Manchete dos Jornais nesta quarta-feira, 20 de abril de 2016

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Comissão do Senado terá maioria em favor do impeachment
Escolha de integrantes será na segunda-feira; votação está prevista para o dia 12
O governo sofreu derrota significativa no primeiro dia de definição do rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Em reunião de líderes, a maioria definiu que a escolha dos integrantes da comissão de impedimento levará em conta o tamanho dos blocos partidários e não dos partidos, como queriam governistas. Com isso, parlamentares pró-impeachment terão maioria no colegiado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitou questionamentos da oposição e de aliados do vice Michel Temer para instalar ainda ontem a comissão. Mas cedeu a cobrança do PSDB e decidiu que votará a indicação dos integrantes do colegiado na segunda- feira. Com o novo roteiro, a previsão é de que o pedido de afastamento seja votado em plenário em 12 de maio e não mais no dia 10. Na tentativa de obter apoio de senadores indecisos, o governo vai conceder empréstimos que há tempos esperam liberação para Estados e municípios. Na lista dos que devem receber recursos estão Ceará, Piauí e Paraná…


O Globo

Manchete : Oposição deve comandar impeachment no Senado
Renan marca início dos trabalhos da comissão para segunda-feira
Votação que pode afastar Dilma da Presidência deve ocorrer até o dia 12 de maio
Em reunião tensa, os líderes de partidos no Senado decidiram que a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma será formada de acordo com os blocos partidários da Casa, o que praticamente garante a presidência do colegiado ao PSDB e a relatoria ao PMDB. Apesar dos protestos da oposição, que queria o início imediato dos trabalhos, o presidente Renan Calheiros marcou para a próxima segunda a instalação da comissão, que deve ter maioria a favor do afastamento. A decisão da Câmara foi lida ontem no plenário. Se acolhida pelo Senado, Dilma será afastada. (Pág. 3)

Partidos repudiam declarações de Dilma
Em nota, 14 partidos repudiaram o que chamaram de “triste espetáculo encenado pela presidente Dilma”. Disseram que ela tenta inverter sua posição de “autora de crime em vítima” ao chamar de golpe o processo de impeachment, chancelado pelo STF. Ontem, a petista repetiu o discurso para correspondentes estrangeiros. (Pág. 8)

Temer escala criador do Bolsa Família para o social
Acusado pela presidente Dilma de querer acabar com os programas sociais, o vice Michel Temer escalou o economista Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do Bolsa Família, para elaborar o programa social de seu eventual governo. Na primeira declaração após a aprovação do impeachment pela Câmara, Temer disse que é hora de acompanhar, “silenciosa e respeitosamente”, a análise do processo no Senado. (Págs. 5 e 6)

Cunha pode ser afastado por estar na linha sucessória
O ministro do STF Gilmar Mendes disse ser possível afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu na Lava- Jato, por estar na linha sucessória da Presidência. Por lei, o presidente não pode responder a ação penal. Relator do caso, Teori Zavascki disse que analisa a possibilidade. (Pág. 10)

Delator: presidente pediu interferência
Em depoimento, o ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral disse que Dilma pediu ao parlamentar para tentar interferir na Lava-Jato. (Pág. 9)

Limite para banda larga é contestado
A OAB reagiu à decisão da Anatel de permitir que as operadoras limitem o acesso à internet fixa. E ameaçou ir à Justiça, por entender que a cobrança fere o Código de Defesa do Consumidor. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, afirmou que vai agir para manter a oferta de planos ilimitados. (Pág. 23)

Caixa encontra fraude em loteria
Auditoria da Caixa confirmou fraudes no pagamento de prêmios de loterias. Atas de reuniões de conselheiros do banco indicam que ganhadores podem ter lavado dinheiro, revela VINICIUS SASSINE. (Pág. 11)

Gasolina deixa de ter análise
Sem recursos, a ANP não renovou convênios com laboratórios. Por isso, somente em quatro estados e no Distrito Federal está sendo feito controle da qualidade dos combustíveis vendidos nos postos. (Pág. 25)

Rio: folha cresceu 146% em 6 anos
O Rio teve o maior aumento de gastos com folha de pagamento entre os estados do país de 2009 a 2015. Segundo estudo do Ministério da Fazenda, a alta foi de quase 146%. (Pág. 15)

Férias mais cedo em 57 escolas
Estado antecipa para maio férias em 57 escolas ocupadas, que já estão sem aulas. (Pág. 15)

ONU aprova nova política de drogas
Líderes assinam declaração que pretende mudar a postura criminalista de combate às drogas para a abordagem de saúde. Ativistas consideram o avanço tímido. (Pág. 29)

