Manchete dos Jornais desta quarta-feira, 18 de Março de 2015

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Texto interno do Planalto vê ‘caos político’ no país

Documento restrito da Secretaria de Comunicação da Presidência aponta um “caos político” no país e avalia a comunicação do governo como “errada e errática”. O texto sugere concentrar esforços em SP, principal foco de rejeição a Dilma…

O Globo

Manchete : Acusado de coletar propina era cliente de Dirceu

Quebra de sigilo revela que petista recebeu de operador da Lava-Jato

Empresas investigadas no escândalo pagaram R$ 9,5 milhões ao ex-ministro

Condenado no mensalão do PT e cumprindo prisão em regime aberto, o ex-ministro José Dirceu recebeu R$ 9,5 milhões, de 2006 a 2013, de empresas hoje investigadas na Lava-Jato. Uma delas pertence a Milton Pascowitch, apontado por Gerson Almada, da Engevix, como operador de pagamento de propinas ao PT. Dirceu, segundo o delator, prestou ser viço de “lobby internacional” para a empreiteira em Cuba e na África. Almada disse ainda que negociava o pagamento de propinas com o tesoureiro do PT, João Vaccari. Em nove anos, a consultor ia de Dirceu recebeu R$ 29,2 milhões, de 42 empresas. Os dados constam de inquérito aberto na Lava-Jato. (Pág. 3)

Mônaco bloqueia dinheiro de outro ex-diretor

O Principado de Mônaco bloqueou R$ 40,2 milhões do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada. O Ministério Público Federal pediu a Mônaco o bloqueio por causa da suspeita de que o ex-diretor esteja envolvido na Lava-Jato. (Pág. 4)

Depoimento de Duque à CPI será na PF

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque será ouvido pela CPI da Petrobras na sede da PF, em Brasília. O juiz Sérgio Moro autorizou a viagem de Duque, que está preso em Curitiba desde segunda-feira. (Pág. 5)

PT e PMDB divergem sobre resposta às ruas

Partidos não chegam a acordo sobre financiamento de campanha; pacote contra corrupção terá propostas antigas

Usada novamente pela presidente Dilma para responder aos protestos das ruas, a reforma política esbarra num impasse: PT e PMDB não chegaram a acordo sobre a aprovação de pontos fundamentais, como o financiamento público das campanhas — defendido pelo PT e criticado pelo PMDB. “O Congresso é o senhor absoluto dessa matéria (a reforma política)”, disse o vice Michel Temer ontem. Também em resposta às ruas, o governo divulga hoje pacote de medidas contra a corrupção, grande parte delas já apresentada antes. (Pág. 10)

Planalto admite comunicação ‘errática’ (Pág. 8)

Diretor do Senado na lista do HSBC suíço

O diretor adjunto de Contratações do Senado, Humberto Lucena Pereira da Fonseca, está na lista dos brasileiros correntistas do HSBC suíço. Junto com familiares, ele possui duas contas que, em 2006 e 2007, tinham US$ 5,1 milhões. O servidor nega ser dono dos valores. (Pág. 11)

Foto-legenda : O tesouro de Duque

O acervo de 131 obras de arte do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso anteontem, surpreendeu agentes da PF, relata ANTÔNIO WERNECK. (Pág. 6)

Levy negocia ceder em ajuste

Diante da pressão do Congresso, o ministro Joaquim Levy poderá subir menos as alíquotas de contribuição previdenciária. Para agradar a petistas, deve rever o corte em alguns benefícios trabalhistas. (Pág. 21)

Dólar vai a R$ 3,28, mas depois recua

Rumores de que o Brasil seria rebaixado pela agência Fitch levaram o dólar a R$ 3,285. Mas, no fim do dia, sinais de maior articulação política para aprovar o ajuste fiscal fizeram a moeda cair 0,46%, a R$ 3,229. (Pág. 22)

CEF sofreu desvio de R$ 102 milhões

A PF desmontou fraude com crédito imobiliário em agências do Rio. Empregados da Caixa liberavam empréstimos para imóveis superavaliados ou inexistentes. Quatro foram demitidos. (Pág. 26)

MP da dívida dos clubes – Times terão até 20 anos par a pagar (Pág. 34)

Ilimar Franco

O Palácio e o impeachment

O Planalto não é indiferente à pregação pelo impeachment de setores da oposição. No governo, avalia-se que esses navegam na radicalização da rua. E que lhe cabe não deixar que se crie m as condições políticas para que a tese floresça. A prioridade é garantir uma base sólida na Câmara. Com o PMDB de fato dentro do governo e uma base de 250 deputados, resume um ministro, “acabou o risco de impeachment”. (Pág. 2)

