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Contas do GDF: Rombo de R$ 800 milhões – Novo governo: O filão das estatais – Dilma já fala em CPMF e aliados buscam receita – Jobim condena plano de aliança militar para o Atlântico Sul – EUA inundam mercado com US$ 600 bilhões – Veto implode ‘Memórias Reveladas’ …
O GLOBO
Obama se diz humilhado após derrota histórica
Cabisbaixo e multo abatido, o presidente Barack Obama assumiu a responsabilidade pela frustração dos eleitores, que lhe impuseram uma devastadora derrota diante dos republicanos nas eleições legislativas. “Algumas noites de eleição são estimulantes, outras são humilhantes”, disse Obama, com desconcertante sinceridade para um presidente que foi eleito embalado em ventos de mudança, com confortável maioria no Congresso. No que ele qualificou de surra, os democratas perderam ao menos 61 cadeiras na Câmara e mantiveram o Senado, mas com margem bem reduzida.
Dólar cairá ainda mais
A previsão do governo brasileiro e dos especialistas é de que a moeda americana vai se desvalorizar ainda mais e o Brasil continuará recebendo recursos do exterior. Ontem, o dólar fechou a R$ 1,701, em queda de 0,4%.
Enquanto isso, na crise econômica…
O banco central americano, o Federal Reserve, aprovou ontem nova cartada para tentar dar fôlego à combalida economia dos EUA. O Fed anunciou que vai adquirir US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro até meados do ano que vem, em compras mensais. O objetivo é ter mais dinheiro na economia para estimular crédito e gerar empregos. Especialistas duvidam da eficácia da medida.
Lula: oposição não deve agir com raiva
Na primeira entrevista coletiva após as eleições, o presidente Lula pediu que a oposição não aja com raiva contra a presidente eleita, Dilma Rousseff, como, segundo disse, fez com ele. Ao lado de Dilma, em tom duro, afirmou: “Que dentro do Congresso, a oposição não faça contra a Dilma a política que fez comigo, a política do estômago, a política, eu diria, da vingança, do trabalhar para não dar certo.” Lula disse que não haverá medidas impopulares agora, descartou voltar em 2014 e afirmou que o novo governo terá a cara de Dilma: “Rei morto, rei posto.”
Dilma admite discutir volta da CPMF a pedido de governadores
Grupo de Cabral já fala em ter Saúde e Minas e Energia
Veto implode ‘Memórias Reveladas’
A falta de transparência na divulgação de papéis da ditadura provocou nova baixa no “Memórias Reveladas”. Depois do professor Carlos Fico, a historiadora Jessie Jane de Sousa se demitiu alegando que o projeto se desvirtuou: “Documentos que deveriam ser públicos continuam submetidos ao segredo.”
FOLHA DE S. PAULO
EUA inundam mercado com US$ 600 bilhões
O Fed (banco central dos EUA) anunciou a compra de US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro americano. O valor corresponde a 4% do PIB daquele país e cerca de 31% de tudo o que Brasil deve produzir neste ano.
A operação é uma forma de injetar dinheiro na economia dos EUA, reduzindo os juros de longo prazo e aquecendo o consumo.
A medida foi recebida com cautela. Para economistas, não falta crédito barato: “inundar” o mercado com dólares pode fazer a inflação disparar adiante e provocar bolhas de ativos, sobretudo nos emergentes.
Para o ex-diretor do BC Alkimar Moura, parte desse dinheiro virá para o Brasil, em forma de investimento, valorizando mais o real e dificultando as exportações.
Em outra operação, de até US$ 300 bilhões, o Fed continuará a comprar títulos do Tesouro com papéis lastreados em hipotecas.
Lula e Dilma culpam americanos e China pela guerra cambial
Na primeira aparição pública juntos após as eleições, o presidente Lula e a eleita Dilma Rousseff acusaram EUA e China de promoverem uma guerra cambial. Lula disse que os dois vão tratar do assunto na reunião do G20, em Seul (Coreia).
Dilma confirmou que mudará a fórmula de reajuste do mínimo, que pode chegar a R$ 600 no fim de 2011.
A eleita disse que o Bolsa Família também será reajustado e, ao falar de uma possível volta da CPMF, afirmou que é preocupante adotar novo tributo. Disse, no entanto, que está aberta a discutir o assunto com os governadores.
Área econômica será a primeira a ser anunciada
Os ministros da área econômica devem ser os primeiros anunciados pela presidente eleita Dilma Rousseff. Ela e o presidente Lula analisarão opções durante ida a Seul na próxima semana, para reunião do G20. A ideia é evitar desconfiança no mercado.
‘Maré republicana’ derrota democratas
Dois anos após a eleição do presidente democrata Barack Obama, a
“maré republicana” obteve ao menos 54 cadeiras extras na Câmara dos EUA, além da maioria dos governos estaduais. As projeções apontam para o maior ganho dos republicanos desde 1948.
Os democratas devem manter maioria ínfima apenas no Senado. Em discurso, o presidente assumiu a culpa “por não retornar a criação de empregos mais rapidamente”.
Jobim condena plano de aliança militar para o Atlântico Sul
Em conferência no Rio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, atacou as estratégias militares dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental).
Jobim disse que o Brasil não pode aceitar que “se arvorem” o direito de intervir e criticou a proposta, ventilada nos EUA, de “cortar a linha” que separa o Atlântico Sul do Norte.
