Manchete nos Jornais desta Quinta-Feira, 1 de Maio de 2014

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Campos apoia mudança na CLT

Um dia antes de participar da festa da Força Sindical pelo Dia do Trabalhador, hoje, em São Paulo, o pré-candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, demonstrou simpatia às bandeiras defendidas pela central sindical, como a flexibilização das leis trabalhistas. Ontem, em entrevista na capital paulista, ele prometeu abrir o diálogo com os trabalhadores. “Fui governador e sempre dialoguei muito com o movimento sindical. Mas não vamos começar uma agenda no Brasil pensando em subtrair os direitos dos trabalhadores”, garantiu.

O posicionamento de Campos veio no momento em que a aliança PSB/Rede/PPS discute a construção de um programa de governo em oposição à política econômica da presidente Dilma. Ontem, por exemplo, Eduardo Campos e a pré-candidata a vice na chapa, Marina Silva (PSB), comandaram uma reunião com a participação de 19 especialistas das áreas econômica e energética.

Dilma corrige tabela do IR e aumenta Bolsa-Família

Assessores esperam que medidas, anunciadas na TV, detenham queda nas pesquisas
A presidente Dilma anunciou, em discurso na TV pelo Dia do Trabalho, aumento de 10% no Bolsa Família, correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda na fonte no ano que vem e promessa de manter a política de valorização do salário mínimo — a atual acaba no fim de 2015.
Assessores presidenciais esperam que as medidas possam estancar a queda nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência, causada por uma onda de notícias desfavoráveis à petista, como a crise da Petrobras, a inflação em alta e o custo de energia elevado.
Sem citar nomes, a presidente criticou a oposição que, segundo ela, investe no “quanto pior, melhor”. Antes, a rádios da Bahia, Dilma disse que manterá sua candidatura com ou sem os partidos que a apoiam hoje. Políticos classificaram a declaração como infeliz.
Para outros aliados, porém, a frase pode indicar ao eleitorado que ela não cede a pressões. Dilma disse ainda que não se importará com as manifestações para o “volta, Lula”.

O Globo

Dilma anuncia aumento de 10% no Bolsa Família, correção da tabela do IR e reajuste real do salário mínimo

Em meio a quedas sucessivas de popularidade e de pesquisas indicando a possibilidade de segundo turno nas eleições de outubro, a presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira, em cadeia de rádio e televisão medidas para agradar a todos os setores da sociedade, especialmente os 36 milhões de beneficiários do Bolsa Família e a classe média. Dilma aumentou em 10% os valores do Bolsa Família, corrigiu a tabela do Imposto de Renda e prometeu manter o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Em comemoração ao Dia do Trabalho, a presidente fez um discurso forte e de cunho eleitoral: disse que está ao lado do povo e defendeu a Petrobras.

Para Aécio, pronunciamento de Dilma representa desespero do governo

A oposição reagiu e acusou nesta quarta-feira a presidente Dilma Rousseff de uso eleitoral do pronunciamento na TV sobre o Dia do Trabalho. O presidente do PSDB e pré-candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, disse que o pronunciamento “representa o desespero de um governo acossado por sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente fragilizada pelo boicote da sua própria base, protagonizando um dos mais patéticos episódios já vistos na política brasileira”.
“É lamentável que a primeira mandatária do país abdique, uma vez mais, da necessária compostura que deveria ter ao utilizar um instrumento de Estado, como a cadeia de rádio e televisão, para fazer campanha política e atacar os adversários.

Renan autoriza instalação de duas CPIs para investigar Petrobras

ontrariando o PT no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira que, caso algum partido se recuse a apresentar os nomes dos integrantes para a CPI mista da Petrobras, ele mesmo fará as indicações. Os petistas resistem em aceitar a criação de uma CPI mista, com senadores e deputados, porque acreditam que ficará mais difícil blindar o Palácio do Planalto em uma comissão mais ampla.
Ontem, o presidente do Senado anunciou em plenário sua decisão de proceder à instalação da CPI exclusiva da Petrobras no Senado, cumprindo decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Mais tarde, Renan Calheiros se reuniu com parlamentares da oposição e anunciou que iria instalar também a CPI mista, composta por senadores e deputados.

