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Contra impeachment, Dilma negocia cargos com verbas de R$ 38 bi
Governo tenta garantir votos ou abstenções em partidos pequenos e médios
A minirreforma no segundo escalão do governo para garantir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff envolveu a negociação de cargos que podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, incluindo R$ 6,1 bilhões em investimentos, informam Ricardo Brito e Victor Martins. A chamada “repactuação” da base se acelerou em meio ao rompimento do PMDB com Dilma e às vésperas da votação de seu afastamento na Câmara. A estratégia do governo é a de fidelizar apoios ou ao menos garantir abstenções de partidos médios e pequenos, como PP, PROS, PDT e PTN, ou mesmo dentro do PMDB. A cúpula do PP, que já ganhou a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e tenta assumir o Ministério da Saúde, promete dar à presidente de 25 a 30 votos de uma bancada de 51 deputados…
O Globo
Manchete: Combate à corrupção já enfrenta ataques
Especialistas veem em propostas no Parlamento perigo para investigações
Mudanças em acordos de leniência com empresas infratoras, proibição de que presos façam delação premiada e alteração no prazo para concluir inquéritos são medidas que ameaçam combate a irregularidades, dizem analistas
Enquanto a Lava-Jato revela esquemas de corrupção no país, propostas sobre o tema proliferam no Congresso, mas, na visão de analistas, muitas podem ter o efeito contrário, travando investigações e amenizando punições, conta CLEIDE CARVALHO. Algumas já em vigor, como a medida provisória que modificou acordos de leniência com empresas infratoras, são criticadas por especialistas. (Pág. 3)
Oposição: ato da Caixa reforça impeachment
A revelação de que a Caixa Econômica ignorou recomendação de seu Conselho de Administração contra “pedaladas” fortalece o processo de impeachment da presidente Dilma, defende a oposição.(Pág. 7)
STF não deve rever decisão sobre Dilma
A decisão do Congresso sobre o impeachment não deverá ser alterada pelo STF. Ministros da Corte querem evitar conflito de poderes. (Pág. 4)
‘Nenhuma força política une o país’
O cientista político Jairo Nicolau diz que hoje não há no país uma força política capaz de promover a união nacional e prevê uma crise longa. (Pág. 6)
Foto-legenda: A crise ocupa as cidades
A recessão tomou as ruas das cidades brasileiras. Só no ano passado foram fechadas 1,5 milhão de vagas com carteira. Para muitos trabalhadores, até com nível superior, a alternativa foi vender bebidas nos sinais, fazer panfletagem de lojas, ser ambulante em trens ou mesmo virar músico de calçada. (Págs. 35 e 36)
Merval Pereira
Ninguém mais sabe o real poder de Lula. (Pág. 4)
Lauro Jardim
Delcídio vai fazer uma nova rodada de delação. (Pág. 2)
Elio Gaspari
PT e o prazo de validade de Nelson Barbosa. (Pág. 8)
Míriam Leitão
Propina é mais um absurdo de Belo Monte. (Pág. 36)
Fernando Gabeira
Democracia não é o forte dos petistas. (Segundo Caderno)
Oi, de supertele a superendividada
A Oi, que no passado esteve nos planos do governo para se tornar uma “supertele nacional”, tem hoje uma dívida bruta de R$ 54,9 bilhões e tenta concluir renegociação com os credores até o fim do ano. (Pág. 37)
Esquerda latina perde fôlego
Após vitórias nas urnas e avanços sociais em vários países do continente no início dos anos 2000, a esquerda perde terreno e agora enfrenta insatisfação e acusações de corrupção, mostram reportagens do Grupo de Diários América. (Págs. 41 e 42)
Peru vai às urnas sem líderes
Em eleição presidencial marcada por vazio de liderança, peruanos vão às urnas hoje, com frágil favoritismo de Keiko Fujimori. (Pág. 43)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Contra impeachment, Dilma negocia cargos com verbas de R$ 38 bi
Governo tenta garantir votos ou abstenções em partidos pequenos e médios
A minirreforma no segundo escalão do governo para garantir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff envolveu a negociação de cargos que podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, incluindo R$ 6,1 bilhões em investimentos, informam Ricardo Brito e Victor Martins. A chamada “repactuação” da base se acelerou em meio ao rompimento do PMDB com Dilma e às vésperas da votação de seu afastamento na Câmara. A estratégia do governo é a de fidelizar apoios ou ao menos garantir abstenções de partidos médios e pequenos, como PP, PROS, PDT e PTN, ou mesmo dentro do PMDB. A cúpula do PP, que já ganhou a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e tenta assumir o Ministério da Saúde, promete dar à presidente de 25 a 30 votos de uma bancada de 51 deputados. (Política/Pág. A4)
