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Manifestantes apontaram ‘sabotagem’ do presidente do Senado às investigações e ovacionaram o juiz Sérgio Moro
Milhares de manifestantes foram às ruas do País ontem em apoio à Operação Lava Jato, em defesa do pacote das 10 Medidas Contra a Corrupção e contra o Congresso. Apesar do receio do Planalto quanto a uma onda de atos contra o governo, o presidente Michel Temer foi poupado e os protestos se concentraram em críticas aos parlamentares, com foco dirigido ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os atos – os primeiros da era Temer – ocorreram em 25 Estados e no Distrito Federal, e atraíram menos manifestantes do que os pelo impeachment de Dilma Rousseff. Aos gritos de “Fora, Renan”, os manifestantes apontavam o presidente do Senado como autor de uma tentativa de sabotagem à Lava Jato – na quarta-feira, ele quis aprovar um requerimento de urgência para votar em plenário o desfigurado pacote anticorrupção aprovado na madrugada pela Câmara. No mesmo dia, Renan virou réu no Supremo Tribunal Federal. Os atos também se voltaram contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O juiz Sérgio Moro, por sua vez, foi ovacionado…
O Globo
Manchete: Pela Lava-Jato e contra Renan
Manifestações em 82 cidades defendem aprovação de medidas contra corrupção
Para Planalto, poderes da República devem estar atentos às ruas Milhares de pessoas foram às ruas em todos os estados e no DF contra ataque do Congresso ao pacote anticorrupção e à Lava-Jato. Manifestantes elegeram como alvo o presidente do Senado, Renan Calheiros, defensor do projeto que pune o abuso de autoridade de juízes e membros do MP. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia também foi criticado. (Págs. 3 a 7)
Presidente do Senado recusou apelo do STF
A presidente do STF, Cármen Lúcia, pediu a Temer que intercedesse junto a Renan contra o projeto de abuso de autoridade de juízes, mas o senador recusou, conta JORGE BASTOS MORENO. (Pág. 7)
JOSÉ CASADO
Presidentes do Legislativo em choque com as ruas. (Pág. 6)
RICARDO NOBLAT
O fardo de carregar Renan será de todos. (Pág. 2)
Pressão para tirar Meirelles leva Temer a lançar minipacote
Aliados cobram resultados contra recessão, mas presidente reitera confiança no ministro da Fazenda
Em meio à pressão de aliados para fazer ajustes na economia e trocar seu ministro da Fazenda, o presidente Michel Temer disse a JORGE BASTOS MORENO que se recusa a tirar Henrique Meirelles, mas que prepara medidas emergenciais contra a recessão, sem dar detalhes. Temer reconheceu ser preciso “impulsionar a economia com dez medidas”, que serão tomadas por Meirelles, a quem manifestou confiança. Os que mais defendem a saída do ministro são os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, além de outros líderes do PMDB e os tucanos Aécio Neves e Tasso Jereissati. Mas a impaciência com a escassez de sinais de recuperação da economia preocupa também agentes econômicos que apoiaram o impeachment e agora cobram resultados. (Pág. 8)
Indústria recebe incentivo bilionário, mas não reage
Estudo do Ipea mostra que renúncia fiscal de R$ 60 bilhões para o setor de 2011 a 2014 não foi capaz de torná-lo mais competitivo. Avanços em produtividade ficaram abaixo do esperado. (Pág. 19)
Evitar o desastre custaria R$ 17 mil
A Lamia teria gastado apenas R$ 17 mil se fizesse escala em Bogotá para reabastecer o avião que caiu em Medellín e matou 71 pessoas, dizem especialistas. (Págs. 28 a 30)
STF decide sobre aborto na quarta
A ação que permite a interrupção da gravidez em caso de mulheres infectadas pelo vírus da zika será julgada quarta-feira pelo STF. (Pág. 10)
Provas parecidas nas duas edições (Pág. 26)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Milhares vão às ruas pela Lava Jato e contra Renan
Houve atos em 25 Estados e no Distrito Federal
O presidente Temer foi poupado
Manifestantes apontaram ‘sabotagem’ do presidente do Senado às investigações e ovacionaram o juiz Sérgio Moro
Milhares de manifestantes foram às ruas do País ontem em apoio à Operação Lava Jato, em defesa do pacote das 10 Medidas Contra a Corrupção e contra o Congresso. Apesar do receio do Planalto quanto a uma onda de atos contra o governo, o presidente Michel Temer foi poupado e os protestos se concentraram em críticas aos parlamentares, com foco dirigido ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os atos – os primeiros da era Temer – ocorreram em 25 Estados e no Distrito Federal, e atraíram menos manifestantes do que os pelo impeachment de Dilma Rousseff. Aos gritos de “Fora, Renan”, os manifestantes apontavam o presidente do Senado como autor de uma tentativa de sabotagem à Lava Jato – na quarta-feira, ele quis aprovar um requerimento de urgência para votar em plenário o desfigurado pacote anticorrupção aprovado na madrugada pela Câmara. No mesmo dia, Renan virou réu no Supremo Tribunal Federal. Os atos também se voltaram contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O juiz Sérgio Moro, por sua vez, foi ovacionado. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A7)
