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O levantamento do ONS também constatou que, passados os primeiros 22 minutos, a elevação da demanda de carga no sistema é mais intensa, nos 20 minutos seguintes ela continua crescendo em função da ativação da iluminação pública, a uma taxa de 170 MW por minuto. “Esse comportamento é caracterizado por uma redução acentuada de carga no período que antecede o início dos jogos e se eleva, a taxas bastante altas, durante o intervalo das partidas, principalmente, imediatamente após o seu término”, informou o ONS.
Para garantir a continuidade e a qualidade do atendimento aos consumidores, o Operador Nacional do Sistema tem adotado ações preventivas nos dias das partidas do Brasil, como a sincronização de um número maior de geradores; estratégias específicas para controle de tensão e frequência; a até a recomendação para que os agentes de transmissão, geração e distribuição montem esquemas especiais para a pronta intervenção em instalações não assistidas e para normalização das condições de atendimento na eventual ocorrência de problemas.
No caso específico do jogo contra a Coreia do Norte, o comportamento de carga do SIN registrou variações significativas no consumo de energia. “A carga verificada no período da 00h00 às 13h10, apresentou um comportamento normal, similar ao de uma terça-feira típica. Há partir das 13h10, observou-se consumo inferior a um dia típico, com uma redução gradativa de carga a uma taxa de 55 MW por minuto”, diz o documento.
O levantamento do ONS informa ainda que, a partir das 14h50, a taxa de variação de carga se intensificou, com uma redução de 6.600 MW, em 40 minutos, o equivalente à soma do consumo das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Vitória.
O Operador Nacional do Sistema, constatou, também, que durante o primeiro tempo do jogo, a carga do SIN continuou reduzindo a uma taxa de 60 MW por minuto. “Já no intervalo do jogo, ocorreu um crescimento de 3.600 MW, em apenas sete minutos, o equivalente ao consumo de todo o estado de Santa Catarina”. Com o reinício da partida, de acordo com o ONS, o consumo de energia diminui, ficando no mesmo patamar do final do primeiro tempo do jogo.
O ONS alerta para o fato de que, para o jogo de domingo (20), embora a carga seja da ordem de 80% da de um dia útil, o fenômeno da rápida tomada de carga no intervalo e logo após o final do jogo é novamente esperado com a realização da partida do Brasil contra a Costa do Marfim, às 15h30. “É prevista uma variação de até 3.000 MW, em apenas nove minutos”.
Edição: Aécio Amado