Lágrimas por quem se quer derrubar
A jurista que inspirou um dos melhores memes que a internet já viu – aquele em que gira a bandeira durante discurso – chorou por Dilma Rousseff. “Sei que ela deve estar sofrendo demais”, disse, referindo- se à presidente. “De alguma forma, acho que estou fazendo um bem pra ela”. (Pág. A8)
Governo busca clima positivo e libera R$ 7,5 bi para idosos
Às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo vai incentivar os brasileiros com mais de 70 anos de idade a sacar as contribuições ao PIS/Pasep feitas até a data da promulgação da Constituição de 1988.Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal vão avisar 4,6 milhões de pessoas que cada uma tem direito a receber, em média, R$ 1.607. A presidente Dilma poderá aproveitar uma cerimônia no Palácio do Planalto para, em meio a um grande anúncio de medidas de estímulo à economia, lançar a campanha para que as pessoas busquem o dinheiro. (Economia/ Pág. B1)
A cada hora, 282 pessoas são demitidas no País
A onda de demissões que começou pela indústria e pela construção civil agora avança no comércio e nos serviços. Por hora, 282 pessoas perdem emprego no País. Segundo especialistas,o número de desempregados já está perto de 10 milhões e deve chegar a 12 milhões até o fim do ano. “Com exceção da agricultura, não há mais setor livre do fantasma do desemprego”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros. (Econommia/Págs. B4 e B5)
Foto-legenda: Vacina faz lotar loja de carros de luxo
Multidão espera para ser imunizado contra o vírus H1N1 em concessionária da BMW na zona sul de São Paulo. Segundo funcionários, ideia era aplicar mil vacinas em clientes da marca, mas, por causa da grande procura, decidiram ampliar para 1,5 mil e abrir para o público. (Metrópole/Pág. A24)
Peru define hoje rival de filha de Fujimori (Internacional/ Pág. A16)
Notas & Informações
O papel do Supremo
É um Poder como os outros, com funções bem definidas e dentro das quais deve se manter. (Pág. A3)
A lei dos botocudos
Eugênio Aragão chegou ao ministério para justificar a violência contra os que expõem mazelas do governo. (Pág. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete : 61% defendem impeachment de Dilma, e 58%, o de Temer
Apoio à deposição da presidente era de 68% em março; 60% querem hoje a renúncia de ambos
Nova pesquisa Datafolha mostra que a maioria da população é favorável tanto ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) quanto de seu vice, Michel Temer (PMDB). Mais da metade apoia a renúncia dos dois. O apoio ao impeachment de Dilma caiu de 68%no levantamento feito nos dias 17 e 18 de março para 61% nesta última pesquisa, realizada nos dias 7 e 8 de abril. No período, a fatia contra a saída passou de 27% para 33%. Em março, a população estava sob o impacto do maior protesto contra o governo — 500 mil na avenida Paulista—, do grampo da conversa entre Dilma e o ex-presidente Lula e da condução coercitiva do petista na Lava Jato. É a primeira vez que o Datafolha pergunta sobre a renúncia e o impeachment de Temer: 58% são a favor do impedimento do vice e 28%, contra. O índice dos que querem a renúncia de Dilma e Temer é o mesmo, 60%. A sessão da Câmara para discussão do parecer que defende a abertura do processo de impeachment durou mais de 13 horas e só terminou às 4h42 de ontem. O relatório será votado na comissão especial nesta segunda. (Poder A4)
Cunha deve pagar R$ 1 mi de multa, conclui parecer do BC (Poder A13)
Bancos evitam quebradeira, diz presidente do Santander
À Folha o presidente do Santander, Sérgio Rial, disse que a crise econômica só não é pior porque bancos estão renegociando dívidas de grandes empresas. Do contrário, haveria quebradeira generalizada. Voz destoante no empresariado, ele diz que Dilma Rousseff ainda é capaz de recuperar a confiança na economia. (Mercado pág. 1)
Em dois Estados, falsos cotistas são denunciados por universitários (Cotidiano B11)
Peru vai às urnas em meio ao fim do boom econômico (Mundo A16)
Marcelo Coelho
Dilma gastou mais que o permitido por lei? Caso sim, merece a queda?
É paradoxal que um Congresso especializado em gastos malucos se apresente como defensor da austeridade nas contas públicas. Por outro lado, há explícita antipatia do governo em seguir o figurino do controle de gastos. Apoiou-se uma política de combate à crise econômica com mais gastos. (Poder A8)
Editoriais
Leia “Salto de maturidade”, acerca de interferência do STF em outros Poderes, e “Tragédia no futebol”, sobre meios de conter brigas entre torcedores. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Domingo, 10 de Abril de 2016