Manchete nos Jornais desta Quinta-Feira, 24 de Novembro de 2016

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Comissão da Câmara aprova pacote contra corrupção
O pacote de medidas de combate à corrupção foi aprovado ontem em comissão especial da Câmara e agora seguirá para votação no plenário. Está prevista tipificação de crime de caixa 2 para políticos, partidos, empresas e quem praticá- lo em nome de candidato ou legenda. O texto não fala em anistia a caixa 2 antes da aprovação da lei. O plano dos parlamentares, porém, é incluí-la durante votação no plenário. Uma proposta de emenda já estava sendo elaborada ontem.


O Globo

Manchete: Delação da Odebrecht deve atingir ao menos 130 políticos
Ex-presidente e quase 80 executivos começam a assinar acordos
Depoimentos e provas a serem apresentadas pela maior empreiteira do país, após longa negociação com a Lava-Jato, devem abalar o sistema político e já provocam nervosismo em Brasília
Ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, a maior empreiteira do país, Marcelo Odebrecht e mais 76 executivos e ex-dirigentes da empresa começaram a assinar ontem acordos de delação premiada com a Lava-Jato. Após nove meses de negociações, as revelações do grupo devem pôr em xeque o sistema de financiamento político do país. Nos depoimentos prévios, os delatores fizeram acusações contra líderes de diversos partidos, atingindo pelo menos 130 políticos. Os acordos são considerados devastadores também pela riqueza de detalhes e provas das ilegalidades. As assinaturas devem ser concluídas hoje. (Pág. 3)

ALAN GRIPP
Não é trivial quase 80 executivos contarem o que sabem. (Pág. 3)

Cabral: joias caras com dinheiro vivo
Duas vendedoras de joias de grandes grifes disseram em depoimento à Polícia Federal que o ex-governador Sérgio Cabral e a mulher, Adriana Ancelmo, compravam joias com dinheiro vivo. (Pág. 7)

Primo de Geddel atuou em obra
O escritório de advocacia de um primo do ministro Geddel Vieira Lima atuou para a construção de prédio barrado em Salvador. (Pág. 6)

Câmara negocia anistia para caixa dois (Pág. 4)

Colunistas
MÍRIAM LEITÃO
Governo Temer começa a se perder no labirinto. (Pág. 22)

ANCELMO GOIS
Despoluição da Baía está nas mãos de Meirelles. (Pág. 14)

CARLOS A. SARDENBERG
Estados precisam refazer o ajuste dos anos 90. (Pág. 18)

Com a bênção de Lula
Vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão conta com o apoio de Lula e do PCdoB para chegar ao Senado. (Pág. 5)

Garotinho já temia ação da PF
Áudio mostra o ex-governador, antes de ser preso, tentando conversa “não só institucional” no Ministério da Justiça, revelam RUBEN BERTA e MARCO GRILLO. (Pág. 8)

Empresas vão às compras no Brasil
Grandes empresas e fundos do exterior, como a francesa Saint- Gobain, a canadense Brookfield e a chinesa State Grid, aproveitam a crise para ampliar presença no Brasil. (Pág. 21)

Alerj nega apoio a Pezão
Até líderes de partidos aliados negam apoio ao pacote anticrise do governo Pezão na Alerj, relata MARA BERGAMASCHI. Agora, o governador depende do Congresso, que votará ajuste fiscal, e da União, que acena com ajuda. Para o Rio fechar as contas deste ano, ainda faltam R$ 7 bilhões. (Págs. 10 a 12)

Editorial
‘Crise se agrava e dá choque de realidade nos estados’ (Pág. 18)


O Estado de S. Paulo

Manchete: Delação da Odebrecht só depende de multa dos EUA
Americanos querem elevar valor negociado para acordo de leniência; expectativa é de assinar tudo até amanhã
A negociação da delação premiada e do acordo de leniência da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da Lava Jato está a um passo de ser concluída. Advogados e procuradores tentam assinar a documentação entre hoje e amanhã, antes de o procurador-geral, Rodrigo Janot, embarcar para a China, onde ficará até o dia 4. O último entrave ontem à noite era o valor que será pago pela empresa aos Estados Unidos como multa da leniência. O montante já estava acertado com a Odebrecht em torno de R$ 6 bilhões e seria repartido entre EUA, Brasil e Suíça. Mas a exigência de valor maior pelos americanos causou entrave. Há dois caminhos: elevar a multa a ser paga pela empresa ou fazer acordo em que Brasil e Suíça liberem parte da quantia. No caso das delações, restam apenas as formalidades de assinatura do acordo. Serão mais de 70 executivos delatores, que, com a colaboração, terão penas menores. O caso-chave é o de Marcelo Odebrecht. Ele deverá ficar até o fim de 2017 na prisão e cumprir o resto de uma pena de dez anos em regime domiciliar. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)

Pena de Léo Pinheiro cresce para 26 anos
O Tribunal Regional Federal elevou em dez anos a pena do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro por relação com a corrupção na Petrobrás. (PÁG. A6)

