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De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) não está recebendo novos pacientes. Também está restrito o encaminhamento de pacientes para os pronto-socorros cirúrgico, médico e ortopédico, cujos pacientes, geralmente, necessitam de internação.
Segundo o hospital, os 14 pacientes que ocupam os leitos de UTI da institutição estão contaminados pela KPC, além de outros pacientes nas demais alas. A assessoria informa que todas as pessoas contaminadas estão devidamente isoladas e medicadas.
A situação no Hospital Universitário de Londrina deve ser normalizada assim que os pacientes contaminados receberem alta ou forem deslocados para outras alas do hospital.
Como surge uma superbactéria
“Superbactéria” é, na verdade, um termo que vale não só para um organismo, mas para todas as bactérias que desenvolvem resistência a grande parte dos antibióticos. Por causa de mutações genéticas ao longo do tempo, as bactérias passam a produzir enzimas que tornam grupos de micro-organismos comuns, como a Klebsiella e a Escherichia, “blindadas” para muitos medicamentos.
Outro mecanismo para desenvolvimento de superbactérias é a transmissão por plasmídeos. Plasmídeos são fragmentos do DNA que podem ser passados de bactéria a bactéria, mesmo entre espécies diferentes. Uma Klebsiella pode passar a uma Pseudomonas, e esta pode passar a uma terceira. Se o gene estiver incorporado no plasmídeo, ele pode passar de uma bactéria a outra sem a necessidade de reprodução.
No Brasil circulam algumas bactérias multirresistentes, como a SPM-1 (São Paulo metalo-beta-lactamase), além da KPC.