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Até PT avalia que discurso de Dilma não deve evitar sua saída
Petista tentou mudar votos, mas não apresentou novos argumentos
Presidente afastada insiste na versão do ‘golpe’, e senadores dizem que a presença dela derruba a tese
Na véspera do julgamento final do impeachment, Dilma Rousseff fez ontem sua defesa no Senado, provavelmente no último discurso como presidente. A petista repetiu que é vítima de um “golpe”, culpou o deputado Eduardo Cunha pela abertura do processo e emocionou-se ao comparar a ação à perseguição sofrida na ditadura. Mas, sem apresentar novos argumentos, a avaliação dominante, inclusive no PT, é a de que não foi suficiente para reverter o placar desfavorável a ela. “A esta altura, acho muito difícil que ainda haja alguém indeciso a ponto de mudar de ideia”, admitiu o líder do PT…
O Globo
Manchete : Até PT avalia que discurso de Dilma não deve evitar sua saída
Petista tentou mudar votos, mas não apresentou novos argumentos
Presidente afastada insiste na versão do ‘golpe’, e senadores dizem que a presença dela derruba a tese
Na véspera do julgamento final do impeachment, Dilma Rousseff fez ontem sua defesa no Senado, provavelmente no último discurso como presidente. A petista repetiu que é vítima de um “golpe”, culpou o deputado Eduardo Cunha pela abertura do processo e emocionou-se ao comparar a ação à perseguição sofrida na ditadura. Mas, sem apresentar novos argumentos, a avaliação dominante, inclusive no PT, é a de que não foi suficiente para reverter o placar desfavorável a ela. “A esta altura, acho muito difícil que ainda haja alguém indeciso a ponto de mudar de ideia”, admitiu o líder do PT, Humberto Costa. Ao lado dos presidentes do STF, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, Dilma afirmou: “Só temo a morte da democracia.” O ex-presidente Lula assistiu da galeria, ao lado de Chico Buarque. No plenário, Dilma e Aécio Neves, tucano derrotado por ela em 2014, fizeram debate amistoso. (Págs. 3 a 13 e editorial)
Distorções na política e na economia
A análise do discurso mostra que Dilma fez afirmações contraditórias e exageradas, e usou até informações sem base factual, como a que, se efetivado, o governo Temer vai proibir o saque do FGTS em caso de demissão. (Pág. 4)
Mercado vê queda dos juros só em dezembro (Pág. 25)
Em crise, estado desativa centro de transplantes (Pág. 15)
Colunas
MERVAL PEREIRA – Conceito de golpe não resiste a um raciocínio linear (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – Dilma acusa a elite econômica, mas a favoreceu (Pág. 24)
ANCELMO GOIS – Deputado faz troça com visual despojado de Chico Buarque (Pág. 17)
RICARDO NOBLAT – Uma Dilma arrogante, incapaz de reconhecer seus erros (Pág. 6)
JOSÉ CASADO – PT, agora, busca sobreviver (Pág. 10)
MARCUS FAUSTINI – Fala teve um ponto frágil (Segundo Caderno)
ARNALDO JABOR – Previ o discurso de Dilma (Segundo Caderno)
ALAN GRIPP – Dilma falou para os livros. E só. (Pág. 6)
PAULO CELSO PEREIRA – Atuação teve o melhor e o pior de Dilma (Pág. 12)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Juízo Final
Senado define se Dilma Rousseff perderá mandato – Ao se defender ontem, petista repetiu tese de ‘golpe’, negou crime de responsabilidade e foi rebatida por aliados de Temer – Para parlamentares, discurso não mudará votos
Análises
Eliane Cantanhêde
Discurso sem novidades (Pág. A6)
Carlos Melo
Espectro rondará Temer (Pág. A8)
Eloísa Machado de Almeida
Instabilidade democrática (Pág. A9)
Celso Ming
Sai pelo conjunto da obra (Pág. B2)
José Paulo Kupfer
Incertezas na economia (Pág. B4)
Arnaldo Jabor
Hoje é o dia D de Dilma (Pág. C8)
São Paulo, Rio e Brasília têm manifestações (Pág. A7)
Temer diz que não teve tempo de ver sessão (Pág. A8)
Deltan Dallagnol
As 10 Medidas
A impunidade da corrupção é inegável. Àqueles que discordam das soluções propostas cumpre o ônus de oferecer propostas alternativas. (Espaço Aberto/Pág. A2)
Notas & Informações
Ficção e pieguice
Foi um fecho melancólico de uma chefe de governo que, simplesmente, fez tudo errado e levou o País para o buraco. (Pág. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete: Dilma nega no Senado crime contra o Orçamento e volta a denunciar ‘golpe’
Na iminência de seu veredito, presidente afastada compara processo de impeachment a perseguição na ditadura
Em sua defesa no Senado, a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), disse não ter cometido crime de responsabilidade e que teme pela morte da democracia caso seja condenada no processo de impeachment. “Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal, na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu”, afirmou. O discurso de 47 minutos, seguido de respostas a senadores, pode ter sido seu derradeiro ato na Presidência. Dilma citou prisão e tortura sofridas na ditadura militar e voltou a dizer que é vítima de golpe que resultará na eleição indireta de Michel Temer (PMDB) — o interino afirmou ter acompanhado o discurso com tranquilidade. A petista rebateu as acusações de ter emitido decretos orçamentários sem autorização do Congresso ou praticado empréstimos ilegais junto a bancos federais. Em sessão de 14 horas presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, foi questionada por opositores em clima tenso, mas respeitoso. “O legado que a senhora nos deixa nos está levando a um retrocesso devastador”, disse José Anibal (PSDB-SP). A avaliação no Senado é que a condenação, em votação prevista para esta terça (30), é irreversível. São necessários 54 de 81 votos para que a petista seja cassada. À Folha 52 declararam ser a favor do afastamento da petista, 18, contra, e 11 não responderam. (Poder A4 a A11)
Na Justiça, idosos obtêm decisões contra aumentos de plano de saúde (Cotidiano B1)
Foto-legenda: Bom humor
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o senador tucano Aécio Neves (MG) e a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), fazem piadas sobre inimizades na política
Marcelo Coelho
Argumentos pró e contra se enrolam em ‘jiboia jurídica’ (Poder A8)
Painel
Senador indeciso ganhará de Temer diretoria em banco (Poder A4)
Análise – Leandro Colon
Previsível, discurso da petista não deve evitar a condenação (Poder A11)
Hélio Schwartsman
Gestão desastrosa foi o que inviabilizou o governo Dilma (Opinião A2)
Editoriais
Leia “A defesa de Dilma”, acerca do discurso da presidente afastada no Senado, e “Contas duvidosas”, sobre o Orçamento a ser enviado ao Congresso. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Terça-Feira, 30 de Agosto de 2016