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“[Se os hackers] estiverem fora do país será um caminho mais longo”, disse Lau. “Não existe anonimato absoluto. As máquinas fazem os registros”, acrescentou, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, que foi ar pela manhã. Para ele, a PF “está muito bem preparada e equipada.”
Ontem (24) de madrugada, quando hackers invadiram a página do IBGE, um recado atribuído aos invasores indicava que mais ataques ocorrerão no país. “Este mês, o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell. Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o seu país, só assim poderemos crescer e evoluir”, diz a mensagem.
Para Lau, a invasão por hackers não é o caminho ideal para cobrar melhorias ou mostrar que há falhas nos sistemas de segurança dos órgãos ligados ao governo. “Fazer uma invasão desse tipo é expor dados. Não é a melhor maneira de colocar a necessidade de rever a segurança [do sistema]”, disse ele. “Expor deliberadamente [alguns tipos de] dados é crime”, reforçou.
Os hackers fazem acessos de computadores e provedores espalhados no mundo todo, causando a queda da página ou a operação com lentidão. No site da Receita Federal, foram registrados cerca de 300 mil acessos simultâneos – volume que normalmente leva uma hora para ser registrado durante a entrega de declarações do Imposto de Renda.