Manchete nos Jornais desta Quinta, 22 de Dezembro de 2016

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Odebrecht pagou propina de R$ 3,4 bi em 12 países
Informação foi divulgada pelos EUA; a Braskem, sociedade com a Petrobrás, também está envolvida no caso
Documentos divulgados pelo Departamento de Justiça dos EUA mostram que a Odebrecht e a Braskem – sociedade da empreiteira com a Petrobrás – pagaram mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bilhões) em propinas em 12 países desde 2001. As informações vieram a público no dia em que autoridades brasileiras, americanas e suíças divulgaram acordo de leniência com a Odebrecht e a Braskem. As duas empresas vão desembolsar R$ 6,9 bilhões. Desse total, R$ 5,3 bilhões ficaram com o Brasil e o resto será dividido por EUA e Suíça. As investigações mostram que só a Odebrecht distribuiu US$ 788 milhões (R$ 2,6 bilhões) em propinas. No período investigado, a empreiteira teria pago propinas por obras em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. Segundo os americanos, trata-se de um esquema “sem paralelos”…

Conservadores crescem no País, aponta Ibope
Com base nas respostas a cinco perguntas, o Ibope criou o Índice de Conservadorismo do brasileiro, informa José Roberto de Toledo. O número de conservadores cresceu em todas as faixas etárias e de renda, em ambos os sexos…


O Globo

Manchete : Conta inativa do FGTS poderá ter saques
Será autorizado resgate de R$ 1 mil em saldo sem movimentação
Governo vai editar medida provisória liberando retirada para quem tem até R$ 8.800 parados. Objetivo é injetar R$ 30 bilhões na economia
O governo pretende editar uma medida provisória para liberar saques de contas inativas do FGTS que tenham saldo de no máximo dez salários mínimos, ou R$ 8.800. Há trabalhadores com mais de uma conta sem movimentação, de empregos antigos. O valor máximo permitido para o saque deverá ser de R$ 1 mil. A equipe econômica estima que, com isso, vai injetar R$ 30 bilhões na economia. Originalmente, o governo pretendia liberar saques de todas as contas do FGTS, mas recuou após críticas principalmente do setor de construção civil. (Pág. 19)

MÍRIAM LEITÃO – Temer tornará permanente um programa ruim de Dilma. (Pág. 20)

CARLOS ALBERTO SARDENBERG – O ajuste econômico é inevitável, e virá por bem ou por mal. (Pág. 16)

Meirelles vai exigir ajustes dos estados
Após derrota do governo no Congresso, ministro diz que Fazenda terá de dar aval a socorro (Pág. 22)

‘O maior caso de suborno da História’
Departamento de Justiça dos EUA diz que Odebrecht e Braskem pagaram US$ 1 bilhão de propina no Brasil e em mais 11 países
Em acordos de leniência assinados com Estados Unidos, Suíça e Brasil, a Odebrecht e a Braskem admitiram ter pago propinas de US$ 1 bilhão (R$ 3,3 bilhões em cotação atual) a autoridades governamentais, políticos e empresas do Brasil e de outros 11 países na América Latina e na África. O Departamento de Justiça dos EUA classificou a atuação das empresas nos últimos 15 anos como o maior caso de suborno internacional da História. Só no Brasil, as duas empresas pagaram R$ 1,9 bilhão em propinas. Sem revelar os nomes dos beneficiários brasileiros, os acordos citam pelo menos dois ex-ministros, três parlamentares e dois altos integrantes do Executivo. Em notas, as empresas pediram desculpas pelas más condutas. (Págs. 3 a 5)

Serviço incompleto
Em meio à polêmica, a Marinha retirou as grades que impediam o acesso a parte da Orla Conde, mas manteve o gradil entre o calçadão e o mar. O comando do 1º Distrito Naval alega que a estrutura é para segurança dos pedestres. A prefeitura, porém, diz que o gradil é desnecessário, além de enfear a paisagem. No passeio de 3,5 km, a cerca só existe no trecho onde há instalações da Marinha. (Pág. 10)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Odebrecht pagou propina de R$ 3,4 bi em 12 países
Informação foi divulgada pelos EUA; a Braskem, sociedade com a Petrobrás, também está envolvida no caso
Documentos divulgados pelo Departamento de Justiça dos EUA mostram que a Odebrecht e a Braskem – sociedade da empreiteira com a Petrobrás – pagaram mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bilhões) em propinas em 12 países desde 2001. As informações vieram a público no dia em que autoridades brasileiras, americanas e suíças divulgaram acordo de leniência com a Odebrecht e a Braskem. As duas empresas vão desembolsar R$ 6,9 bilhões. Desse total, R$ 5,3 bilhões ficaram com o Brasil e o resto será dividido por EUA e Suíça. As investigações mostram que só a Odebrecht distribuiu US$ 788 milhões (R$ 2,6 bilhões) em propinas. No período investigado, a empreiteira teria pago propinas por obras em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. Segundo os americanos, trata-se de um esquema “sem paralelos”. (Política A4 a A6)

Suborno em Antígua
Um ex-executivo da Odebrecht informou ao Ministério Público Federal que a empreiteira negociou com um lobista ligado ao primeiro-ministro da ilha de Antígua. Intenção era evitar envio ao Brasil de documentos de banco usado pela empresa. (A6)

