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Fayet, que é membro do Conselho da Autoridade Portuária (CAP) de Paranaguá também apontou falhas graves em licitações para a dragagem do porto, queda na eficiência operacional, diminuição do volume de exportação, aumento na taxa de risco, além de falhas em contratos, desrespeito às leis ambientais brasileiras e um suposto esquema de propina que funcionava em Paranaguá. Segundo Fayet, as empresas que tentaram denunciar a prática acabaram sendo perseguidas. “Algumas até deixaram de operar porque as irregularidades não interessam a quem quer trabalhar de forma correta e sem surpresas”, garantiu.
Entre os desvios de cargas, Fayet falou sobre o desaparecimento de cerca de seis mil toneladas de soja que sobram anualmente da chamada reserva técnica. E de um guindaste chamado cabria, capaz de levantar uma carreta carregada.
O economista disse ainda que a maioria das denúncias encaminhadas pelo CAP ao ministério público estadual e federal, aos tribunais de contas do estado e da união, ao ministério dos Transportes e até ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sequer foram investigadas.
E citou uma possível indústria das ações trabalhistas no porto, com a possível participação de integrantes da APPA. “As irregularidades só continuaram porque não houve punição”, garantiu.
“A inércia e a falta de medidas legais contra os maus administradores contribuíram para o prejuízo enorme que o Paraná e o Brasil sofreram nos últimos anos. E estes órgãos fiscalizadores precisam explicar que medidas foram adotadas ou os motivos que impediram que elas fossem tomadas”, explicou.