Análises
Vera Magalhães
O que vem por aí
O governo respirou aliviado com o saldo das manifestações: nada de coro ‘fora, Temer’. Mas não há otimismo no Executivo com o que está por vir na política e na economia. (PÁG. A6)
Dawisson Belém Lopes
A moral e o morismo
Ingênua ou não, a crença estruturante do morismo é de que só Sérgio, e ninguém mais, poderá salvar o Brasil das garras dos Renans, Rodrigos e Michéis do Planalto Central. (PÁG. A4)
Renan e Maia dizem que manifestações são legítimas
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disseram, em nota, que os protestos são legítimos. O Planalto e líderes de partidos avaliam desacelerar o projeto de lei de abuso de autoridade. A matéria pode sair da pauta do Senado amanhã. (PÁG. A7)
Por reforma da Previdência, Congresso pode cancelar férias
O presidente Michel Temer apresenta hoje aos líderes da base governista no Congresso e a representantes de centrais sindicais uma ampla proposta de reforma da Previdência. Um ministro e um importante líder partidário avaliam a possibilidade de a comissão especial começar a discutir a proposta já em janeiro, mês em que os parlamentares estão tradicionalmente de férias. Para o Planalto, o texto, mais robusto, é uma sinalização importante para o mercado financeiro. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Temer diz manter ‘total confiança’ em Meirelles
O presidente Michel Temer disse ao Estado que “mantém total confiança” no ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Ele tem o meu total apoio.” Temer negou a intenção de compartilhar o comando da política econômica. As declarações ocorreram após uma semana em que o mercado começou a ver “fritura” de Meirelles. (ECONOMIA / PÁG. B5)
3 países apuram queda de avião da Chapecoense (Esportes/Pág. 1)
Cabral não entregou passaporte especial (Política/ Pág. A8)
Eike agora quer lançar pasta de dente especial
Após a ruína de seu império, Eike Batista tenta dar a volta por cima. As apostas vão do lançamento de uma pasta de dente a um projeto de logística. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Notas & Informações
A riqueza da democracia
O combate à corrupção deve ser feito dentro da mais estrita legalidade. (PÁG. A3)
Sem os erros do PT
Nova rodada de concessões de aeroportos tem mudança notável em relação às práticas do PT. (PÁG. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete: Atos apoiam Lava Jato e criticam o Congresso
Presidentes da Câmara e do Senado são principais alvos de protestos pelo país
Manifestantes voltaram às ruas neste domingo (4) em dezenas de cidades do país para protestar contra o Congresso e declarar apoio à Operação Lava Jato. Os principais alvos foram os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do desfigurado pacote anticorrupção aprovado por deputados na semana passada. Maia conduziu a sessão que avançou pela madrugada de quarta (30), enquanto Renan tentou apressar a votação horas mais tarde. Ambos afirmaram que as manifestações são legítimas. Projeto que prevê punições por abuso de autoridade a magistrados e membros do Ministério Público também foi criticado. O juiz Sergio Moro recebeu homenagens com bonecos e faixas. O presidente Michel Temer (PMDB) foi pouco lembrado pelos presentes. Em nota, a Presidência elogiou o comportamento dos manifestantes e disse que os Poderes devem estar atentos às reivindicações populares. Segundo a Polícia Militar, 15 mil pessoas se reuniram na avenida Paulista. Movimentos que organizaram o protesto em São Paulo falaram em 200 mil. (Poder A4 e A5)
Valdo Cruz
Poupado nestas manifestações, Temer receia ser próxima vítima (Opinião A2)
Para presidente do IBGE, ameaça de estagnação é visível a olho nu (Entrevista da 2ª / A14)
Mercado
Veja principais mudanças propostas para a Previdência (Pág. 1)
Editoriais
Leia “Recaída no desmate”, acerca de retomada do desmatamento na Amazônia, e “O custo da tarifa”, sobre gratuidades no transporte de ônibus. (Opinião A2)
Edição: Equipe Sintracoop, Segunda-Feira, 05 de Dezembro de 2016