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O mundo está a ficar mais tecnológico mas, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os jovens brasileiros interessam-se maioritariamente por algumas das opções mais convencionais de trabalho. Descubra quais.
O cenário económico brasileiro tem promovido uma maior busca pelos “novos” trabalhos criados pelo potencial do mundo tecnológico.
Hoje em dia, cada vez mais pessoas recorrem à Internet para encontrar uma profissão de tempo inteiro ou simplesmente uma forma de ganhar alguns rendimentos extra. Hoje, criar loja online ou negócio shopify surge como uma opção válida e apelativa para muitos adultos, havendo até quem opte por trocar os trabalhos mais convencionais por estas opções online.
Embora esta realidade exista e se
sinta internacionalmente – note-se que, apenas em 2018, o número de lojas
online aumentou em 23% – a verdade é que o questionário da PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes), realizado pela OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), revelou que os alunos de 15
anos brasileiros mantém expetativas bastante convencionais sobre a sua entrada
no mercado de trabalho.
Venha conhecer as tendências internacionais e as brasileiras no que diz
respeito às futuras carreiras pretendidas pelos jovens de 15 anos, na
atualidade.
Quais as profissões mais desejadas pelos jovens?
Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, as principais
carreiras desejadas pelos jovens, a nível global, prendem-se com a saúde, o
direito, as engenharias e a pedagogia.
Considerando um levantamento realizado nos primeiros 18 anos do século XXI,
este inquérito concluiu que os sonhos profissionais dos jovens variam de forma
bastante inesperada consoante o género.
As alunas do sexo feminino têm como principais aspirações virem a tornar-se
médicas, advogadas, professoras, enfermeiras, psicólogas, administrativas ou veterinárias.
Somam-se ainda opções na área do jornalismo, do design, da arquitetura, da
estética e das forças policiais.
Já os rapazes pareceram optar maioritariamente pela engenharia, a
administração, a medicina, a advocacia, o setor automóvel e as ciências
relacionadas com as tecnologias de comunicação e informação.
Estas carreiras, muito escolhidas mundialmente, foram selecionadas por cerca de
63% dos inquiridos no Brasil.
Vale a pena referir que este inquérito abrangeu mais de 600 mil estudantes em
mais de 7 dezenas de países e que dele constaram mais de 10 mil alunos
brasileiros.
O espaço das profissões convencionais no século XXI
Este estudo não se limitou a analisar os desejos dos estudantes, focando também
os seus medos e ansiedades quanto ao futuro.
Nestes meandros, o estudo percebeu que muitos dos jovens temem que as novas
tecnologias venham a gerar setores mais automatizados e robotizados, que criem
alterações culturais, sociais e laborais.
Este medo dos estudantes poderá ser fundamentado, se considerarmos que cerca de
39% dos empregos selecionados pelos estudantes estão em risco de passarem a ser
realizados por máquinas num período entre 10 a 15 anos, encontrando-se em risco
efetivo a sua continuação.
Ainda assim, a escolha deste tipo de emprego foi mais realizada em países como
a Grécia, a Eslováquia, a Alemanha, a Lituânia e o Japão.