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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) deve subir para R$ 2.640 devido ao aumento do salário-mínimo que será oficializado no dia 1º de maio. O valor equivale a dois salários mínimos no valor de R$ 1.320, que deve ser o valor anunciado na ocasião. No entanto, a mudança só deve chegar no bolso dos brasileiros no ano que vem, devido ao prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda.
A Receita Federal já anunciou que o prazo para entregar o IRPF é entre 15 de março e 31 de maio, e deve revelar as novas regras da declaração deste ano até o final de fevereiro. Em campanha no ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu aumentar a faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil. O ministro do Trabalho já afirmou que esse aumento será gradual ao longo de todo o mandato, e que haverá um acréscimo mais tímido neste ano.
Para Mauro Silva, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), “qualquer reajuste na tabela do Imposto de Renda é um alívio”, mas o valor de R$ 2.640 “não deixa de ser frustrante por ser um ajuste modesto”. Ele ainda afirma que se esperava o cumprimento da promessa de campanha de isentar um maior número de contribuintes. De acordo com a Unafisco, a tabela de isenção do Imposto de Renda está defasada em 148%, e se fosse corrigir completamente a defasagem, o governo teria que subir a faixa de isenção para R$ 4,7 mil, próximo dos R$ 5 mil propostos em campanha por Lula.
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