Comissão da Câmara aprova pacote contra corrupção
O pacote de medidas de combate à corrupção foi aprovado ontem em comissão especial da Câmara e agora seguirá para votação no plenário. Está prevista tipificação de crime de caixa 2 para políticos, partidos, empresas e quem praticá- lo em nome de candidato ou legenda. O texto não fala em anistia a caixa 2 antes da aprovação da lei. O plano dos parlamentares, porém, é incluí-la durante votação no plenário. Uma proposta de emenda já estava sendo elaborada ontem. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Parente de político fica fora de repatriação
O plenário do Senado aprovou ontem projeto que reabre o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. Diferentemente do que defendia o líder do governo no Senado, Romero Jucá, foi vetada a possibilidade de adesão de parentes de políticos e incluída a previsão de rateio com Estados e municípios das receitas advindas da multa. (ECONOMIA / PÁG. B6)

Governo atua e Geddel escapa de depor na Câmara
O governo atuou e deputados da base rejeitaram pedidos para convocar o ministro Geddel Vieira Lima (Governo) a explicar denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Dez requerimentos foram apresentados na Comissão de Cultura. O argumento é de que o caso já está sob análise da Comissão de Ética da Presidência. (POLÍTICA / PÁG. A9)

Estados propõem limite de gastos
O ajuste fiscal anunciado pelos governadores prevê adoção de limite de gastos públicos nos moldes do previsto na PEC do Teto federal. Mas com prazo menor – de dez anos, em vez de 20. (ECONOMIA / PÁG. B1)

TCU aponta descalabro no Fies
Auditoria na gestão do Fundo de Financiamento Estudantil também vê dificuldades para que o programa banque estudos de gerações futuras em instituições privadas de ensino superior. (METRÓPOLE / PÁG. A16)

‘Delivery’ de diamantes para Cabral
Diretora da H. Stern disse à PF que levava joias, anéis de brilhante e pedras preciosas à casa de Sérgio Cabral (PMDB-RJ). Pagamento, de até R$ 100 mil, era em dinheiro. A informação foi antecipada pelo estadão.com. O ex-governador está preso. (PÁG. A7)

Cida Damasco
Desmancham-se expectativas econômicas otimistas. (ECONOMIA / PÁG. B8)

Notas & Informações
O preço da ajuda aos Estados
Sem ajuste, socorro será estímulo à irresponsabilidade. (PÁG. A3)

O Conselhão (PÁG. A3)


Folha de S. Paulo

Manchete: Maia e líderes partidários acertam anistia ao caixa 2
Acordão busca livrar a maioria dos investigados pela Operação Lava Jato
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários definiram nesta quarta (23) a emenda que pretende anistiar a prática do caixa dois eleitoral, que pode livrar a maioria dos alvos da Lava Jato. O acerto foi feito em almoço, horas antes da comissão que analisa o pacote de medidas anticorrupção do Ministério Público aprovar por 30 a 0 o texto do relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A intenção era incluir a anistia na votação do texto no plenário da Casa, que poderia ser realizada na madrugada desta quinta (24). A Folha apurou que a emenda estabelece na legislação que não sofrerá punição quem receber doações, contabilizadas ou não, de valores, serviços e bens para atividades eleitorais e partidárias até a data da entrada em vigor da regra. A medida deve livrar boa parte dos alvos da Lava Jato, já que políticos que receberam verba desviada da Petrobras, via empreiteiras, dizem tê-la usado em campanhas ou atividades partidárias, declaradas à Justiça ou não. Esse segundo caso constitui caixa dois. (Poder A4)

Projeto de aliado de Geddel tenta esvaziar Iphan
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) protocolou projeto para esvaziar o Iphan (órgão de preservação do patrimônio) no dia de audiência marcada com o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Geddel é acusado de pressionar para liberar prédio embargado, o que ele nega. Leitão afirmou que a reunião não ocorreu e negou interferência do ministro. (Poder A8)

Painel
Ex-ministro depõe à PF sobre investida para liberar edifício (Poder A4)

Mônica Bergamo
Temer deixa em segundo plano separar as contas dele das de Dilma
A defesa de Temer deixou em segundo plano separar contas de campanha dele e de Dilma em processo de cassação de chapa no TSE. A mudança ocorre após Otavio de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, mudar depoimento. O delator afirmara que contribuição para a campanha de Dilma em 2014 tinha sido propina. Depois, disse que foi lícita. Assim, separar as contas seria dispensável. (Ilustrada C2)

Desfecho de delação da Odebrecht atrasa devido a divergência
A Odebrecht e procuradores deflagraram o processo de assinatura da delação da empresa na Lava Jato. A conclusão do acordo, entretanto, emperrou devido à participação de autoridades americanas na multa a ser aplicada à empreiteira pelos desvios na Petrobras. Há divergência a respeito da fatia da multa a ser repassada aos EUA. (Poder A5)

Senado aprova nova repatriação; base de Temer sofre derrota
O Senado aprovou, por 47 votos a 11, a reabertura do programa de regularização de recursos de brasileiros no exterior. O texto vai à Câmara. O governo e a base aliada, porém, sofreram uma derrota. A oposição conseguiu aprovar emenda que retirou do texto o trecho que permitia a participação de parentes de políticos. A questão provocou bate-boca. (Mercado A17)

Dólar na fatura do cartão poderá ser o do dia da compra (Mercado A20)

Editoriais
Leia “A barganha de Trump”, acerca de política comercial do presidente eleito nos EUA, e “Da zika à chikungunya”, sobre o risco de viroses no verão. (Opinião A2)


Edição: Equipe Sintracoop,  Quinta-Feira, 24 de Novembro de 2016

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