Governo Maduro em crise múltipla
O presidente Maduro chegou à metade do mandato de seis anos enfrentando uma crise política, econômica e energética e a tentativa da oposição de tirá-lo do poder. (Pág. 27)

Colunistas

ILIMAR FRANCO – NO SENADO Acordo põe emenda pelo fim da reeleição em pauta (Pág. 2)

MERVAL PEREIRA – ESFORÇO INÚTIL Renan tenta adiar a inevitável derrota de Dilma (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO – CRISE FISCAL É uma emergência, disse Arminio a Temer (Pág. 24)

ELIO GASPARI – O MINISTÉRIO TEMER Equipe virtual cria mais um problema para o país (Pág. 20)

ANCELMO GOIS – PIADA VELHA “Deus” e “família” estavam no processo contra Collor (Pág. 17)

ZUENIR VENTURA – RETRATO DO BRASIL O país precisa também punir Eduardo Cunha (Pág. 21)

ROBERTO DAMATTA – O CERTO E A CERTEZA Salvadores da pátria não. Apenas ladrões (Pág. 21)

MARIA RIBEIRO – MÁ DRAMATURGIA O domingo ainda vai ecoar por muito tempo (Segundo Caderno)

Editorial
“Bolivarianos e Dilma se isolam na farsa do ‘golpe’” (Pág. 20)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Comissão do Senado terá maioria em favor do impeachment
Escolha de integrantes será na segunda-feira; votação está prevista para o dia 12
O governo sofreu derrota significativa no primeiro dia de definição do rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Em reunião de líderes, a maioria definiu que a escolha dos integrantes da comissão de impedimento levará em conta o tamanho dos blocos partidários e não dos partidos, como queriam governistas. Com isso, parlamentares pró-impeachment terão maioria no colegiado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitou questionamentos da oposição e de aliados do vice Michel Temer para instalar ainda ontem a comissão. Mas cedeu a cobrança do PSDB e decidiu que votará a indicação dos integrantes do colegiado na segunda- feira. Com o novo roteiro, a previsão é de que o pedido de afastamento seja votado em plenário em 12 de maio e não mais no dia 10. Na tentativa de obter apoio de senadores indecisos, o governo vai conceder empréstimos que há tempos esperam liberação para Estados e municípios. Na lista dos que devem receber recursos estão Ceará, Piauí e Paraná. (Política A4 e A5)

Análise – Dora Kramer
Propaganda enganosa – Proposta de realização de eleições em outubro, feita na medida exata da credulidade dos incautos e da má-fé dos sabidos, é um grande factoide (Pág. A8)

Arminio rejeitou convite de Temer para Fazenda, diz Aécio
O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga recusou convite de Michel Temer para o Ministério da Fazenda em caso de afastamento de Dilma Rousseff, disse o senador Aécio Neves. Depois, Temer ligou para Henrique Meirelles. Também falará com Murilo Portugal, presidente da Febraban. (Pág. A7)

Vice-presidente da Câmara limita apuração contra Cunha
O primeiro-vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-AM), definiu limitações que podem levar à anulação do processo por quebra de decoro contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética. Para evitar sua cassação, aliados ainda pretendem pressionar Michel Temer para que não interfira no processo, sob ameaça de apoiarem pedido de afastamento contra ele. (Política A6)

Delcídio tratou com Dilma de caso Odebrecht, afirma delator
Em delação premiada, Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), reiterou a denúncia de que o governo tentou interferir na Operação Lava Jato. Ele disse que o parlamentar lhe relatou conversas em que Dilma Rousseff pediu “alinhamento” do ministro do Supremo Tribunal de Justiça Marcelo Navarro com o governo e citou caso de Marcelo Odebrecht, preso preventivamente. (Política A11)

Petrobrás altera participação nos lucros
A Petrobrás vai alterar o pagamento da participação nos lucros aos funcionários, que passará a ter como base principalmente o resultado econômico, para forçar um maior comprometimento com as metas. A mudança deve provocar novo embate com sindicatos. (Economia B1)

Morte por H1N1 sobe 50% em uma semana
O número de mortes causadas pelo H1N1 aumentou 50% em uma semana. Desde o início do ano, 153 pessoas morreram por complicações provocadas pelo subtipo do vírus influenza, 91 em São Paulo. Das vítimas, 80% tinham usado o remédio Tamiflu. (Metrópole A18)

9 Estados já tentam na Justiça mudar dívida (Economia B3)

OAB avalia processar Anatel por banda larga (Economia B16)

