Manchete dos Jornais nesta sexta-feira, 18 de março de 2016

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Manifestantes ocupam ruas em São Paulo, Rio e Brasília
A Avenida Paulista completou ontem 24 horas ocupada por grupos que pedem a saída da presidente Dilma. Outras vigílias ocorreram em Copacabana, no Rio, e em frente ao Congresso, em Brasília, onde, no fim da manhã, houve confrontos com simpatizantes do PT. Os protestos reuniram milhares de pessoas em 21 estados e no Distrito Federal. A polícia de São Paulo teme que haja confronto entre opositores e aliados do governo em atos marcados para hoje…


O Globo

Manchete: Judiciário repudia ofensas e suspende manobra de Lula
‘Condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas’, avisa decano do STF
Ex-presidente chegou a ser empossado em solenidade na qual Dilma reagiu à divulgação de grampos pelo juiz Sérgio Moro e disse que ‘golpes começam’ assim. Em carta no fim do dia, Lula afirmou que respeita o Judiciário e pediu justiça

A posse do ex-presidente Lula na Casa Civil, vista pela Lava- Jato como manobra para obter foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro, foi suspensa logo após a solenidade no Planalto. Dois juízes deram liminares, uma já cassada, por entender que a nomeação é uma intervenção indevida nas investigações sobre Lula. Mais de 30 ações, no STF e na primeira instância, contestam a posse por a considerarem uma manobra da presidente Dilma e de Lula. No STF, os processos ficarão com o ministro Gilmar Mendes, crítico do PT. Dilma reagiu à divulgação dos grampos e repudiou a tese de blindagem. O Supremo mostrou indignação com ataques de Lula, para quem a Corte “está acovardada”. O decano Celso de Mello disse que “condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas”. No STJ, o ministro João Otávio de Noronha também reagiu. Juízes e procuradores apoiaram Moro. Lula divulgou carta dizendo que respeita o Judiciário. (Págs. 3 a 14)

Manifestantes ocupam ruas em São Paulo, Rio e Brasília
A Avenida Paulista completou ontem 24 horas ocupada por grupos que pedem a saída da presidente Dilma. Outras vigílias ocorreram em Copacabana, no Rio, e em frente ao Congresso, em Brasília, onde, no fim da manhã, houve confrontos com simpatizantes do PT. Os protestos reuniram milhares de pessoas em 21 estados e no Distrito Federal. A polícia de São Paulo teme que haja confronto entre opositores e aliados do governo em atos marcados para hoje. (Pág. 10)

Convites a jato para a gráfica
Os convites para a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil foram enviados com antecedência de apenas 14 horas, contrariando versão do Planalto de que a cerimônia já estava marcada para ontem. (Pág. 8)

Minuta indica que sítio seria repassado a Lula
Documento apreendido no apartamento de Lula mostra que Fernando Bittar tinha promessa de venda do sítio de Atibaia ao petista. (Pág. 14)

Temer e Renan boicotam posse e agravam crise
O vice de Dilma e o presidente do Senado boicotaram a posse de Lula. O PMDB antecipará decisão sobre a saída do governo. (Pág. 12)

Merval Pereira
Grampo revela um Lula sexista e autoritário. (Pág. 4)
Míriam Leitão
Dilma usou Planalto como escritório do partido. (Pág. 24)
Nelson Motta
Grampo traz de volta o “Lulão pau e rancor”. (Pág. 21)
Ancelmo Gois
Recado dos militares: não vão se intrometer. (Pág. 16)
Ilimar Franco
Divulgação de grampo põe em risco articulação de Lula. (Pág. 2)
Editorial
‘Vale-tudo empurra Dilma e Lula para a ilegalidade’ (Pág. 20)


O Estado de S. Paulo

Manchete: O dia em que o ex-presidente sofreu para virar ministro
A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil corre o risco de não se confirmar. Ontem, momentos depois da cerimônia de transmissão de cargo, o juiz Itagiba Catta Preta, do Distrito Federal, suspendeu a posse. A decisão foi derrubada, mas, até o início da noite de ontem, outra liminar, concedida pela juíza Regina Coeli Formisano, do Rio, ainda proibia a posse. No Supremo Tribunal Federal, as ações questionando a nomeação serão julgadas pelo ministro Gilmar Mendes, crítico do governo. (Política/Pág. A4)

Aliado de Cunha é relator do processo de impeachment
A Câmara iniciou o processo de impeachment de Diima Rousseff. Um grupo de 65 parlamentares forma a comissão processante, presidida pelo líder do PSD, Rogério Rosso (DF). O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), será o relator do processo. Ambos são aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Levantamento do Estado indica que ao menos 35 deputados escolhidos votam a favor da perda do mandato. A oposição incluiu no pedido de impeachment a delação de Delcídio Amaral(sem partido-MS). (Política/Pág. A11)

PF apreende documento de sítio com Lula
A PF encontrou na casa de Lula, em São Bernardo do Campo, minuta de contrato de compra e venda do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, ao preço de R$ 800 mil. A defesa do ex-presidente diz que o documento permite apenas concluir que ele cogitou comprar o sítio. (Política/Pág. A5)

Em resposta a ataque, decano do STF fala em ‘insulto’
Em pronunciamento no Supremo Tribunal Federal, ontem, o ministro Celso de Mello, o mais antigo da casa, condenou a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em gravação de conversa telefônica com a presidente Dilma Rousseff, de que “nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada”. Mello acusou o ex-presidente de ofender a dignidade do Poder Judiciário. Para Celso de Mello, “o insulto traduz reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes”. (Pág .A7)

