Manchete dos Jornais nesta sexta-feira, 03 de junho de 2016

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Governo quer apressar a votação do impeachment
Chefe da Casa Civil diz-se preocupado com hipótese de recuo de senadores
Com receio de que alguns dos 55 senadores que votaram pelo afastamento de Dilma Rousseff da Presidência possam recuar na votação final, o governo do interino, Michel Temer (PMDB), espera que o processo de impeachment seja encerrado logo. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou haver “muita preocupação” em razão de acenos de mudança de posição no Senado, em meio a turbulências no início da gestão Temer. A comissão que analisa o impeachment reduziu nesta quinta (2), com o aval do interino, o prazo de tramitação. A votação pode ocorrer em julho, e não mais em agosto. Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo, rejeitou o pleito da defesa de Dilma de incluir os áudios gravados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, com lideranças do PMDB. José Eduardo Cardozo, advogado da petista, disse que as decisões violam “o direito de defesa da presidente”. Levantamento da Folha aponta que 43 senadores pretendem votar pela saída definitiva de Dilma, acusada de fraudar o Orçamento. Outros 20 optam pela sua volta. Há 18 que ainda não declaram preferência. É preciso apoio de 54 dos 81 senadores para depor a petista…


O Globo

Manchete : Esquema da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma
Mensagens em poder da PGR indicam pagamento até de cabeleireiro
Em delação, Cerveró disse que a petista acompanhou todos os detalhes da compra de Pasadena e que supõe que ela sabia da propina; delator também falou em negócio com empresa ligada a filho de FH
E-mails em poder da Procuradoria- Geral da República indicam que o dinheiro da corrupção na Petrobras pagava despesas pessoais da presidente afastada, Dilma Rousseff, informa MERVAL PEREIRA. Até viagens do cabeleireiro Celso Kamura a Brasília teriam sido pagas com dinheiro do esquema. As mensagens foram trocadas por pessoas envolvidas na compra da refinaria de Pasadena, em 2006, referendada pelo Conselho de Administração, presidido à época por Dilma, que era ministra de Lula. Nas mensagens, há a informação de que “a ministra” estava ciente dos arranjos dos advogados antes da compra. Em delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que Dilma tinha conhecimento de todos os detalhes sobre Pasadena e que supõe que ela sabia das propinas. Cerveró afirmou ainda que, no governo FH, a estatal fechou contrato com empresa que, segundo ele, era ligada a filho do ex-presidente, que nega. (Pág. 4)

Delator: contrato com Planalto cobriu dívida de campanha de Dilma (Pág. 3)

Por unanimidade, STF mantém ação penal contra Cunha (Pág. 11)

Decisão sobre rito do impeachment será do STF
A comissão do impeachment no Senado tentou encurtar o processo de afastamento de Dilma Rousseff, mas o PT reagiu e a decisão agora será do Supremo. (Pág. 6)

Estatal foi vítima de quadrilha, diz Parente
Ao tomar posse na Petrobras, Pedro Parente disse que o discurso eufórico do governo anterior escondia descalabros e que a estatal foi vítima de “quadrilha organizada”. (Pág. 23)

Aécio será investigado no Supremo
Após parecer de Janot, Gilmar Mendes manda prosseguir inquérito sobre corrupção em Furnas (Pág. 5)

União pode socorrer Rio, MG e RS
A União estuda conceder um empréstimo aos governos de Rio, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que estão em pior situação, revelam MARTHA BECK e BÁRBARA NASCIMENTO. O Rio pode ficar sem o aval da União para liberar R$ 1 bilhão do BNDES para o metrô porque está inadimplente numa dívida externa. (Pág. 21)

Os secretários de dois salários
O estado gastou R$ 21 milhões, em 2015, com funcionários requisitados de outros órgãos. O governo paga R$ 65 mil para ter Julio Bueno, da Petrobras, na Fazenda. Wagner Victer e Christino Áureo também ganham dois salários. (Pág. 15)

