Manchete dos Jornais nesta terça-feira, 05 de abril de 2016

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Petrobrás quer cortar preço da gasolina e nega objetivo político
As ações da Petrobrás caíram 9% com o receio de que a empresa reduza o preço da gasolina e do diesel às vésperas da votação do impeachment. A proposta foi apresentada pela diretoria da estatal, mas enfrenta resistência do conselho de administração. Em reação às críticas, o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, enviou e-mail aos conselheiros em que nega “qualquer politização do tema” e diz que a decisão ainda não foi tomada…


O Globo

Manchete : Na defesa de Dilma, Cardozo indica que recorrerá à Justiça
Para advogado-geral da União, processo é vingança de Cunha
Presidente da comissão, Rogério Rosso rebate ministro e diz que colegiado seguiu rito do Supremo; analistas veem estratégia de questionar regras processuais, já que STF não deve analisar mérito
Encarregado da defesa da presidente Dilma na comissão de impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que o processo é ilegal e que pedirá sua nulidade. Para Cardozo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cometeu “desvio de poder” ao acolher o pedido movido, segundo ele, por vingança. Afirmou ainda que o processo é “um erro histórico”, que não houve dolo da presidente nas “pedaladas” fiscais e que o impedimento retiraria a legitimidade do próximo presidente. Após a sessão, o ministro confirmou que estuda recorrer ao STF. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD), rebateu e lembrou que o rito foi estabelecido pelo Supremo. Para analistas, a defesa evidenciou a estratégia de questionar regras processuais, uma vez que o STF não deve interferir no mérito. Hoje começa a contar o prazo para a entrega do parecer da comissão. (Págs. 3 e 4)

Medo de traição já adia reforma
Aliados da presidente Dilma Rousseff agora defendem que ela adie a reforma ministerial para depois da votação do impeachment na Câmara. Cresce no Planalto o temor de que partidos da base aceitem o espaço no governo e depois traiam a presidente. A proposta, então, é esperar o resultado, no plenário, para contemplar os aliados com cargos. Dilma resiste a entregar duas pastas : Minas e Energia e Educação, que é pedida por parlamentares do PP. (Pág. 6)

Câmbio oscila ao sabor do impeachment
O dólar subiu 1,51%, para R$ 3,615, diante da avaliação do mercado de que o impeachment se tornou menos provável. Mas a queda da moeda nas últimas semanas reduziu as projeções para a inflação e os juros. O Boletim Focus, do BC, já prevê alta de 7,28% para a inflação este ano, contra 7,31% na semana passada. (Pág. 21)

Petrobras desiste de reduzir preço
Recuo ocorreu após reação do Conselho da estatal; ações da empresa caíram cerca de 9%
A diretoria da Petrobras desistiu de reduzir o preço da gasolina por enquanto, depois de ter recebido duras críticas de seu Conselho de Administração. Ontem, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, enviou e-mail aos conselheiros afirmando que “não houve qualquer decisão tomada no sentido de ajustar preços”. A informação de que a Petrobras pretendia baixar o preço da gasolina foi noticiada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim no domingo, mas a estatal voltou atrás na decisão por temer a saída de conselheiros. As ações da petrolífera caíram cerca de 9% ontem. (Pág. 19)

Empreiteira fez 55 visitas à empresa de Picciani
Três empreiteiras investigadas pela Lava-Jato eram visitantes assíduas do escritório particular de Jorge Picciani, presidente da Alerj. Um diretor da Andrade Gutierrez foi 55 vezes ao local. As empresas têm contratos importantes com o poder público, como o da obra do Maracanã, que é investigado, revelam CHICO OTAVIO e LUIZ GUSTAVO SCHMITT. Picciani diz que a lista divulgada pelo GLOBO foi “falseada”. (Págs. 10 e 11)

Colunistas
MÍRIAM LEITÃO – PONTO FRACO
Ministro falhou no tema principal, que era justificar as pedaladas de Dilma (Pág. 20)

MERVAL PEREIRA – LULA E O SUPREMO
Decisão sobre nomeação de Lula influenciará voto de Teori sobre obstrução da Justiça (Pág. 4)

JOSÉ CASADO – AS PERDAS NO FGTS
Negócios escusos sangram o fundo, com prejuízos para os trabalhadores (Pág. 17)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Governo avalia só dar cargos após votação de impeachment
Parte da cúpula do Planalto quer estender negociações até o último minuto para evitar traições
Com medo de traições de aliados, parte da cúpula do governo defende a extensão das negociações de cargos até a votação, no plenário da Câmara, do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A previsão é de que o afastamento da petista seja discutido pelos 513 deputados a partir do dia 15. Segundo integrantes do governo, a ideia é amarrar acordos com o chamado centrão (PSD, PP, PR e PRB) e entregar cargos só depois da votação. O receio é de que, diante do alto número de dissidentes nesses partidos, o governo não teria tempo para fazer uma reforma ministerial em dois dias, prazo em que o processo de impeachment deve sair da comissão especial e ser votado em plenário. Há confiança entre os que negociam diretamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que ele “entrega o que promete”, o que nem sempre ocorre com quem negocia com Dilma. (Política A4)

Teori nega pedidos contra Lula
Ministro negou ações de PSDB e PSB no STF contra posse do ex-presidente Lula na Casa Civil. Decisão de Gilmar Mendes contra Lula, porém, continua valendo. (Pág. A7)