Petrobras planejou venda da refinaria de Pasadena, mas desistiu em 2013

A refinaria de Pasadena, no Texas, chegou a ser incluída pela Petrobras num projeto de venda de ativos da estatal, mas acabou sendo retirada desse programa em 2013. Documentos internos obtidos pelo GLOBO mostram que a companhia previu vender ativos fora do país avaliados em US$ 6,2 bilhões. Um relatório de 4 de junho de 2012 chega a sugerir que a venda da refinaria poderia ocorrer após o fim da briga judicial entre a Petrobras America e a companhia belga Astra Oil, sócias até então do empreendimento. A estatal confirmou ao jornal que Pasadena “fez parte da carteira de oportunidades de desinvestimento, mas foi retirada em 2013″. A empresa não explicou por quê.

Ex-diretor da Petrobras recomendou contratação de empresa de Youssef

ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa indicou a MO Consultoria e a GFD Investimentos, empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef, para fazer contratos com a Sanko Sider. A Polícia Federal suspeita que o consórcio Camargo Correa, responsável pela obras de construção de parte da refinaria Abreu e Lima, tenha usado a Sanko Sider para repassar R$ 26 milhões para Youssef e para Costa. Para a polícia, a MO é uma empresa fictícia e teria sido usada por Youssef para lavar dinheiro de propina, conforme consta em relatório que deu base a um dos proc

essos contra o doleiro e o ex-diretor da Petrobras.
A informação sobre a participação de Paulo Roberto Costa na contratação da MO e da GFD foi confirmada pela Sanko, empresa de comércio de tubos e conexões que tem, entre seus principais clientes, fornecedores de serviços da Petrobras. A Sanko informou também que em 2012 fez contrato com a Costa Global, empresa do ex-diretor da Petrobras.

Correio Braziliense

Manchete: Bolsa-claque – Grupo é pago na Câmara após aplaudir deputados

O Correio flagrou a distribuição de dinheiro aos manifestantes de aluguel

Grupo é pago na Câmara após aplaudir deputados

Na noite da última terça-feira, às 22h, logo após o fim da sessão que aprovou mudanças na chamada lei dos caminhoneiros, um grupo de 30 pessoas foi flagrado pelo Correio recebendo dinheiro nos corredores do 10° andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Minutos antes, parte daqueles mesmos personagens ocupou as galerias da Casa para aplaudir cada um dos parlamentares que apoiou o texto sobre a ampliação da jornada de trabalho para os motoristas. A cena do pagamento foi documentada em vídeos e fotos pela equipe do jornal, que acabou hostilizada por servidores com crachás da Câmara, responsáveis pela distribuição de notas de R$ 50 e de R$ 20 para a claque.

O repasse do dinheiro começou na chapelaria do Congresso, de onde o grupo se dirigiu ao gabinete do deputa

do Nelson Marquezelli (PTB-SP), de número 920, no 9º andar do Anexo IV da Câmara. Marquezelli presidiu a comissão especial que analisou o projeto na Casa. Ele também foi o escolhido para fazer a defesa da proposta antes da votação no plenário, momento em que foi bastante aplaudido pela claque, conforme registro em vídeo disponível no portal da Câmara. Várias das pessoas vistas na galeria da Casa chegaram a entrar no gabinete de Marquezelli, que estava aberto.

No escritório do petebista, o grupo foi orientado por funcionários a subir para o 10° andar. Lá, foram recebidos por pessoas com crachás da Câmara. Uma fila acabou formada em frente aos funcionários, que dispunham de uma lista de nomes, calculadora e um pequeno bolo de dinheiro em notas de R$ 50 e de R$ 20. Não foi possível determinar o montante recebido por cada um nem a origem dos recursos.

Após ser interrompida pela filmagem, a distribuição continuou no estacionamento em frente ao Anexo IV. Um dos integrantes da claque chegou a ameaçar a reportagem. “Quer perder seu celular?”, perguntou o homem, em meio a uma série de palavrões. (Págs. 1 e 2)

Genoino na cadeia. Vídeo de Dirceu será investigado

O Governo do Distrito Federal instaurou ontem uma investigação para apurar quem gravou e em que circunstância foi feito o vídeo, divulgado na última terça-feira, no qual o ex-ministro José Dirceu aparece conversando com deputados no Complexo Penitenciário da Papuda. A gravação foi feita durante visita de parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Câmara ao petista, que cumpre pena no presídio em razão da condenação no julgamento do mensalão.