Mercosul deve punir Venezuela
Brasil e Argentina estudam formas de punir a Venezuela no âmbito do Mercosul se o presidente Maduro não avançar no diálogo com a oposição. O país poderia ser impedido de assumir o comando do bloco. (Pág. 26)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Dilma vai ao STF contra antecipação do impeachment
Comissão do Senado quer votação final no mês que vem; Lewandowski decidirá
A defesa de Dilma Rousseff vai recorrer ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, contra proposta que acelera o processo de impeachment no Senado. A ação questiona decisão do presidente da comissão processante, Raimundo Lira (PMDB-PB), de aceitar sugestão da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) de reduzir em 20 dias cronograma do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Com a mudança, a votação no plenário ocorreria em 12 e 13 de julho, e não no início de agosto. Já o julgamento final seria no fim de julho. O ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo viu “grave violação do direito de defesa”. O desfecho do processo preocupa o governo. O ministro Eliseu Padilha reconheceu “dificuldades” e defendeu conclusão “o quanto antes”. À noite, o presidente em exercício Michel Temer disse que a “situação de transitoriedade” do governo “não é útil” para o País. Ontem, a comissão também negou inclusão no processo dos áudios que derrubaram Romero Jucá (PMDB-RR) do governo. (Política A4 e A5)

Eliane Cantanhêde
Como Temer aceita um gasto novo que pode chegar a R$ 56 bilhões até 2019? É de recuo em recuo que as contas públicas vão para o beleléu. (A6)

Deputada Tia Eron sugere voto decisivo contra Cunha
Considerada dona do voto decisivo que pode livrar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da aprovação do pedido de cassação no Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) elogiou o parecer do relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), e afirmou que votará pela “preservação da moral” na Casa. “Sei o que tenho de fazer”, disse. Pressionada pela base eleitoral na Bahia e disputada por grupos pró e contra Cunha, ela viu “consistência” no relatório de Rogério. (Política A7)

Supremo nega recurso
O Supremo Tribunal Federal rejeitou por unanimidade recurso de Eduardo Cunha para tentar reverter a decisão da Corte de transformá-lo em réu na Lava Jato. (A7)
Presidente da Petrobrás apoia revisão da lei do pré-sal
Pedro Parente assumiu a presidência da Petrobrás defendendo mudanças na legislação do pré-sal. Para ele, a obrigação legal de a estatal liderar todo o projeto “não atende aos interesses da empresa e do País”. Parente chamou de “inominável” o esquema de corrupção e disse que a Petrobrás foi vítima de “quadrilha organizada”. (Economia B1 e B3)

Delator diz que Lulinha recebeu R$ 300 mil sem comprovação
Os delatores Roberto Trombeta e Rodrigo Morales disseram à Lava Jato que, em 2012, o Grupo Caoa pagou R$ 300 mil à Gamecorp, empresa de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, sem comprovação de “execução de serviços”. A defesa de Fábio Luís diz que ele recebeu de forma legal por inserções comerciais da Caoa e que recolheu impostos. (Política A8)

Cerveró cita filho de FHC
Nestor Cerveró disse em delação que Petrobrás fechou contrato com empresa ligada a filho de Fernando Henrique. (A8)
STF mantém Ricardo Melo na chefia da EBC (Política A7)

Consórcio paralisa obra do Rodoanel Norte (Metrópole A12)

Carioca recebe prêmio francês
Marcelo Viana é primeiro matemático do mundo a vencer o Louis D., principal prêmio científico francês. Diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), ele critica o ensino da matemática no Brasil. (Metrópole A15)

Fernando Gabeira
O impacto do asteroide – Com as gravações de conversas, o universo político do Brasil sofreu um choque semelhante ao que destruiu os dinossauros. (Espaço Aberto A2)

Celso Ming
Página seguinte – Nem tudo depende do novo presidente da Petrobrás. Depende, sim, da revisão do marco do pré-sal e da solução de pendências pelo governo. (Economia B2)

Notas&Informações
A remoção necessária – O saneamento da política estará longe enquanto Eduardo Cunha não for expurgado da vida pública. (A3)