Cardozo entrega defesa e diz que Cunha age por vingança
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, defendeu ontem a rejeição do pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff por “não haver base legal” para destituí-la. Ele rejeitou a existência das pedaladas fiscais e disse que o afastamento seria um “golpe” à Constituição. Numa estocada no vice Michel Temer, disse que o novo governo não teria “estabilidade” para conduzir o País. Cardozo disse esperar que o processo seja declarado nulo e, se isso não ocorrer, não descarta recorrer ao STF. Declarou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age por “vingança” e “retaliação” e entregou defesa com 201 páginas. (Política A5)

Eliane Cantanhêde
Se o impeachment é tudo o que José Eduardo Cardozo disse, só se pode chegar a uma conclusão: Fernando Collor não poderia ter sido deposto. (Pág. A6)

Petrobrás quer cortar preço da gasolina e nega objetivo político
As ações da Petrobrás caíram 9% com o receio de que a empresa reduza o preço da gasolina e do diesel às vésperas da votação do impeachment. A proposta foi apresentada pela diretoria da estatal, mas enfrenta resistência do conselho de administração. Em reação às críticas, o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, enviou e-mail aos conselheiros em que nega “qualquer politização do tema” e diz que a decisão ainda não foi tomada. (Economia B1)

PT perde um terço dos prefeitos em SP
De meados de 2015 até sábado, o PT perdeu 24 dos 72 prefeitos que elegeu no Estado de São Paulo em 2012. Também deixaram o partido 186 (28%) dos 664 vereadores. (Pág. A7)

‘O maior erro de Dilma foi a mentira’
Michael Klein, sócio da Casas Bahia, diz que a presidente Dilma Rousseff mentiu durante a campanha eleitoral e defende que deixe o cargo. “ Ninguém gosta de ser enganado.” (Economia B4)

50%dos casos de gripe no País já são de H1N1
O vírus H1N1 já é responsável pela metade dos casos de gripe registrados no País, segundo o Ministério da Saúde. Apenas nos três primeiros meses deste ano, o H1N1 provocou 71 mortes no País, o dobro do que foi registrado entre janeiro e dezembro de 2015. (Metrópole A13)

Mossack oferecia comissão a advogados
Documentos da Panama Papers mostram que uma em cada seis empresas que tratavam casos de clientes brasileiros com a firma de offshores Mossack Fonseca era escritório de advocacia ou consultoria tributária – eles recebiam honorários por contrato. (política A8)

Ilan Goldfajn
Euforias no meio da crise – Não é o caso de reduzir agora os juros, com risco de sancionar otimismos exagerados no mercado. Importante garantir antes a desinflação. (Espaço Aberto A2)

Notas&Informações
O golpe sem o impeachment – É inevitável a sombria perspectiva de um governo ainda pior que o desgoverno de hoje. (A3)

Sem rumo na economia – A recessão se prolonga e mantém-se a expectativa de muita dificuldade nos negócios. (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Pedido de impeachment é ‘golpe’ e ‘nulo’, diz Cardozo
Na Câmara, advogado-geral da União nega que Dilma tenha cometido crime grave
Ao defender a presidente Dilma Rousseff na Câmara, José Eduardo Cardozo, advogado- geral da União, classificou o pedido de impeachment de “viciado”, “nulo” e “golpe de Estado”. Ela é acusada de crimes de responsabilidade — fiscais, na maioria. Na comissão especial, Cardozo disse que a deposição só deve ocorrer em condição excepcional, com prova de cometimento de grave irregularidade, o que não é o caso. Afirmou ainda que adversários usam a crise política para “rasgar” a Constituição. Para ele, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou o processo viciado e nulo ao abri-lo por vingança — Dilma lhe negou apoio no Conselho de Ética. Em resposta, Cunha disse que Cardozo deveria se ater a “defender o processo”. Um eventual governo Temer (PMDB) não terá legitimidade, afirmou Cardozo. A comissão do impeachment deve votar seu parecer até o dia 11. A votação no plenário pode ocorrer no dia 17.

Manifesto a favor da presidente gera racha entre brasilianistas. (A8)

Bloco de senadores defende antecipar pleito presidencial
Um bloco de senadores de PSB, PPS e Rede se articula para defender a realização de nova eleição presidencial, neste ano. “Elas aconteceriam em outubro”, disse Valdir Raupp (PMDB-RO), que dá apoio à proposta. Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ideia é utópica. (Poder a5)

Rumor sobre combustíveis derruba ações da Petrobras
Rumores sobre a redução nos preços da gasolina e do diesel, vendidos no país a preços superiores aos do mercado internacional, derrubaram as ações da Petrobras. As preferenciais (sem direito a voto) caíram 9,33%. O presidente da estatal, Aldemir Bendine, afirmou em carta ao conselho de administração que não há decisão sobre o tema. (Mercado a13)

Hélio Schwartsman
Dilma fracassou em sua oportunidade de fazer bom governo
Começo a achar que o impeachment é uma solução aceitável. Dilma teve a chance de fazer um bom governo, mas fracassou. Deve assumir seus erros. Seu direito de concluir o mandato não é maior que o direito de milhões a um governo funcional. (Opinião a2)

Marcelo Freixo
Impeachment será ilegítimo se crime não for comprovado
A democracia nos impõe desafios, não atalhos. Impeachment, nos termos atuais, sem a comprovação de crime de responsabilidade, não é legítimo. É mais uma falsa saída. Tenhamos coragem para encarar o reflexo no espelho sem temer a vertigem. (Opinião a2)

Editoriais
Leia “Sem saída”, sobre troca de ministérios por apoio contra o impeachment, e “Merenda indigesta”, acerca de escândalo de corrupção em SP. (Opinião A2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Terça-Feira, 05 de Abril de 2016

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