O GDF informou ao Correio que encaminhou para a Corregedoria da Câmara a lista com o nome dos deputados e assessores que estiveram na visita. O objetivo é que seja investigado quem gravou o vídeo “ilegalmente”. Quando identificada, a pessoa poderá ser processada, segundo uma fonte do GDF.  (Págs. 1 e 4)

Eleições no DF: Roriz, agora, quer se tornar distrital

Aos 77 anos, o ex-governador pretende disputar uma vaga na Câmara Legislativa. Mas ainda depende do STF para não ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. (Págs. 1 e 19)

Bondades: Menos IR e alta na bolsa família

Em queda nas pesquisas, Dilma aproveita Dia do Trabalhador para anunciar correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda e aumento de 10% na bolsa família. (Págs. 1 e 6)

Prepare o bolso que aumento da cerveja terá “choro”: 2,25% (Págs. 1 e 10)

Campos apoia mudança na CLT

Um dia antes de participar da festa da Força Sindical pelo Dia do Trabalhador, hoje, em São Paulo, o pré-candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, demonstrou simpatia às bandeiras defendidas pela central sindical, como a flexibilização das leis trabalhistas. Ontem, em entrevista na capital paulista, ele prometeu abrir o diálogo com os trabalhadores. “Fui governador e sempre dialoguei muito com o movimento sindical. Mas não vamos começar uma agenda no Brasil pensando em subtrair os direitos dos trabalhadores”, garantiu.

O posicionamento de Campos veio no momento em que a aliança PSB/Rede/PPS discute a construção de um programa de governo em oposição à política econômica da presidente Dilma. Ontem, por exemplo, Eduardo Campos e a pré-candidata a vice na chapa, Marina Silva (PSB), comandaram uma reunião com a participação de 19 especialistas das áreas econômica e energética.

Graça Foster fala em reaver prejuízo

Contrariando a versão apresentada por Dilma Rousseff, a presidente da Petrobras, Graça Foster, ouvida pela segunda vez no Congresso Nacional este mês, afirmou que, até 2008, a compra da refinaria de Pasadena era “potencialmente um bom negócio”, mesmo com as cláusulas Put Option e Marlim. No entanto, fez questão de ressaltar que, fazendo uma análise com os dados de hoje, a compra foi “um mau negócio”. Em março, Dilma alegou que avalizou a negociação porque foram omitidas do resumo executivo justamente essas duas cláusulas.

Foster, bem mais política do que quando esteve no Senado, no dia 15, afirmou que era possível reverter parcialmente ou totalmente o prejuízo de US$ 530 milhões. “Naquele momento (2006), a Petrobras fez um projeto muito razoável do ponto de vista econômico. No conjunto da análise, não foi um bom negócio, mas, na época, foi um negócio potencialmente bom”, destacou. Ela afirmou que, para reverter o prejuízo, é preciso investimento e que, no momento, Pasadena não é prioridade para a Petrobras.

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Zero Hora

Manchete: Fora

Grêmio faz 1 a 0 no tempo normal, mas perde nos pênaltis e está eliminado da Libertadores. (Págs. 1 e Esporte 46 a 48)

Passagem até 86% mais barata a 42 dias da Copa

Bilhete aéreo de Porto Alegre ao Rio, que custava R$ 1.771 em outubro, agora pode ser comprado por R$ 252. (Págs. 1 e Notícias 18 e 19)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dilma corrige tabela do IR e aumenta Bolsa-Família

Assessores esperam que medidas, anunciadas na TV, detenham queda nas pesquisas

A presidente Dilma anunciou, em discurso na TV pelo D

ia do Trabalho, aumento de 10% no Bolsa Família, correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda na fonte no ano que vem e promessa de manter a política de valorização do salário mínimo — a atual acaba no fim de 2015.

Assessores presidenciais esperam que as medidas possam estancar a queda nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência, causada por uma onda de notícias desfavoráveis à petista, como a crise da Petrobras, a inflação em alta e o custo de energia elevado.

Sem citar nomes, a presidente criticou a oposição que, segundo ela, investe no “quanto pior, melhor”. Antes, a rádios da Bahia, Dilma disse que manterá sua candidatura com ou sem os partidos que a apoiam hoje. Políticos classificaram a declaração como infeliz.

Para outros aliados, porém, a frase pode indicar ao eleitorado que ela não cede a pressões. Dilma disse ainda que não se importará com as manifestações para o “volta, Lula”. (Págs. 1 e Poder A4)

Para PF, doleiro soube antes sobre Lava Jato e cogitou fugir

Dois doleiros presos na Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal, souberam com antecedência que eram alvo da ação e falaram em fugir.

