Manchete dos Jornais desta terça-feira, 10 de março de 2015

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DIAS DE IMPACIÊNCIA

Demorou, mas aconteceu. No domingo, a presidente Dilma Rousseff falou em cadeia nacional de TV, por 15 minutos, para explicar os motivos do momento difícil que vive o país. Aproveitou as comemorações do Dia Internacional da Mulher. No trecho mais contundente, Dilma, se não fez o meia culpa que alguns esperavam, reconheceu que a opinião pública tem razão para estar decepcionada…

O Globo

Manchete : Dilma diz que é preciso razão para impeachment

Presidente, ministros e PT atribuem panelaço a ‘terceiro turno eleitoral’

FH se diz contra impedimento: “Não adianta nada tirar a presidente”

Após ter sido alvo de um panelaço em pelo menos 13 capitais na noite de domingo por causa de seu pronunciamento na TV, a presidente Dilma ontem defendeu o direito de manifestação, mas afirmou que o “terceiro turno” não é motivo para um pedido de impeachment contra ela: “Há que caracterizar razões para o impeachment.” Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, também condenou o que chamou de terceiro turno. O PT acusou a oposição de financiar o panelaço, que considerou um fracasso e coisa da burguesia. O ex-presidente Fernando Henrique afirmou que “não adianta nada tirar a presidente”. (Pág. 3)

Cabral e Pezão acusados de caixa 2

Em depoimento aos procuradores da Lava-Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter arrecadado R$ 30 milhões de empresas que atuaram nas obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) para o caixa dois da campanha de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, eleitos governador e vice em 2010. Com base nas acusações, a Procuradoria Geral da República (PGR) pedirá, até amanhã, abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os dois. Cabral chamou a denúncia de mentirosa e se disse indignado. Pezão, atual governador, classificou a acusação de Costa de absurda e disse que ele precisará provar o que disse. (Pág. 7)

Costa: ‘Doações de campanha são empréstimos a juros altos’

Em depoimento, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, disse que no Brasil as doações para campanhas são “uma grande falácia”. Segundo ele, “na verdade são verdadeiros empréstimos a serem cobrados posteriormente a juros altos”, quando os políticos são eleitos. (Pág. 6)

Na prisão, celular , dinheiro e costela (Pág. 6)

Problemas no Fies e cortes prejudicam universitários

Cortes de verbas e problemas no Fies estão afetando universitários das redes pública e privada. Ontem, UFRJ e Uerj adiaram de novo o início das aulas. Na Veiga de Almeida, alunos como Larissa da Silva, que não conseguiram financiamento federal do Fies por problemas no site, foram ameaçados de ter a matrícula cancelada. (Pág. 21)

Levy: ‘Sem equilíbrio fiscal não há crescimento’

Um dia após a presidente Dilma ter pedido paciência à população e apoio às medidas de austeridade, o ministro da Fazenda reforçou o recado e disse, em entrevista a Martha Beck, confiar que as pessoas entendem que sem equilíbrio fiscal não há crescimento. Ele atribuiu a alta do dólar a um fenômeno global. (Pág. 17)

Dólar sobe 2,35% e vai a R$ 3,129

Com a crise política e a dificuldade para aprovar o ajuste fiscal, o dólar comercial bateu novo recorde. A cotação para turistas chegou a R$ 3,56. (Pág. 19)

Novo cálculo deve evitar queda no PIB

Mudança na metodologia do PIB, que está sendo implantada há três anos, deve evitar resultado negativo em 2014. IBGE divulgará taxa em março. (Pág. 18)

Juiz de Eike pode virar réu

O juiz Flávio Roberto de Souza, que dirigiu o Porsche, agora é alvo de investigação criminal, depois de R$ 27 mil apreendidos de Eike terem sumido das dependências do Judiciário. (Pág. 20)

TJ busca acelerar resolução de casos

Tribunal de Justiça do Rio faz mutirão e cria tribunais para acelerar resolução de crimes contra a mulher. Ontem, a presidente Dilma sancionou a Lei do Feminicídio. (Pág. 21)

Obama: Venezuela ameaça segurança

Presidente disse que Venezuela ameaça a segurança nacional dos EUA e aplicou sanções a sete autoridades do país. Já a SIP denunciou aumento da censura à imprensa. (Pág. 23)