O mau começo do ministro – Torquato Lorena Jardim, ex-TSE, fez uma inadequada declaração sobre os acordos de leniência (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Governo quer apressar a votação do impeachment
Chefe da Casa Civil diz-se preocupado com hipótese de recuo de senadores
Com receio de que alguns dos 55 senadores que votaram pelo afastamento de Dilma Rousseff da Presidência possam recuar na votação final, o governo do interino, Michel Temer (PMDB), espera que o processo de impeachment seja encerrado logo. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou haver “muita preocupação” em razão de acenos de mudança de posição no Senado, em meio a turbulências no início da gestão Temer. A comissão que analisa o impeachment reduziu nesta quinta (2), com o aval do interino, o prazo de tramitação. A votação pode ocorrer em julho, e não mais em agosto. Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo, rejeitou o pleito da defesa de Dilma de incluir os áudios gravados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, com lideranças do PMDB. José Eduardo Cardozo, advogado da petista, disse que as decisões violam “o direito de defesa da presidente”. Levantamento da Folha aponta que 43 senadores pretendem votar pela saída definitiva de Dilma, acusada de fraudar o Orçamento. Outros 20 optam pela sua volta. Há 18 que ainda não declaram preferência. É preciso apoio de 54 dos 81 senadores para depor a petista. (Poder a4)

Secretária fez parte de uma ‘articulação criminosa’, diz PGR
A ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), nomeada por Temer para a Secretaria de Políticas para as Mulheres, é suspeita de ter integrado uma “articulação criminosa” que desviou R$ 4 milhões para uma ONG fantasma, segundo o Ministério Público Federal. O esquema foi desmantelado em 2011, na Operação Voucher. A peemedebista nega. (Poder a5)

Petrobras favoreceu um dos filhos de FHC, afirma delator
Em delação na Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse que no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a estatal o orientou a fechar negócio com empresa ligada a Paulo Henrique, filho de FHC. Segundo ele, o caso ocorreu na gestão de Philippe Reichstul na Petrobras. FHC e Reichstul não foram localizados. (Poder a7)

14 mil cargos federais são aprovados em pauta-bomba
A Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais, informa Paulo Gama, do Painel. O número é quase quatro vezes os 4.000 postos que Michel Temer prometeu fechar neste ano. A medida integra o pacote de reajustes salariais para o funcionalismo público que segue agora para votação do Senado. Na quinta (2), o interino defendeu os aumentos, de R$ 53 bilhões. (Poder a4)

SP cancela licitação de R$ 148mi para comprar medalha
A gestão Alckmin (PSDB) cancelou licitação na qual previa gastar R$ 148 milhões com 1,8 milhão de medalhas e 113 mil troféus, informa Leandro Machado. A revogação ocorreu após a Folha detectar indícios de fraude. Apenas a AWSports venceu os quatro lotes. Ela funciona na mesma casa que outra empresa que participou, e os donos são filha e pai, que nega ilegalidade. (Cotidiano B1)

Comitê Rio-2016 fez manobra para encobrir rombo
O Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 atrasou repasse que deveria ter feito ao Comitê Olímpico Brasileiro para encobrir um rombo de R$ 129 milhões em seu balanço de 2015. As duas entidades são presididas pela mesma pessoa — Carlos Arthur Nuzman —, fato inédito da história do evento. O Comitê Organizador nega irregularidades. (Esporte B5)

Pedro Luiz Passos
Reajustes nem deveriam ser cogitados agora
Está em curso no Congresso um movimento para aumentar os salários de servidores públicos. Num momento de dificuldade extrema, de uma recessão medonha, em que faltam recursos para saúde, os Estados mal conseguem honrar suas folhas, há questões que nem deveriam ser colocadas. (Mercado a18)

Editoriais
Leia “Às custas da sociedade”, sobre reajuste ao funcionalismo público, e “Uma base mais firme”, a respeito da elaboração do currículo nacional. (Opinião a2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Sexta-Feira, 03 de Junho de 2016

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