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Em áudio, Temer fala como se já estivesse certo que vai assumir
O vice-presidente Michel Temer enviou um arquivo de áudio a parlamentares de seu partido, o PMDB, em que fala por 15 minutos como se o impeachment tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara. Na gravação, que ele alega ter vazado por acidente, Temer diz falar na condição de “substituto constitucional” de Dilma e afirma serem “mentirosos” os boatos de que seu eventual governo acabaria com o Bolsa Família. A JORGE BASTOS MORENO, o vice disse que o conteúdo reflete seu pensamento e que acredita que o vazamento não afetará o resultado da votação no plenário. Para o Planalto, o áudio foi distribuído propositalmente e revela uma “trama golpista”…
Mortes por H1N1 sobem para 102
Mortes por H1N1 subiram de 71 para 102 (43%) em uma semana – 70 delas no Estado de São Paulo. Houve filas ontem no primeiro dia de vacinação
pública…
O Globo
Manchete : Comissão aprova relatório pelo impeachment de Dilma
Placar de 38 votos a 27 mostra que governo terá dificuldade no plenário
Governistas minimizam derrota e ressaltam ter obtido mais de um terço, proporção suficiente para barrar o processo se for repetida domingo, mas Jaques Wagner reconhece que votos obtidos pela presidente eram o piso estimado pelo Planalto
Num clima de muita tensão, a comissão do impeachment da Câmara aprovou ontem, por 38 votos a 27, o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) favorável ao afastamento da presidente. O parecer seguirá agora para o plenário, que iniciará as discussões na sexta-feira e o votará no domingo, segundo calendário divulgado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB). A oposição obteve novas adesões, conquistou cinco votos a mais do que o necessário para a aprovação do relatório e comemorou o resultado. O PP, que vem sendo assediado pelo Planalto, deu três dos cinco votos a favor do impeachment. Governistas minimizaram com o argumento de que tiveram o apoio de mais de um terço da comissão, proporção que ser ia suficiente para bar rar o processo no plenário. Mas o ministro Jaques Wagner reconheceu, no fim da noite, que os 27 votos eram o piso estimado pelo governo. O dia começou com notícias desfavoráveis para Dilma. Mais um partido, o PSB, decidiu aderir ao impeachment em bloco. Há descontentes também no PP e no PR. O vice Michel Temer se reuniu no Rio com o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, que lhe garantiu apoio. Em ato contra o impeachment no Rio, o ex-presidente Lula recebeu o apoio de artistas, como Chico Buarque, e minimizou o resultado da votação na comissão, dizendo que domingo é o que importa. (Págs. 3 a 7)
Em áudio, Temer fala como se já estivesse certo que vai assumir
O vice-presidente Michel Temer enviou um arquivo de áudio a parlamentares de seu partido, o PMDB, em que fala por 15 minutos como se o impeachment tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara. Na gravação, que ele alega ter vazado por acidente, Temer diz falar na condição de “substituto constitucional” de Dilma e afirma serem “mentirosos” os boatos de que seu eventual governo acabaria com o Bolsa Família. A JORGE BASTOS MORENO, o vice disse que o conteúdo reflete seu pensamento e que acredita que o vazamento não afetará o resultado da votação no plenário. Para o Planalto, o áudio foi distribuído propositalmente e revela uma “trama golpista”. (Pág. 8)
Pimentel responderá por corrupção
Investigado na Operação Acrônimo, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), foi indiciado pela PF por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. (Pág. 11)
PF indicia sete por fraude no Postalis
A PF indiciou sete pessoas investigadas por fraudes que causaram perdas de R$ 400 milhões ao Postalis, fundo de pensão dos Correios. (Pág. 22)
Colunistas
ILIMAR FRANCO – O PMDB unido não deve ser subestimado, ainda mais com o PSDB (Pág. 3)
JORGE BASTOS MORENO – Se a Câmara aprovar, Senado não terá como reverter decisão (Pág. 3)
LAURO JARDIM – Os sinais de que o governo Dilma está prestes a implodir (Pág. 3)
MERVAL PEREIRA – Impeachment avança e dificilmente haverá mudança de voto (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – Não é uma mera questão contábil, mas um atentado à lei fiscal (Pág. 22)