Ilimar Franco

Temer disse não a Dilma

O vice Michel Temer não vai participar do núcleo duro do Planalto. Foi isso que ele disse ontem à presidente Dilma. Temer considera que todo governante tem seu núcleo pessoal. O PMDB avalia que ele devia ter sido integrado antes, para evitar o esgarçamento da relação com o partido. Pois, depois que a casa caiu, ele não iria ficar com o pepino na mão, para ser cobrado caso não fizesse um milagre. Temer deve participar de um núcleo institucional dos partidos da base. (Pág. 2)

Merval Pereira

Proteger a democracia

Parece haver um quase consenso, que conta curiosamente com a participação da própria presidente Dilma, de que ainda é cedo para um processo de impeachment. É preciso haver um motivo, disse a presidente, e nem mesmo a sensação da maioria da população de que ela acobertou as falcatruas da Petrobras é bastante para um processo desse tipo. (Pág. 4)

Míriam Leitão

Sinceramente

Qualquer governante pode pedir suor e lágrimas. Só não pode fazer isso mentindo. O teor do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff foi muito ruim. Por trás de palavras como “paciência”, ela camuflou uma versão dos fatos que ofende a inteligência. Disse que a crise internacional explica a conjuntura brasileira, que nem está tão ruim; a imprensa é que confunde, em vez de esclarecer . (Pág. 18)

Editoriais

Panelaço é rejeição a velhas desculpas

Governo precisa fazer política, conversando com todos, inclusive a oposição, porque a estabilidade econômica e política interessa a toda a sociedade (Pág. 14)

Unasul sem legitimidade para mediar crise na Venezuela

Missão enviada a Caracas não se posicionou sobre arbitrariedades e repressão do governo Maduro. Crise exige urgentemente um interlocutor neutro (Pág. 14)

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Zero Hora

Manchete : Para Dilma, “terceiro turno” não é razão para impeachment

Após assinar lei do feminicídio, presidente falou sobre protestos, disse que todos têm direito de se manifestar, mas que a sociedade brasileira não aceitará ruptura democrática

TENSÃO POLÍTICA FAZ DÓLAR CHEGAR A R$ 3,13

PP DÁ VOTO DE CONFIANÇA A DEPUTADOS SOB SUSPEITA

(Notícias | 5 a 9 e 17 a 19)

Na próxima safra, juro mais alto para a compra de máquinas (Notícias | 14 e 15 e Caderno Campo e Lavoura)

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Brasil Econômico

Manchete : Dilma defende direito à livre manifestação, sem violência

Procurando demonstrar tranquilidade em relação aos protestos contra o seu governo, a presidenta afirmou que manifestações pacíficas fazem parte da democracia e rebateu as pressões para encurtar o seu mandato: “Há que se caracterizar razão para o impeachment. Terceiro turno das eleições não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”. (Págs. 3 a 5)

Pezão nega envolvimento com Paulo Roberto Costa

O governador do Rio de Janeiro refutou ontem as afirmações que estariam na delação do ex-diretor da Petrobras sobre a composição de caixa 2 para a campanha de 2010 de Sergio Cabral e Pezão, então vice. “Não tive conversa com Paulo Roberto, nem com ninguém da Petrobras para pedir ajuda”, disse ele. (Pág. 6)

Dólar bate R$ 3,12 com giro baixo

Por trás da escalada da moeda não há pânico ou medo de crise institucional, de desgoverno, diz Luiz Sérgio Guimarães. Prova disso foi o volume de US$ 877 milhões negociado. O dólar subiu no grito especulativo. (Pág. 20)

Eduardo Cunha diz que é ‘vítima’ de inquérito

Presidente da Câmara garantiu que não fará de seu cargo fonte de retaliação ao governo, mas adiantou que PMDB poderá sair da base aliada para disputar as eleições de 2018. (Pág. 3)

Aumento da tarifa de energia puxa inflação

Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da FGV capta forte aceleração, de 1,26%, com a bandeira vermelha a R$ 5,50/kWh. (Pág. 7)

Mosaico Político

Leonardo Fuhrmann

FERRAMENTAS NA MESA

Os parlamentares começarão a conhecer hoje quais serão as estratégias de defesa usadas a partir desta semana pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). (Pág. 2)

Relatório D.C.