Crise afeta Rio-2016, alertam dirigentes
Documento de federações esportivas sobre organização da Olimpíada no Rio denuncia qualidade da água, atrasos e corte de funcionários. COI é criticado por escolha da sede. (Esportes A21)

Direto da Fonte
Fernando Henrique tem dúvidas sobre a participação do PSDB em eventual governo Temer, relata Sonia Racy. “Se o governo for mal, a culpa será do PSDB, e se for bem o mérito será do PMDB?” (Caderno2 C2)

Monica De Bolle
O sumiço do meio-termo – Sem que haja profunda reforma dos objetivos e fundamentos das instituições financeiras, o que se pretenderia alcançar teria efeitos limitados. (Economia B6)

Notas&Informações
O Supremo e o impeachment – Mais alta Corte do País está atuando com independência, em ambiente carregado de paixões (A3)

Guerra ao Estado de Direito – Dilma Rousseff está deliberada e irresponsavelmente incitando a sublevação das entidades (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Câmara restringe apuração de deputados contra Cunha
Vice-presidente da Casa vê erros no processo; Conselho de Ética fala em intervenção
O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou limitações às investigações do Conselho de Ética contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo sob acusação de corrupção. Maranhão alegou falhas no processo ao proibir o uso de provas sem relação com a suspeita de que Cunha mentiu a CPI em 2015 — ele negou ter contas no exterior. Deputados temem acordão para manter o mandato de Cunha. Pressionado por aliados do peemedebista, o colegiado retirou a acusação deque ele recebera propina. Anunciou, porém, que incluiria no relatório final documentos e delações da Lava Jato que relacionam Cunha ao petrolão. José Carlos Araújo, presidente do Conselho de Ética, fala em “intervenção”. Responsável por diversas decisões que atrasaram a tramitação do caso, Maranhão diz cumprir o regimento.Cunha nega as acusações. (Poder a4)

Temer avalia, se assumir, reajustar o Bolsa Família
O reajuste nos benefícios do Bolsa Família poderá ser uma das primeiras medidas de um eventual governo Michel Temer. A medida depende da viabilidade fiscal e de um remanejamento de despesas. O peemedebista diz estar em seu planos melhorias nos programas sociais, informam Valdo Cruz e Daniela Lima. (Poder a7)

Senado inicia rito do impeachment; comissão começa na segunda (25)
O Senado iniciou o rito para votar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma. Comissão especial que analisará afastamento começa na segunda (25). Renan Calheiros (PMDB), que preside a Casa, planeja levar ao plenário até o dia 17 de maio a votação. A oposição quer acelerar o processo, e há chance de antecipação para o dia 12. (Poder a6)

Lula diz ter saído 3 vezes para chorar durante votação
O ex-presidente Lula, com os olhos cheios de lágrimas, fez petistas chorarem ao descrever o comportamento de Dilma durante a votação no domingo (17). O petista diz ter saído três vezes da sala para chorar. Segundo ele, a presidente se manteve impassível. “Cuidem do presidente”, pediu ela, segundo Lula, a auxiliares. (Poder a8)

Entrevista – Marina Silva : Brasileiros não querem o vice na Presidência
Terceira colocada da eleição para a Presidência em 2014, a ex-senadora Marina Silva (Rede) disse que a eventual posse de Michel Temer não resolverá a crise no Brasil. Faltam, diz ela, “legitimidade e credibilidade” ao vice. “Nem Dilma, nem Temer. A saída para o Brasil é uma nova eleição.” (Poder a10)

Servidores dizem que houve falhas na compra de merenda na gestão Alckmin (Poder a11)

Análise – Carlos A. Souza
Com as franquias, a internet de 1 mês pode durar 1 noite – Como medir o impacto da imposição de franquias na banda larga fixa? Assistir a um vídeo em alta resolução consome cerca de 3 GB por hora. Com um plano de dados de 20 GB, a internet de um mês pode ser consumida em uma noite. (Mercado a15)

Mônica Bergamo
Serra na Fazenda é condição do PSDB para apoiar Temer – A executiva do PSDB deve se reunir na próxima semana para discutir se apoia ou não um eventual governo Temer. A tendência hoje é a de não participar. Senadores dizem que o partido poderia aderir caso o peemedebista nomeasse José Serra para a Fazenda. É consenso, porém, que Michel Temer não gostaria de tê-lo no cargo. (Ilustrada C2)

Editoriais
Leia “Presidência anômala”, sobre processo de impeachment no Senado, e “Estradas menos letais”, acerca de queda nas mortes em rodovias federais. (Opinião a2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Quarta-Feira, 20 de Abril de 2016

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