Editorial
‘Dentro da Lei, dentro da Constituição’
O país vive a maior crise política desde a redemocratização, as paixões estão à flor da pele, a radicalização é enorme, mas a boa notícia é que ninguém, em sã consciência, vislumbra o risco de uma saída à margem da Constituição. Mais uma prova da maturidade da nossa democracia, já com 28 anos ininterruptos sem curtos-circuitos institucionais. (Pág. 18)
O Estado de S. Paulo
Manchete : Comissão aprova relatório a favor do impeachment de Dilma Rousseff
Por 38 votos a 27, deputados oposicionistas derrotaram aliados da presidente; processo agora será votado no plenário da Câmara
Em sessão marcada por discursos acalorados e tumulto, a Comissão Especial da Câmara aprovou relatório a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, por 38 votos a 27. Não houve abstenções. O governo esperava ter pelo menos 30 votos para evitar que o resultado da comissão contamine o plenário. Dez partidos orientaram o voto contra o impeachment (PT, PR, PSD, PDT, PTN, PCdoB, PSOL, Rede, PTdoB e PEN), dez a favor (PSDB, PSB, DEM, PRB, PTB, SD, PSC, PPS, PV, PMB) e quatro (PMDB, PP, PHS e PROS) liberaram as bancadas. Nem todos os deputados seguiram as orientações. O próprio presidente da comissão, Rogério Rosso (DF), embora seja do PSD, votou a favor do parecer pelo impeachment, elaborado pelo relator Jovair Arantes (PTB-GO). O esforço do governo se concentrará agora nos partidos que ficaram divididos, como PP, PSD e PR. Juntos, eles têm 123 deputados. (Política A4 e A5)
Dólar fecha abaixo de R$ 3,50
A aposta no impeachment fez o dólar cair para R$ 3,49, a menor cotação desde agosto, apesar de três intervenções do Banco Central. (Economia B3)
Temer fala como presidente em áudio; Planalto vê ‘conspiração’
O vice Michel Temer (PMDB) deixou vazar áudio no qual dá como certa a aprovação pela Câmara, no fim de semana, da abertura do processo de impeachment. “Aconteça o que acontecer”, diz, é preciso construir um governo de “ salvação nacional”. Depois, afirmou ter enviado a gravação “acidentalmente”. O Planalto encarou a fala como “conspiração” e “golpe”. (Pág. A7)
Análise – Eliane Cantanhêde
O áudio de Michel Temer é um vexame e um erro, na pior hora. Vice acena com um governo de “salvação nacional”, mas o que conseguiu foi piorar a sensação do “salve-se quem puder”. (Pág. A6)
PF indicia Pimentel por corrupção
O governador de MG, Fernando Pimentel (PT), foi indiciado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. (Política A11)
Mortes por H1N1 sobem para 102
Mortes por H1N1 subiram de 71 para 102 (43%) em uma semana – 70 delas no Estado de São Paulo. Houve filas ontem no primeiro dia de vacinação
pública. (Metrópole A15)
Contra rejeição, Keiko revê táticas
Com rejeição de 45%, Keiko Fujimori repensa estratégias para disputar segundo turno no Peru com Pedro Pablo Kuczynski, informa Rodrigo Cavalheiro. (Internacional A12)
Supremo da Venezuela derruba lei de anistia (Internacional A13)
Arnaldo Jabor
O mesmo – Tanto faz, presidenta, se vai haver impeachment ou não. Eu estarei ali, nos votos comprados pelo Lula, na mediocridade dos que vão lhe condenar ou vão lhe absolver. (Caderno2 C8)
M. Mendes, M. Lisboa, M. Almeida e B. Appy
Juros e consequências severas – Tese de que dívidas podem ser recalculadas com juros simples implicaria ruptura dos contratos vigentes (economia B5)
Notas&Informações
A força do populismo – É preocupante que ainda haja quem permaneça vulnerável ao discurso irresponsável de Lula (A3)
O Censo da Educação Básica – A situação do ensino continua sendo obstáculo à formação do capital humano de que o País necessita (A3)
Folha de S. Paulo
Manchete : Impeachment avança em comissão, por 38 votos a 27
Caso proporção de 58% se repita no plenário, pedido de abertura do processo contra Dilma não será aprovado