Rogerio Studart

AUSTERIDADE E DESENVOLVIMENTO… NA ALEMANHA

Desde 1948, um banco de desenvolvimento (KfW) tem sido peça fundamental para a Alemanha tornar-se a potência dos dias de hoje. Tudo isso com um modelo de negócios que une austeridade, transparência e acesso a recursos privados. O Brasil pode e deve aprender com o modelo. (Pág. 9)

O mercado como ele é…

Luiz Sérgio Guimarães

LOBBY DO JURO DECOLA DÓLAR

O dólar subiu ontem 2,4%, cotado a R$ 3,1297, maior preço desde 22 de junho de 2004. A onda de alta já dura ininterruptamente seis sessões, durante as quais acumulou valorização de 9,58%. O movimento de ontem foi desligado da tendência internacional de queda da moeda americana. (Pág. 20)

Ponto Final

DIAS DE IMPACIÊNCIA

Demorou, mas aconteceu. No domingo, a presidente Dilma Rousseff falou em cadeia nacional de TV, por 15 minutos, para explicar os motivos do momento difícil que vive o país. Aproveitou as comemorações do Dia Internacional da Mulher. No trecho mais contundente, Dilma, se não fez o mea culpa que alguns esperavam, reconheceu que a opinião pública tem razão para estar decepcionada. (Pág. 32)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Não há razões para pedido de impeachment, afirma Dilma

Presidente diz que ‘3º turno’ seria ‘ruptura democrática’; PT teme repetição de protestos de 2013

Um dia após seu discurso na TV ter sido alvo de vaias e “panelaço” em pelo menos 12 capitais, a presidente Dilma (PT) disse que “há que caracterizar razões para o impeachment” e que tentar fazer um “terceiro turno” seria “ruptura democrática”. Num cenário de crise econômica e política, com o petrolão envolvendo a sua base de apoio, o governo teme o aumento dos protestos. Há o receio de que atos marcados para o próximo domingo contra a petista repitam as manifestações de 2013. A repercussão negativa do pronunciamento presidencial, usado por Dilma para defender o ajuste fiscal e pedir paciência da população, pode servir de munição para o ato antigoverno. Dilma disse apoiar o direito de protesto, mas sem violência. Grupos contra a presidente esperam levar 100 mil às ruas. Em evento, o ex-presidente FHC (PSDB) disse não ver o impeachment como uma saída, mas que “a continuidade dos acontecimentos, aí sim, desafiará as lideranças a sentir o momento”. A PM de SP dividirá os manifestantes do ato marcado para a av. Paulista em blocos, segundo a reivindicação de cada movimento. A partida do Palmeiras foi antecipada das 16h para as 11h para evitar coincidência de horário com o protesto. (Poder A4)

Dólar fecha a R$ 3,13 e aumento no mês já é de 10%

A crescente instabilidade política, com a lista de políticos citados na Lava J ato e o panelaço contra Dilma, fez o dólar subir mais e fechar a R$ 3,13 — o maior valor desde junho de 2004. Neste mês, a moeda acumula alta de 9,6%. O BC vem reduzindo as intervenções no câmbio, sinalizando que deixará a cotação flutuar. (Mercado B1)

Doação a políticos é empréstimo a ser cobrado com juros altos, diz delator (Poder A7)

Em vez de US$ 8,1 mi, Brasil dá US$ 1 de contribuição à OEA (Mundo A12)

Prefeitura de SP entrega só 28% de corredores do plano de 2003

Após renovar o sistema de transporte em 2003, a Prefeitura de São Paulo não entregou projetos que deveriam ter sido concluídos até 2013. Ao longo das gestões de Marta (PT), Serra (PSDB) e Kassab (PSD), só 83 km de 300 km de corredores de ônibus foram concluídos. Haddad (PT) promete nova licitação até julho. (Cotidiano C1)

Foto-legenda : Por uma casa

Africanas do recém-criado MMBE (Movimento Moradia Brasileiro Estrangeiro) ocupam hotel vazio na Bela Vista, região central paulistana, por temor de perder as vagas no abrigo estadual onde estavam há 3 meses (Cotidiano C5)

Benjamin Steinbruch

Neste ritmo, haverá desastre econômico difícil de esquecer (Mercado B10)

Bernardo Mello Franco

Discurso trouxe a crise de volta para o colo da presidente (Opinião A2)

Editoriais

Leia “Panela de pressão”, sobre reações ao discurso de Dilma, e “Realidade indisciplinada”, acerca de problemas enfrentados por professores. (Opinião A2)

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EBC

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