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A Justiça julgou nesta quarta-feira (12) os habeas corpus do ex-governador do Paraná Beto Richa e Fernanda Richa e negou a liminar, mantendo o ex-governador e a esposa em prisão temporária.
O desembargador Laerte Ferreira Gomes, da 2ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná, que havia determinado a transferência do ex-governador do Complexo Médico Penal para o regimento da Polícia Montada, foi quem decidiu mantê-lo preso temporariamente por 5 dias. O casal está preso desde ontem (11) e ainda não prestou depoimento.
Beto e Fernanda Richa foram presos na manhã de terça-feira pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná durante a Operação Rádio Patrulha, que investiga um suposto esquema de corrupção e recebimento de propina na realização do Programa Patrulha do Campo, criado para a manutenção de estradas rurais do estado entre 2012 e 2014.
Outras dez pessoas também foram presas na operação, entre elas o irmão de Beto, Pepe Richa, o primo, Luiz Abib Antoun e o secretário de cerimonial do governo Richa, Ezequias Moreira.
O chefe de gabinete do ex-governador, Deonilson Roldo também era alvo de prisão, mas foi detido pela Polícia Federal, também nesta terça-feira, na 53ª fase da Operação Lava Jato, onde os alvos eram o núcleo do governo de Beto Richa, inclusive com mandados de busca e apreensão cumpridos na casa do peemedebista.
Todas as prisões feitas pelo Gaeco são temporárias e válidas por cinco dias. Já Deonilson está preso preventivamente na Polícia Federal.
Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão, que foram cumpridos em Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu. Foram alvo de busca e apreensão 16 residências, quatro escritórios, um escritório político, quatro empresas e a sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
Os mandados foram expedidos pelo juiz Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba e as investigações correm em segredo de justiça.
De acordo com o Ministério Público do Paraná, o ex-governador é chefe de uma organização criminosa que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões.
Na ação, apura-se o pagamento de propina a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
A defesa de Beto Richa informou, por meio de nota que, até agora não sabe qual a razão das ordens judiciais e que ainda não teve acesso à investigação.
A defesa de Deonilson afirmou que ele se prontificou a prestar depoimentos e nunca foi chamado pela Justiça, portanto a prisão dele é desnecessária.
Com informações do Paraná Portal