Merval Pereira

Lavagem de doações no TSE

A revelação, em delação premiada, do vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Leite, de que o tesoureiro do PT, João Vaccari, propôs o pagamento de propinas como doações legais confirma as diversas informações que surgiram durante a Operação Lava-Jato de que o dinheiro desviado da Petrobras financiou as campanhas eleitorais do PT, inclusive a presidencial de 2010. (Pág. 4)

Míriam Leitão

Algum erro é dose

Na economia, a presidente Dilma admitiu “algum erro de dosagem”, mas não disse de que medida falava. O descuido com a inflação levou o país ao estouro do teto da meta; os estímulos ao crescimento produziram rombo fiscal e o país parou de crescer; o populismo na energia acabou em tarifaço. Não foi “algum erro”. Foram vários. Não foi apenas a dose, o remédio estava errado. (Pág. 22)

Editoriais

Chega a hora do lulopetismo no petrolão

Lava-Jato detém o ex-diretor Renato Duque, apadrinhado pelo PT, denuncia Vaccari, tesoureiro da legenda, e traça rota de propinas convertidas em doações eleitorais (Pág. 18)

Dilma olha para frente ao apoiar ajuste na economia

Mesmo fazendo uma autocrítica modesta, sem reconhecer políticas equivocadas do passado, a presidente defendeu de público, com ênfase, a mudança de rumos (Pág. 18)

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Zero Hora

Manchete : Empresas da Lava-Jato pagaram ao menos R$ 7,5 mi a José Dirceu

Repasses fazem parte dos R$ 29 milhões que a consultoria do petista faturou em nove anos com assessoria a 50 clientes. Valores foram revelados ontem pela Justiça Federal, na Investigação que poderá ligar o ex-ministro ao escândalo de propina da Petrobras. (Notícias | 8 e 10)

Pacote anticorrupção torna crime o caixa 2 (Notícias | 14)

Rosane de Oliveira

Gerson Almada, da Engevix, é a pedra no sapato de Dirceu

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Brasil Econômico

Manchete : Serviços têm taxa positiva, mas com maior desaceleração

Um dos poucos setores que permanecem com crescimento registrou em janeiro uma alta de apenas 1,6% na receita nominal em comparação com igual mês do ano passado. Foi a menor taxa da série histórica do IBGE. “A tendência é de desaceleração, especialmente dos serviços supérfluos prestados às famílias. Em conjuntura desfavorável, é razoável que esses serviços sejam reduzidos”, diz Christian Travassos, da Fecomércio do Rio. (Págs. 4 e 5)

Crise política – Documento interno aponta erros

A análise, atribuída à Secom, teria circulado entre petistas e ministros. Admite que a comunicação do governo tem sido caótica e errática, mostra a perda de simpatia entre os próprios eleitores de Dilma e critica a escolha de Levy. (Pág. 3)

PMEs ainda buscam linha de crédito

A demanda das empresas apresentou alta de 5,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. Segundo a Serasa Experian, a procura por financiamento foi observada de forma mais intensa nas micro e pequenas empresas do que nas grandes. (Pág. 23)

Vinicius Lages – Turismo vai na contramão da economia

“Sobretudo num ano tão desafiador como este, não há nenhuma outra fronteira de crescimento como a nossa”, assegura o ministro do Turismo, Vinicius Lages. O ajuste fiscal, porém, poderá colocar o setor em risco. (Págs. 8 e 9)

EUA contra o Bird da China

Oliver Stuenkel, especialista da FGV em emergentes, diz que os EUA usam a ajuda militar como principal moeda de troca para impedir a adesão de países como o Japão e a Índia ao banco de investimento criado pela China, que já tem apoio dos países europeus. (Págs. 26 e 27)

Olhar do Planalto

José Negreiros

O MERCADO QUER SABER

Depois das manifestações de domingo e da entrevista da presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, o mercado acordou com três perguntas na cabeça:

1 Por que o humor da população mudou tanto em relação ao governo? Porque a propaganda foi muito eficiente. Bastou ela começar a governar para o contraste entre promessa e realidade explodir.

2 A presidente mudou ou não de 26 de outubro para cá? Radicalmente. Basta ver a política econômica que está em vigor. É contrário da anterior. Não se conhece governante que, tendo cometido erros — e do tamanho que a presidente cometeu — vá à televisão admiti-lo.

