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Exames de impressão digital comprovaram que o corpo encontrado nesta quarta-feira (1º) às margens da BR-376, em São José dos Pinhais, é de Renata Larissa dos Santos, de 22 anos. A informação foi confirmada pelo diretor do Instituto Médico Legal de Curitiba (IML), Paulino Pastre, na tarde de hoje (2).
“Foi necessária a remoção das regiões digitais das mãos para a reconstrução das impressões, para distender adequadamente os tecidos, já que o corpo estava esqueletizado. A partir daí, os nossos papiloscopistas fizeram o confronto e identificaram a Renata Larissa”, disse o diretor em entrevista coletiva.
Como o corpo estava em estado avançado de decomposição, os peritos não conseguiram definir a causa da morte. “Não houve elementos suficientes para descobrir como ela morreu. Até pesquisamos a possibilidade de achar ferimentos por arma de fogo, mas não foi o caso. Temos apenas dois nós fortemente atados na região cervical, mas devido ao estado do cadáver, não podemos confirmar se ela foi ou não estrangulada, por exemplo”, completou.
A jovem foi encontrada nua, mas os exames no IML também não puderam esclarecer se ela sofreu ou não violência sexual. A Polícia Civil agora segue investigando o caso, que tem como principal suspeito o policial militar Peterson Mota Cordeiro, de 30 anos. Ele foi preso na semana passada acusado de ter estuprado pelo menos três mulheres.
A família já sabia
Desde que o corpo foi achado, a família já desconfiava que poderia ser de Renata. Ao visitar o IML antes mesmo da confirmação pelas impressões digitais, a irmã da vítima, Jocélia da Costa, não tinha dúvidas de que se tratava da jovem. “É ela mesmo. Nós a identificamos por uma tatuagem de borboleta que ela tinha no ombro. A gente tinha esperança de encontrá-la, viva ou morta, mas depois que a vimos nesse estado, é muito mais difícil. A minha mãe passou mal aqui no IML e precisou ir embora”, disse ela.
No local, Jocélia ainda voltou a dizer que todos ficaram muito surpresos com o possível envolvimento do policial no crime. “Nós fomos surpreendidos por isso, mas acho que tudo leva a crer que foi ele. Os dois tinham um relacionamento de amizade, não amoroso, e a família também o conhecia. Sabemos que eles tinham contato desde o ano passado. Para a gente, ele era só mais um amigo, entre todos. Mesmo depois que ele foi preso, não pensamos que poderia ter alguma ligação com o desaparecimento dela”.
Renata sumiu no dia 27 de maio, em Colombo, depois de receber uma mensagem no celular que a deixou nervosa. “Ela ficou bem preocupada e agitada com um áudio que alguém mandou. Começou a andar de um lado para o outro e depois disse que ia conversar com um amigo no portão e já voltava. Mas saiu e não retornou mais”, relatou a irmã.
“Já sofremos bastante”
O outro irmão de Renata Larissa, Ramon dos Santos, também conversou com a imprensa no IML. Ele disse que a família já sofreu muito com o caso. “Infelizmente nós não conseguimos chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu. A nossa resposta era encontrá-la, agora o resto fica a critério da polícia. Apesar da dor e da tristeza, traz certo alívio saber onde ela realmente está. Não é o que esperávamos e o luto é uma coisa tão forte… Para minha mãe será ainda mais pesado”, finalizou.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do corpo da jovem.