Segundo relatório de investigação da PF e decisão da Justiça federal do Paraná, Alberto Youssef avisou Nelma Kodama –acusados de operar no mercado paralelo de dólares– sobre a iminência da operação Lava Jato e ambos discutiram possível fuga.

O aviso foi dado por Youssef em 13 de março, um dia antes de Nelma ser presa no aeroporto de Guarulhos (SP) quando tentava embarcar para Milão, com ¬ 200 mil escondidos na calcinha.

Na mensagem, o doleiro escreve: “Outra coisa: amanhã vai ter operação. Então você sabe o que fazer”.

Nelma então oferece o que o juiz federal Sérgio Moro chama de “uma espécie de rota de fuga através de helicóptero disponível no Campo de Marte em São Paulo”.

A frase literal da doleira é a seguinte: “Se quiser temos um agusta no marte, à nossa disposição, OK? tá na mão”. Agusta é uma marca anglo-italiana de helicópteros.

‘Pacote’ não encoraja apostas em aumento da austeridade fiscal

Acossada na economia e na política, Dilma Rousseff decidiu correr mais riscos na primeira para tentar se fortalecer na segunda.

Seu pacote de bondades de 1º de Maio, de teor ainda impreciso, vai na contramão das tentativas recentes de sua equipe econômica de recuperar a credibilidade das contas do Tesouro Nacional.

Em sequência, a presidente em queda nas pesquisas anunciou uma redução aparente de receita, acrescentou uma nova despesa ao Orçamento e sugeriu a continuidade da política que mais pressiona o caixa federal.

Tudo foi dito de forma calculadamente vaga, e possivelmente o impacto concreto das medidas seja menor do que a mensagem sugere. Mas o tom do pronunciamento não encoraja apostas em mais austeridade neste ou em um segundo mandato.

Dilma se antecipou a um dos debates mais delicados programados para o início do próximo governo: a revisão da regra para os reajustes do salário mínimo, que atualmente são vinculados ao crescimento da economia.

Aécio diz que PT não tem política agrícola e cria travas ao setor

Reivindicando a posição de “candidato do agronegócio” o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que deve concorrer à Presidência da República, disse ontem que o governo federal não tem uma política de incentivo à agricultura.

Ao participar da Agrishow, principal feira de tecnologia agrícola do país, que acontece em Ribeirão Preto, o tucano elogiou a inovação e a eficiência do produtor nacional.

No entanto, criticou os obstáculos criados pelo poder público que impedem um crescimento ainda maior do setor do agronegócio.

“Da porteira para dentro [da propriedade rural] vai bem, o problema é da porteira para fora, onde o agricultor é obrigado a lidar com uma série de deficiências, de logística, inflação, alta carga tributária”, disse.

Campos fala em reduzir meta de inflação para 3%

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, 48, detalhou a trajetória que deseja para a inflação no Brasil caso venha a ser eleito. Em 2015, manteria a meta em 4,5% ao ano. Nos três anos seguintes, forçaria uma queda para 4%, terminando o mandato sinalizando um percentual de 3%.

Em entrevista à Folha e ao UOL, o ex-governador de Pernambuco afirmou que a meta de inflação de 3% seria fixada oficialmente para 2019. A definição desse percentual é responsabilidade do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central, e ocorre sempre com dois anos de antecedência.

Campos detalhou também sua proposta sobre independência do Banco Central. Se eleito, pretende patrocinar a aprovação de uma lei que dê mandato de três anos ao presidente do BC, período em que ele não poderia ser demitido. Ao final, seria permitida apenas uma recondução.

O reajuste das tarifas de energia e combustíveis, represadas no atual governo, seria feito em até três anos, de maneira gradual, para não causar um impacto muito grande sobre a inflação.

Lula diz que ele e Dilma não têm medo de protestos contra a Copa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem em Santo André (SP) as manifestações contra a Copa, que cresceram nos últimos meses, e disse que nem ele nem a presidente Dilma Rousseff têm medo de protestos.

“Vocês imaginam, nesta altura do campeonato, com 68 anos, dos quais 38 fazendo protesto, eu vou ter medo de protesto? A Dilma, com 20 anos a bichinha estava presa, foi torturada, tomou choque para tudo quanto é lado por protestar. Agora ela vai ter medo de protesto? Quem quiser protestar, que proteste”, disse o ex-presidente.