3 Se, por hipótese, vier o impeachment, a bolsa sobe ou desce? Essa ninguém foi capaz de responder até o fechamento das operações. Sinal de que, mesmo entre os maiores críticos do governo, não existe Plano B. Quando a equação é radical, até o mercado, um ninho de especialistas em futuro e ausência de dúvidas, pisca. O que é positivo e sintoma de maturidade política (Pág. 2)

O mercado como ele é…

Luiz Sérgio Guimarães

TACADA EM DOIS LANCES

O mercado de câmbio fez ontem uma jogada em dois lances. Primeiro, puxou o dólar para cima o mais que pôde, contrariando a tendência global. À tarde, depois que os espertos já tinham desovado suas posições, o preço foi recuando lentamente até desabar na meia hora final, fechando em baixa de 0,42%, vendido a R$ 3,2310. (Pág. 22)

Ponto Final

Octávio Costa

UM TEMPO DE RESERVAS MORAIS

Com a morte de Therezinha Zerbini, o Brasil se despede de uma de suas filhas mais nobres e dedicadas. A corajosa dona de casa católica pertenceu a um grupo de brasileiros e brasileiras que se destacaram nas horas mais difíceis da vida nacional. (Pág. 32)

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Folha de S. Paulo

Manchete : 62% reprovam governo Dilma

Segundo Datafolha, aprovação da petista caiu de 23% para 13% desde 5 de fevereiro; avaliação é a pior após Collor

O governo Dilma atingiu a mais alta taxa de reprovação desde setembro de 1992, pouco antes do impeachment de Collor. Para 62% da população, a gestão da presidente é ruim ou péssima. Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dois dias seguintes aos protestos de domingo (15), a desaprovação de Dilma subiu 18 pontos desde 5 de fevereiro. A pior taxa de Collor foi 68%. Com 76 dias de segundo mandato, a aprovação da petista chegou a 1 3%, queda de dez pontos em seis semanas. O Datafolha apurou que o pessimismo sobre a economia continua elevado. O desemprego deve crescer para 69% dos entrevistados e a inflação, para 77% (contra 81 % em fevereiro). A nota média dada a Dilma é 3,7 , a menor desde a sua chegada à Presidência, em 2011. Com dois pontos percentuais de margem de erro, o levantamento do Datafolha mostra deterioração da popularidade de Dilma em todos os segmentos sociais analisados pelo instituto. A maior taxa de ruim/péssimo está no Centro-Oeste (75%) e no Sudeste (66%), nas cidades mais populosas, entre eleitores com escolaridade média e entre quem ganha de 2 a 5 mínimos. (Poder a4)

Em 8 anos, consultoria rende R$ 29 mi a José Dirceu

A empresa de consultoria de José Dirceu recebeu R$ 29, 3 milhões de 2006 a 201 3, aponta relatório da Receita que analisa as finanças dos negócios do ex-ministro. A JD Consultoria teve ganho de cerca de R$ 7 milhões em 2012, ano em que o petista foi condenado no mensalão. Em 201 3, quando esteve preso, foram R$ 4,2 milhões. O documento com a quebra de sigilo fiscal de Dirceu foi incluído na ação penal em que ele é investi gado na Operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras. Procuradores suspeitam que Dirceu e a JD tenham recebido recursos ilícitos de empresas que têm contratos com a estatal em um esquema para repassar propina. Entre as empreiteiras alvo da Lava J ato, a que mais pagou à JD foi a OAS (total de R$ 2,4 milhões). Engevix (R$ 1, 3 milhão) e UTC (R$ 1,2 milhão) vêm a seguir. Ex-ministro da Casa Civil (governo Lula), Dirceu, hoje em prisão domiciliar , nega irregularidades e diz que os serviços não tiveram relação com a Petrobras. (Poder a10)

Texto interno do Planalto vê ‘caos político’ no país

Documento restrito da Secretaria de Comunicação da Presidência aponta um “caos político” no país e avalia a comunicação do governo como “errada e errática”. O texto sugere concentrar esforços em SP, principal foco de rejeição a Dilma. (Poder a8)

Apreensões de crack disparam na fronteira com o Paraguai

As apreensões de crack na principal fronteira entre Brasil e Paraguai, em uma rota dominada pelo PCC, tiveram uma disparada desde 2011. Historicamente, o carro-chefe da facção criminosa é o tráfico de cocaína. Só neste ano, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 182,4 kg de crack, mais que o total em 2014 (139 kg). O Paraguai é ponto de passagem da droga — produzida na Bolívia, Colômbia e Peru— para o Brasil. (Cotidiano C1)

Insatisfação aumenta até em redutos petistas

ANÁLISE

Mauro Paulino e Alessandro Janoni

Mesmo nos estratos mais beneficiados pelas políticas sociais do governo, a rejeição a Dilma disparou. A repercussão dos protestos do fim de semana intensificou frustração que vinha desde fevereiro. Mas, para a maioria, não há identificação com os manifestantes. (Poder a5)

Editoriais

Leia “Cada vez pior”, sobre pesquisa a respeito da popularidade de Dilma, e “A praga do contrabando”, acerca do comércio ilegal de mercadorias. (Opinião A2)

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EBC

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