Ex-assessor de Temer recebeu R$ 1 milhão de operador
COLUNA DO ESTADÃO
Em 2014, o lobista Lúcio Funaro entregou a José Yunes, ex-assessor especial do governo Temer, R$ 1 milhão em dinheiro a mando da Odebrecht. Um dos auxiliares mais próximos de Michel Temer, Yunes deixou o governo após delação do ex-executivo da companhia Claudio Melo. Melo narrou que Temer teria pedido a Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para o PMDB. Do total, R$ 6 milhões foram para campanha de Paulo Skaf em São Paulo. (A4)

Governo vai liberar saque de conta inativa do FGTS
O governo vai permitir que trabalhadores façam saque do FGTS de contas inativas sem a obrigatoriedade de que o dinheiro seja usado para quitação de dívidas bancárias. O valor deve ficar em torno de R$ 1 mil. O potencial de saque do conjunto de trabalhadores é estimado pela equipe econômica em R$ 30 bilhões. O governo também deve apresentar minirreforma trabalhista na qual será permitido que o princípio do que é negociado entre patrões e empregados prevaleça sobre o previsto na legislação. (Economia B1 e B3)

Repercussão nas centrais
A Força Sindical disse que as medidas contemplam a pauta de negociação entre o governo e as entidades. A CUT afirmou que não iria se manifestar. As demais, que têm menor representação, avaliam que a proposta só serve para revogar direitos trabalhistas. (B3)

Conservadores crescem no País, aponta Ibope
Com base nas respostas a cinco perguntas, o Ibope criou o Índice de Conservadorismo do brasileiro, informa José Roberto de Toledo. O número de conservadores cresceu em todas as faixas etárias e de renda, em ambos os sexos. (Política A6)

Em SP, 23 professores são agredidos por mês (Metrópole A12)

Eugênio Bucci
O Natal vai ter um gosto de chão derretendo sob os pés de multidões desorientadas. (Espaço Aberto A2)

Notas&Informações
O ajuste fiscal ameaçado – Temer não pode se render à decisão que destruiu as bases da renegociação da dívida dos Estados (A3)

A China e a pauta nacional (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Odebrecht pagou US$ 1 bi em propina
Em acordo fechado nos EUA, grupo admite esquema de corrupção em troca de vantagens no Brasil e mais 11 países
Documento tomado público pelos EUA mostra que a Odebrecht pagou US$ 1 bilhão (no câmbio atual, R$ 3,3 bilhões) em propina no Brasil e mais 11 países. O grupo firmou acordo de leniência com autoridades americanas e suíças para evitar ações e multas. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, houve repasse de US$ 599 milhões (R$ 1,9 bilhão) a políticos e servidores brasileiros — não há citações nominais. Partidos políticos teriam recebido US$ 40 milhões. O esquema funcionou de 2001 a 2016. Do montante pago a brasileiros, US$ 349 milhões saíram da construtora e US$ 250 milhões do braço petroquímico do grupo, a Braskem. Nos outros países, como Argentina e México, a propina repassada atingiu US$ 439 milhões (R$ 1,4 bilhão). Em contrapartida, a empresa obteve ao menos R$ 12 bilhões em vantagens ligadas a mais de cem projetos. No Equador, o grupo admitiu ter repassado US$ 33,5 milhões a servidores públicos para destravar a construção de uma usina hidrelétrica. As localidades e os valores eram desconhecidos no Brasil até a divulgação do documento pelo governo dos EUA. Alegando sigilo, a Procuradoria-Geral da República, que conduz as delações dos funcionários da Odebrecht, não divulgou tais dados. As informações se tomaram públicas após a Odebrecht assinar, em Washington, acordo em que ela e a Braskem aceitam pagar uma multa total de R$ 6,9 bilhões a Brasil, EUA e Suíça em 23 anos. Os brasileiros receberão R$ 53 bilhões. (Poder A4)

Análise – Mario C. Carvalho
Transparência dos americanos contrasta com sigilo brasileiro
O Departamento de Justiça dos EUA divulgou informações que a Procuradoria-Geral da República mantinha sob sigilo havia meses por razões formais que talvez já não façam sentido.
Procuradores podem alegar que as delações são sigilosas por não terem sido chanceladas pela Justiça. É verdade, mas parece bacharelismo mesozoico. Até porque os suspeitos sabem que seus nomes estão lá. (Poder A5)

Temer abre caminho para jornada maior de trabalho
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciará nesta quinta (22) uma minirreforma trabalhista por meio de medidas provisórias. O texto abre caminho para que acordos estabeleçam jornadas de atê 12 horas diárias limitadas a 220 horas mensais e se negociem benefícios atualmente garantidos aos empregados em lei. Trabalhadores poderão sacar atê R$ 1.000 de contas inativas do FGTS com até dez salários mínimos. (Mercado A17)
Foz do Iguaçu vota orçamento após 12 dos 15 vereadores terem sido presos (Poder A11)

Editoriais
Leia “De costas para o futuro”, acerca de socorro aos Estados aprovado pela Câmara, e “Tiros em Ancara”, sobre assassinato de embaixador russo. (Opinião A2)


Edição: Equipe Sintracoop, 22 de Dezembro de 2016

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