Lula saiu em defesa dos gastos com a Copa: “Se eu ficar dizendo que não pode ter [Copa] porque tem criança na rua, porque não tem escola para todo mundo, nós não vamos fazer nada”, afirmou.

Ele disse que é preciso compreender, sobre o evento, que “não se trata de dinheiro”, mas de um momento em que o Brasil “precisa mostrar a sua cara do jeito que é”.

“O que nós temos que compreender é que uma Copa do Mundo não se trata de dinheiro, de quanto vai e

ntrar. Vejo as pessoas tentando justificar [as críticas à realização do mundial], falando que vai entrar R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões, mas não importa quanto vai entrar. A Copa do Mundo é um estado, é um momento de encontro de civilizações em que o Brasil tem que mostrar a sua cara do jeito que é”.

Conselho da Petrobras é que manteve Cerveró na estatal, diz Graça

Em seu segundo depoimento no Congresso sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA), a presidente da Petrobras, Graça Foster, repassou ontem para a presidente Dilma Rousseff a responsabilidade de esclarecer por que Nestor Cerveró foi mantido em outro cargo em vez de demitido.

Ex-diretor da área internacional da estatal, Cerveró foi apontado por Dilma, em março, como autor do parecer “falho” que baseou a aquisição da refinaria em 2006.

Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal que aprovou o negócio, que deu prejuízo de US$ 530 milhões. O caso desencadeou suspeitas sobre a estatal e motivou a criação de uma CPI para investigá-la.

Durante a audiência, Graça foi cobrada por oposicionistas sobre por que Nestor Cerveró foi transferido para a diretoria financeira da BR Distribuidora em vez de ser demitido em 2008, quando vieram à tona os problemas com Pasadena. Cerveró foi demitido da BR neste ano, após as declarações de Dilma.

Repórteres Sem Fronteiras lista ‘heróis da informação’

A organização Repórteres Sem Fronteiras divulgou uma lista dos “100 heróis da informação”. A iniciativa é uma homenagem ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado em 3 de maio.

Na lista estão homens e mulheres de 25 a 75 anos, oriundos de 65 países.

“Com seu trabalho corajoso de ativismo, esses heróis ajudam a promover a liberdade de procurar, receber e difundir informação e ideias por qualquer meio. Eles põem seus ideais a serviço do bem comum”, afirma a ONG.

O único brasileiro a figurar na lista é o jornalista Lúcio Flávio Pinto, que há 25 anos edita o “Jornal Pessoal”, publicação bimestral independente de 12 páginas que ele mesmo produz e distribui nas ruas de Belém (PA).

Ex-assessor de Mantega vai processar acusadora

Suspeito de receber propina quando era chefe de gabinete do ministro Guido Mantega, o economista Marcelo Fiche vai processar a autora da acusação –a secretária Anne Paiva, ex-funcionária de uma empresa contratada pela Fazenda.

Segundo reportagem da revista “Época” no ano passado, a secretária teria contado que Fiche e um colega receberam R$ 60 mil da Partnersnet, que tinha contrato de R$ 4,7 milhões para prestar serviços de comunicação.

“Anne Paiva desmentiu em depoimento à Polícia Federal que tivesse repassado qualquer recursos a Marcelo Fiche”, afirmou o advogado Fábio Osório, contratado ontem pelo ex-assessor de Mantega.

Insatisfeito, PMDB permite que duas CPIs sejam criadas

A insatisfação do PMDB com o Palácio do Planalto levou o partido, principal aliado da presidente Dilma Rousseff, a viabilizar a instalação de duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) da Petrobras no Congresso. Apesar da pressão do PT para que apenas a CPI do Senado seja instalada, os peemedebistas trabalham pela comissão mista (com deputados e senadores) para reverter a imagem de que são contrários a investigar a estatal.

A cúpula do partido passou a defender a instalação da CPI mista depois que o PT deixou o presidente do Senado, Ren

an Calheiros (PMDB-AL), isolado na tentativa de inviabilizar as investigações. Peemedebistas também criticam a condução do processo anti-CPI articulado pelo PT, além do que chamam de “falta de traquejo” do governo em negociar alianças eleitorais.

