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O descredenciamento da filial londrinense da rede de lojas de móveis planejados Todeschini pode resultar em um inquérito criminal no Ministério Público (MP). Desde a tarde de sexta-feira (22), quando loja instalada na Avenida Ayrton Senna deixou de ser franqueada, os funcionários foram dispensados e os pedidos feitos pelos clientes não tem mais previsão de entrega.
O caso foi registrado na Polícia Civil na terça-feira (26). No mesmo dia, o diretor do Procon em Londrina, Rodrigo Brum Silva, encaminhou um ofício ao MP para que seja aberta uma investigação criminal sobre o caso. Segundo ele, reclamações contra a loja começaram na semana passada. “Duas pessoas nos procuraram até a sexta-feira. No início desta semana a quantidade de casos relatados foi tão grande, mais de 40, que encaminhamos esse ofício ao MP para a abertura de um inquérito criminal.”
Silva acrescentou que tanto a loja de Londrina quanto a fábrica da Todeschini, no Rio Grande do Sul, terão de responder pelas reclamações dos consumidores. A empresa poderá ter de devolver o dinheiro pago pelos clientes que não receberam o produto. De acordo com a legislação que ampara o consumidor, situações como essa caracterizam a chamada “responsabilidade solidária” da marca junto aos franqueados.
A advogada Renata Brandão, representante de parte dos funcionários e de alguns consumidores, disse que os trabalhadores foram dispensados sem maiores explicações. O lojista disse apenas que eles deveriam ir para casa. “Ele disse que não tinha dinheiro para pagar os salários. Como não foi feita a rescisão do contrato de trabalho, os ex-funcionários não conseguem nem dar entrada no seguro-desemprego”, comentou nesta quarta-feira (27).
Segundo ela, consumidores que já haviam feito pedidos e pago pelos móveis também não tiveram resposta por parte do dono da loja. “São pessoas que pagaram R$ 10 mil, R$ 20 mil, até R$ 50 mil por um produto que não foi entregue.”