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PF prende Paulo Bernardo em desdobramento da Lava Jato
Investigadores suspeitam de desvios de R$ 7 mi; defesa nega acusações e fala em detenção ilegal
A Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, prendeu Paulo Bernardo (PT-PR), ex-ministro do Planejamento e das Comunicações. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ele atuou nas gestões dos presidentes Lula e Dilma. Para investigadores, Bernardo teria se beneficiado, entre 2010 e 2015, de R$ 7 milhões desviados de contratos firmados entre a pasta do Planejamento e a empresa de tecnologia Consist, gestora de crédito consignado do funcionalismo. Segundo a Polícia Federal, a Consist recebia R$ 1 de cada parcela de crédito paga, e o valor de mercado era R$ 0,30. Cerca de R$ 100 milhões teriam sido desviados da pasta —70% do contrato de R$ 140 milhões que a empresa manteve com a pasta. Na decisão em que decreta a prisão preventiva de Bernardo, o juiz Paulo Bueno de Azevedo afirma que o dinheiro que o ex-ministro teria recebido não tinha sido localizado e que haveria risco “de realização de novos esquemas de lavagem”. A defesa de Bernardo afirmou que a prisão é ilegal e que ele não se envolveu em irregularidades. Gleisi Hoffmann disse em nota que a operação foi feita para desviar o foco “deste governo [Temer] claramente envolvido em desvios”. …
O Globo
Manchete: Dinheiro de consignado irrigava caixa do PT
PF prende Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma
Petista é acusado de receber R$ 7 milhões desviados de taxas cobradas de servidores que contraíam empréstimos; esquema, que arrecadou R$ 100 milhões, abastecia o partido, alvo de buscas em SP
A Operação Custo Brasil, derivada da Lava-Jato, prendeu Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, por envolvimento em esquema que desviava taxas pagas por servidores em empréstimos consignados. Em cinco anos, R$ 100 milhões irrigaram o caixa do PT e de políticos. A fraude usava empresas de fachada. Também são investigados o ex-ministro Carlos Gabas e o jornalista Leonardo Attuch, do blog Brasil 247. No Planalto, a avaliação é que a prisão representa uma “pá de cal” nas pretensões de volta ao poder de Dilma. (Págs. 3 a 6)
‘Hoje é dia de apanhar’
Em reunião convocada por Lula, senadores do PT previram problemas. “É dia de apanhar”, afirmou um deles, revela CRISTIANE JUNGBLUT. (Pág. 5)
Ação em imóvel do Senado cria polêmica
O presidente do Senado, Renan Calheiros, questionou o STF sobre a legalidade da ação da PF, ordenada por juiz de primeira instância, no apartamento funcional ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann, que tem foro privilegiado. Ela é casada com o ex-ministro Paulo Bernardo, preso ontem. (Pág. 6)
Colunistas
MERVAL PEREIRA
Lava-Jato revela vários “Moros” no país. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
Escapar de Curitiba não funcionou. (Pág. 18)
Concessão de rodovias deve prever só reparos
O governo estuda ajustes nas concessões para torná-las mais atraentes a investidores. Nas rodovias, as empresas poderão cobrar pedágio só para manter e consertar as vias, sem data para duplicar pistas. E os aeroportos deverão ser arrematados por quem oferecer o maior valor de entrada. (Pág. 17)
Petros vai cobrar de participantes
A Petrobras informou que, a partir de 2017, dividirá com 76 mil empregados e aposentados um rombo de R$ 16,1 bilhões da Petros. (Pág. 20)
Foto-legenda: Enfim, o cessar-fogo na Colômbia
Após 52 anos de conflito, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assina com Rodrigo Londoño, líder das Farc, o cessar-fogo, diante de Raúl Castro. (Pág. 24)
Folha de S. Paulo
Manchete: PF prende Paulo Bernardo em desdobramento da Lava Jato
Investigadores suspeitam de desvios de R$ 7 mi; defesa nega acusações e fala em detenção ilegal
A Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, prendeu Paulo Bernardo (PT-PR), ex-ministro do Planejamento e das Comunicações. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ele atuou nas gestões dos presidentes Lula e Dilma. Para investigadores, Bernardo teria se beneficiado, entre 2010 e 2015, de R$ 7 milhões desviados de contratos firmados entre a pasta do Planejamento e a empresa de tecnologia Consist, gestora de crédito consignado do funcionalismo. Segundo a Polícia Federal, a Consist recebia R$ 1 de cada parcela de crédito paga, e o valor de mercado era R$ 0,30. Cerca de R$ 100 milhões teriam sido desviados da pasta —70% do contrato de R$ 140 milhões que a empresa manteve com a pasta. Na decisão em que decreta a prisão preventiva de Bernardo, o juiz Paulo Bueno de Azevedo afirma que o dinheiro que o ex-ministro teria recebido não tinha sido localizado e que haveria risco “de realização de novos esquemas de lavagem”. A defesa de Bernardo afirmou que a prisão é ilegal e que ele não se envolveu em irregularidades. Gleisi Hoffmann disse em nota que a operação foi feita para desviar o foco “deste governo [Temer] claramente envolvido em desvios”. (Poder a4 e a5)
Secretário de Haddad é preso sob acusação de receber propina
Desdobramento da Lava Jato, a Operação Custo Brasil atingiu o primeiro escalão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Valter Correia, secretário de Gestão, foi preso sob a acusação de ter recebido propina quando atuou no Ministério do Planejamento, no governo Dilma Rousseff. Ele pediu exoneração para se defender das acusações, disse a prefeitura. Sua defesa não foi localizada. (Poder a7)
Reinaldo Azevedo
Bolsonaro deve pedir desculpas ou ser punido
Apoio sem reservas a decisão do Supremo de aceitar denúncia contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Que ele se desculpe ou que seja punido exemplarmente por aquilo que praticou: apologia ao estupro. (Poder a8)
Brasil quer revogar decisão do Mercosul para liberar acordos
O Itamaraty quer revogar decisão do Mercosul para permitir que o Brasil feche acordos bilaterais de livre-comércio sem os outros membros, informa Patrícia Campos Mello. Paraguai e Uruguai são favoráveis. Argentina resiste. (Mercado a13)
EUA vão ter bases em três regiões do Rio durante os Jogos Olímpicos (B7)
Editorial
Leia “Sem fim à vista”, a respeito de ímpeto da Operação Lava Jato. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Sexta-Feira, 24 de Junho de 2016