Por 38 a 27, a comissão especial da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) avalizou relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento. Eram necessários 33 votos para a aprovação. O tema seguirá para o plenário da Casa. A previsão é que a votação ocorra no domingo (17). Se a proporção do resultado na comissão se repetir, haverá 300 votos, 42 a menos que o necessário para abrir o processo e encaminhá-lo ao Senado. Membros de partidos que negociaram nos últimos dias cargos e verbas com o Planalto, como o PP, o PTN e o PR, votaram com Dilma. Nesta segunda (11), o PSB, que conta com 31 deputados, e a Rede, que tem 4, divulgaram posições oficiais favoráveis ao impedimento. Mesmo sem contar com esses votos, governistas, que já esperavam uma derrota na comissão, contam com a vitória no plenário. As expectativas de que haverá impeachment fizeram o dólar recuar 2,83% nesta segunda (11), para R$ 3,49, a menor cotação desde agosto de 2015. (Poder a 4 e Mercado a15)
Em áudio, Temer faz plano de governo
Em áudio enviado a parlamentares de seu partido, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), discursou como se o impeachment de Dilma Rousseff já tivesse sido aprovado pela Câmara. A fala foi uma espécie de apresentação de possível gestão comandada por ele. Temer reiterou ser preciso esperar decisão final sobre o impedimento — se passar na Câmara, vai ao Senado. Temer declarou que o envio do discurso foi feito equivocadamente a parlamentares, mas que o conteúdo está mantido. A assessores Dilma disse que “caiu a máscara do conspirador”. O vice articula um encontro com Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, seu preferido para o Ministério da Fazenda. (Poder a7)
Bernardo M. Franco
Antes decorativo, vice se torna ansioso. (Opinião a2)
Governador de MG é indiciado sob acusação de corrupção
A Polícia Federal indiciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), sob acusação de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. A Procuradoria-Geral da República decidirá se ele deve ser denunciado. O petista é alvo da Operação Acrônimo, que apura supostas ilegalidades eleitorais e compra de medidas provisórias. Pimentel nega irregularidades e envolvimento com atividade ilícita. (Poder a11)
Para presidente do Insper, contas dos Estados preocupam
O economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, afirma que a situação fiscal do país se agravou nas últimas semanas. Para ele, os Estados vivem uma crise de solvência, e medidas recentes podem afetar os empréstimos de longo prazo. (Mercado a18)
Empresas culpam chuva por atraso de obras antisseca
Obras para evitar falta de água durante estiagem estão atrasadas em diversos municípios paulistas. A chuva é o motivo apontado pelas empresas responsáveis pelo abastecimento de Campinas e Itu para justificar demora nas construções. (Cotidiano b1)
Confusão e filas marcam 1º dia de vacinação em SP
No primeiro dia da campanha de vacinação contra o vírus causador da gripe H1N1, os postos de saúde de São Paulo lotaram — neste ano, o surto da doença veio antes do previsto. Houve filas, demora e, em uma unidade, bate- boca e desmaio. (Cotidiano b3)
Cristina Kirchner depõe sobre perda em venda de dólar
A ex-presidente argentina Cristina Kirchner prestará depoimento à Justiça nesta quarta (13) sobre caso de venda de dólares no mercado futuro. As operações podem ter causado prejuízo de 29 bilhões de pesos (R$ 7,2 bilhões) ao país. (Mundo a13)
Análises
Igor Gielow – Derrota por pouco não é boa notícia para o Planalto
O fato de o governo comemorar uma derrota por pouco, torcendo por uma repetição proporcional na votação no plenário da Câmara, mostra o grau de dificuldade da articulação política que sobrou: Lula e a frase “O que você precisa para ficar com a gente?”. (Poder A6)
Oscar Vilhena – Não será surpresa se STF suspender processo em curso
Não será surpresa se a votação pelo plenário da Câmara, marcada para domingo, venha a ser suspensa. Ao Supremo cumprirá determinar o compasso do conflituoso processo. Há um longo caminho pela frente. No plenário, nas ruas e no STF. (Poder A5)
Marcelo Coelho
Governo e oposição travam diálogo de surdos na Câmara
Para Cardozo, é como se o relatório dissesse: “alguém morreu, não sabemos se morreu”. “Morreu!” gritava o plenário. A tradutora para surdos- mudos fazia gestos: tampava os ouvidos, batia os dedos de uma mão na outra. Era um diálogo de surdos. (Poder A6)
Editoriais
Leia “O legado de Dilma”, acerca de erros da petista na economia, e “Prévias acirradas”, a respeito de corrida presidencial norte-americana. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Terça-Feira, 12 de Abril de 2016