Mônica Bergamo: Dirigente do PTB diz que Lula é o “Messi” capaz de virar o jogo eleitoral (Págs. 1 e Ilustrada E2)

Barbosa manda Genoino voltar a cumprir pena em presídio

O presidente do STF, Joaquim Barbosa, ordenou a volta do ex-presidente do PT José Genoino ao presídio da Papuda. Condenado pelo mensalão, ele está em prisão domiciliar desde novembro.

A ordem foi dada um dia após junta médica enviar laudo ao STF atestando que Genoino tem saúde estável, apesar da cardiopatia. A defesa do petista definiu como “acinte” a decisão na véspera do 1º de Maio. (Págs. 1 e Poder A11)

Leilão de energia reduz em 85% buraco de distribuidora

As distribuidoras de energia conseguiram cobrir 85% da necessidade de contratação no leilão de ontem. Foram comercializados 2.046 MW, totalizando R$ 27 bilhões. As empresas devem reduzir significativamente os custos de operação. Os gastos caíram de R$ 822,83 para R$ 268,33 por mega-watt-hora. (Págs. 1 e Mercado B1)

17 de 19 especialistas ouvidos pela Folha defendem ações urgentes para reduzir o consumo de energia. (Págs. 1 e B4)

Indústria da cerveja acusa governo de não cumprir acordo

A indústria de cervejas e refrigerantes reagiu à decisão do aumento da tributação e acusou o governo de não honrar acordo de adotar a medida só em outubro. Diretores foram a Brasília tentar mudar a decisão. Segundo a Fazenda, a tabela estava congelada desde 2012. Indústrias estimam que preços subirão até 30%. (Págs. 1 e Mercado B7)

Juca Kfouri: Reunião sobre Olimpíada do Rio teve até faísca

Antes de o COI intervir na Olimpíada no Rio, aconteceu, em março, tensa reunião da Comissão de Coordenação dos Jogos. O representante de Israel no Comitê Executivo do COI desancou a preparação do evento e disse que nenhuma das promessas estava sendo cumprida. Ele fez críticas a Lula ao lembrar que a emoção da eleição não se refletiu em ação. (Págs. 1 e Esporte D3)

Em meio a pressão, Plano Diretor de SP passa em 1ª votação

Depois de sem-teto protestarem e acamparem diante do Legislativo por mais de 24 horas, a Câmara aprovou em primeira votação o Plano Diretor para São Paulo nos próximos 16 anos.

Foi atendido o pedido dos sem-teto de mais áreas para habitações populares. A segunda votação deve ocorrer até o fim do mês. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Terrorista pode ter usado passaporte falso, diz Itamaraty

O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que uma das hipóteses para a suposta presença de brasileiros

em células da Al Qaeda no Iêmen é o uso de passaportes adulterados por terroristas. O Itamaraty pediu mais informações ao governo iemenita. (Págs. 1 e Mundo A18)

Presidente da Ucrânia diz que perdeu controle do leste do país (Págs. 1 e Mundo A12)

Sorocaba (SP) tem onda de violência, com ao menos 10 mortes em 3 dias (Págs. 1 e Cotidiano C4)

Editoriais

Leia “Elegância 1, racismo 0”, acerca de atos preconceituosos em estádios, e “A crise de sempre na USP”, sobre situação financeira da universidade. (Págs. 1 e Opinião A2)

Dirceu cogitou fazer greve de fome na prisão, mas desistiu

O ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, e apoiadores do lado de fora do Complexo Penitenciário da Papuda cogitam uma série de ações caso o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, decida não autorizá-lo a trabalhar.

A movimentação exaspera o governo e racha o PT.

Segundo a Folha apurou, Dirceu chegou até a cogitar fazer greve de fome. Pessoas próximas ao petista pensaram numa data por volta de 20 de maio como possível início da abstinência alimentar.

Do presídio, porém, Dirceu aproveitou o dia de visitas ontem para descartar, por meio de intermediário, essa possibilidade. Há cerca de 15 dias, pessoas de sua confiança indicaram essa disposição em conversas reservadas.

O assunto deveria ser mantido em sigilo por duas razões: não se tratava de uma decisão tomada e poderia, segundo aliados, provocar um efeito inverso em Joaquim Barbosa, fazendo com que custasse ainda mais a despachar sua decisão, ou simplesmente recusasse o pedido.

Conselheiros do ex-ministro argumentaram ainda que, aos 68 anos e com problemas de pressão, não seria recomendável uma greve de fome.

Clipping Radiobrás

Edição: Equipe Fenatracoop

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