nos Estados Unidos para comprar casa própria no Brasil. Não há previsão para liberação dos corpos.
Filha de ex-ministro do TSE levada até cena do crime
No sábado, dia em que a Polícia Civil do Distrito Federal acredita ter completado um ano do assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da sua mulher e da empregada da casa, a filha do casal, Adriana Villela, foi levada à cena do crime. Os três foram encontrados mortos no dia 31 de agosto de 2009. Presa desde o dia 16, suspeita de obstruir as investigações, Adriana ficou por três horas no apartamento em que os pais moravam na Asa Sul, região nobre de Brasília, enquanto a polícia realizava exames.
A filha do ex-ministro chegou algemada num carro da polícia. Segundo o advogado Rodrigo Alencastro, antes de a perícia ser iniciada, Adriana pôde conversar rapidamente com a filha, Carolina, além do irmão e de duas tias. Segundo Alencastro, a família estava bastante abalada.
– Foi uma humilhação sem precedentes. Tentaram reproduzir o clima e o ambiente de um ano atrás. Não sou perito, mas é absolutamente difícil que essa situação se reproduza – alegou o advogado.
A polícia não comenta o inquérito, que tramita sob sigilo, mas o advogado afirmou que o exame seria para constatar a presença de impressões digitais de Adriana no apartamento. O ex-ministro do TSE, a mulher dele, Maria Carvalho, e a empregada do casal Francisca Nascimento da Silva foram encontrados mortos com 71 facadas.
O Estado de S. Paulo
Dilma ‘senta na cadeira de presidente’ antes da hora, acusa Serra
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou a adversária Dilma Rousseff (PT) de ter sentado na cadeira de presidente antes da eleição e advertiu que essa atitude pode demonstrar falta de respeito com os eleitores. Foi uma referência à declaração de Dilma segundo a qual não está de “salto alto” com a liderança nas pesquisas, mas que pretende “estender a mão” a Serra num eventual governo do PT. “Essa declaração tem uma certa falta de respeito. É alguém sentando na cadeira (presidencial) a um mês da eleição. Quem vai decidir quem vai sentar na cadeira é o povo”, disse o tucano.
Reação
A petista Dilma Rousseff disse que jamais se sentou na cadeira presidencial. Para ela, Serra não honra a biografia quando a acusa de conivência com o MST.
Lula lidera ofensiva para obter maioria no Senado
O presidente Lula deflagrou ofensiva na TV e nos palanques para garantir ampla maioria no Senado para um eventual governo de Dilma Rousseff (PT). Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas. Foi justamente no Senado que Lula sofreu suas derrotas mais importantes, como o fim da CPMF. Lula começou a lançar ataques diretos contra adversários. Na última sexta-feira, seu alvo foi Marco Maciel (DEM-PE).
Contrato de diretor da ECT será investigado
Se comprovado o vínculo do diretor de Operações da Empresa de Correios e Telégrafos, coronel Eduardo Rodrigues Silva, com a Master Top Linhas Aéreas (MTA) – ou com consultorias que prestam serviços para companhias do setor aéreo -, o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, avisou que recomendará a extinção dos contratos. Indicado ao cargo com apoio de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, o coronel presidia a MTA, que tem contrato de R$ 44,9 milhões com os Correios, como revelou o Estado. Hoje, a filha de Silva comanda a MTA.
Empresas médias rumo ao topo
De energia a fast-food, passando por desenvolvimento de softwares e análise ambiental. Bancos de investimento, consultarias e fundos de participação indicam dez empresas de diferentes áreas que prometem crescimento acelerado nos próximos anos.
‘Ele só queria ajudar o pai’
O brasileiro Juliard Aires Fernandes, um dos 72 imigrantes ilegais assassinados por traficantes mexicanos, queria arranjar trabalho nos EUA para ajudar a família, relatou ao Estado Rosângela Fernandes, sua prima. Ele morava em Santa Efigênia de Minas (MG). “Falamos para o Juliard não ir. Ele foi tentar a vida fora e, no fim, perdeu a vida”, disse ela.
Ministério Público defende ortotanásia
O Ministério Público Federal passou a defender a legalidade da ortotanásia – pacientes terminais recebem só remédios contra a dor.
Custo de capital de giro afeta indústria
O custo de despesas como água e salários representa 6,7% do preço dos produtos fabricados no Brasil, o triplo de países como Chile e Japão. Congresso em Foco
Equipe Fenatracoop