O ESTADO DE S. PAULO
Lula diz que todo poder é de Dilma: ‘Rei morto, rei posto’
O presidente Lula afirmou, em entrevista coletiva junto com Dilma Rousseff, que o governo da presidente eleita “tem de ter a cara de Dilma”. Ante as especulações sobre o real poder de sua sucessora, ele declarou que, a partir de 1º de janeiro, é “rei morto, rei posto”. Para reforçar a disposição de que não vai interferir, Lula sinalizou também que não vai disputar a eleição de 2014: “Chegar ao final do mandato com o reconhecimento popular que tem o governo, voltar é uma temeridade porque a expectativa gerada é infinitamente maior”. O presidente deixou claro que o objetivo da entrevista, convocada minutos antes de ser realizada, era passar um recado político. Em 15 oportunidades, Lula enfatizou que a formação do ministério é de inteira responsabilidade de Dilma. Apesar do discurso, Dilma e Lula vão aproveitar a longa viagem a Seul, na próxima semana, para discutir a aliança de sustentação do futuro governo e nomes para o ministério.
As definições de Dilma
CPMF: “Do ponto de vista do governo federal, não há uma necessidade premente (de recriar a CPMF). Mas do ponto de vista dos governadores sei que há esse processo.”
Salário mínimo: “Num cenário de o PIB crescendo a taxas que esperamos teremos um mínimo em 2014 bem acima de setecentos e poucos reais. Se não tiver nenhuma alteração, já em 2011 ou no início de 2012, ele estaria acima de R$ 600.”
Bolsa-família: “Tenho um objetivo de assegurar cada vez mais que a cobertura das famílias chegue a 100%. Hoje, não são 100%.”
Guerra cambial: “Todos os países fora a China e os Estados Unidos percebem que há uma guerra cambial. Numa situação dessas, não há solução individual. Você pode ter medidas de proteção no seu país, mas quando começa uma política de desvalorização competitiva, da última vez deu no que deu, na Segunda Guerra.”
Reforma agrária: “O presidente pediu para a Embrapa fazer uma avaliação sobre o índice de produtividade (das propriedades rurais) e definir o que considera tecnicamente correto. Vou avaliar esses dados.”
Presidente ataca oposição
O presidente Lula aproveitou a entrevista para dizer que os opositores agiram de modo “raivoso”. Lula pediu que, com Dilma, eles passem a “torcer para que o Brasil dê certo”.
EUA anunciam pacote de US$ 600 bilhões
Central dos EUA decidiu injetar US$ 600 bilhões para reanimar a economia do país. A partir de hoje, quando começam as compras de títulos do Tesouro americano, a liquidez deverá ser elevada à média de US$ 110 bilhões mensais, a que deve pressionar o câmbio em países emergentes como o Brasil. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico avalia que há risco de bolha de ativos nesses países, porque há sinais de que os recursos emitidos nas nações ricas não tem entrada nas economias locais, mas se destinado aos emergentes.
Obama reconhece derrota e pede negociação com republicanos
Derrotado nas eleições legislativas do dia 2, o presidente dos EUA, Barack Obama, recorreu ao Partido Republicano para que negocie soluções com os democratas e a Casa Branca para reaquecer a economia. O pleito de terça-feira refletiu clara desaprovação popular. Os democratas perderam 61 cadeiras na Câmara dos Deputados e os republicanos recuperaram a maioria dos votos: 239 contra 185.
CORREIO BRAZILIENSE
Dilma já fala em CPMF e aliados buscam receita
Na primeira entrevista coletiva após a vitória nas urnas, a presidente eleita, Dilma Rousseff, sinalizou como pretende negociar com o Congresso e com os governadores um tema espinhoso no Planalto: as contas públicas. Ela prevê um salário mínimo de R$ 600, mas somente em 2012, diferentemente do que havia proposto José Serra durante a campanha. Dilma também está disposta a conversar com os governos estaduais sobre a volta da CPMF, mas não pretende apresentar projeto de lei para o retorno do tributo. Enquanto a petista detalha as intenções de governo, os aliados se esmeram em aumentar as receitas no Orçamento. Os recursos extras podem chegar a R$ 20 bilhões e permitiriam um reajuste maior do salário mínimo — a proposta inicial para 2011 é de R$ 538 — e até o aumento a servidores públicos.
Novo governo: O filão das estatais
Empresas federais são o objeto de cobiça dos aliados de Dilma Rousseff. Para 2011, estatais têm uma previsão de R$ 107 bilhões em investimentos e participação em obras de grande visibilidade. Ao menos 612 postos em cargos executivos poderão ser preenchidos por apadrinhados. Muitos salários passam de R$ 20 mil.
Contas do GDF: Rombo de R$ 800 milhões
Além dos muitos problemas a serem resolvidos no DF, o petista Agnelo Queiroz terá outra herança difícil de administrar nos primeiros meses de governo. Ele receberá a máquina pública com os gastos contingenciados. Isso porque há um déficit milionário no orçamento, o que pode atrapalhar a implementação de novos programas.
Obama reconhece fracasso
O presidente admitiu que os norte-americanos estão frustrados com seu governo e por isso os democratas sofreram uma derrota nas urnas. Para reativar a economia, o banco central do país vai gastar US$ 600 bilhões. congresso em foco