Petista rebate e diz esperar imparcialidade
O ex-presidente Lula divulgou carta na qual diz que nos 8 anos em que foi presidente demonstrou“ apreço e respeito pelo Judiciário”. Ele afirmou crer nos “critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão”. (Pág. A7)

Eliane Cantanhêde
Ausência de Temer foi mais estridente do que as presenças. (Pág. A6)

Dora Kramer
O PT criminalizou a política. Agora, tenta politizar o crime. (Pág. A12)

Janot diz que Lula não está ‘blindado’ por ser ministro (Pág. A8)

Temer não vai à posse e PMDB antecipa convenção (Pág. A10)

Juristas divergem sobre decisões ligadas à Lava Jato (Pág. A10)

Notas & Informações
Vergonha! Vergonha!
Dilma dá um tapa na cara dos brasileiros ao mandar calar a boca quem se insurge contra o governo. (Pág. A3)

Foto-legenda: Occupy Paulista
Manifestantes contrários ao governo Dilma interditam a Avenida Paulista desde a noite de anteontem. Alguns dormiram na rua. O secretário estadual da Segurança, Alexandre de Moraes, foi hostilizado e teve de sair do local escoltado. (Pág. A14)


Folha de S. Paulo

Manchete: Reações em série ampliam isolamento de Dilma e Lula
Na posse de Lula, suspensa na Justiça, presidente diz que uso de métodos escusos pode levar a golpe
Reações de ministros do Supremo Tribunal Federal, entidades de classe, empresários, partidos da base governista, manifestantes e investigadores da Lava Jato ampliaram o isolamento da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, indicado para a Casa Civil. As manifestações ocorrem um dia após revelação de gravações telefônicas com críticas do ex-presidente ao Congresso e ao Supremo. Os grampos, autorizados e divulgados pelo juiz Sergio Moro, indicam que a nomeação para o ministério objetivou embaraçar a aplicação da lei penal contra Lula. O ministro há mais tempo no STF, Celso de Mello, qualificou a fala de Lula de “reação torpe, típica de mentes autocráticas e arrogantes”. O procurador-geral, Rodrigo Janot, disse que ser ministro “não blinda ninguém”. Em decisões distintas, juízes do Distrito Federal e do Rio suspenderam a posse de Lula em caráter provisório. O governo derrubou a ordem judicial da capital federal. Federações industriais de cinco Estados pediram a saída de Dilma. Houve protestos em 12 capitais. Na avenida Paulista, manifestantes montaram barracas em vigília pela queda da presidente. Deputados criaram comissão para discutir o impeachment, com tendência de alta do grupo anti-Dilma. O PMDB e o PP anteciparam debate para deixar a base. Na posse de Lula, a presidente Dilma afirmou que o uso de “métodos escusos” e “práticas criticáveis” pode resultar em golpe. (Poder A4)

Nomeação e gravações acirram debate jurídico
Os últimos acontecimentos ampliaram o debate jurídico sobre a atuação da Operação Lava Jato, os grampos da Polícia Federal e a decisão de dar um ministério a Lula. Ex-procurador-geral da República (governo Lula), Claudio Fonteles diz que a Lava Jato não pode ser seletiva. Segundo ele, a presidente pode nomear ministro qualquer pessoa de confiança. Joaquim Falcão, professor de direito da FGV-RJ, diz que a captação de conversa entre Dilma e Lula é “polêmica”. A divulgação do áudio tem amparo legal, diz Modesto Carvalhosa, da USP. (Poder A8 e A10)

Expectativa de troca de governo faz a Bolsa subir
O aprofundamento da crise levou otimismo ao mercado financeiro, que aposta em uma possibilidade de afastamento de Dilma, e a Bolsa teve a maior alta em sete anos. O Ibovespa subiu 6,6%, maior aumento desde janeiro de 2009. O índice foi o que mais subiu globalmente. O dólar à vista caiu mais de 4%, cotado a R$ 3,64. (Mercado A23)

Vladimir Safatle
Moro se tornou tão indefensável quanto os que julga (Ilustrada C10)
Wadih Damous
Como um justiceiro, juiz tenta levar de solapada os direitos (Opinião A3)
Bernardo Mello Franco
Tornar magistrado alvo pode engrossar protestos nas ruas (Opinião A2)
Mônica Bergamo
Ex-presidente não confirma ida a ato em sua defesa em SP (Ilustrada C2)
Ives Gandra e Hamilton Dias
Gravação torna evidente intuito de proteger petista (Opinião A2)
Ruy Castro
Lula tem razão em não querer celular; eles têm ouvidos (Opinião A2)
Mario Cesar Carvalho
Foro privilegiado de políticos é perverso para a democracia (Opinião A2)

Editoriais
Leia “Protagonismo perigoso”, acerca de ações do juiz Sergio Moro, e “Estratagema russo”, a respeito de decisão de retirar parte das forças na Síria. (Opinião A2)

Foto-legenda: Occupy Paulista
Grupo monta barracas na Av. Paulista em ato pelo impeachment ou renúncia de Dilma (Poder A12)


Edição: Equipe Fenatracoop, Sexta-Feira, 18 de Março de 2016

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