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A crise de saúde pela qual estamos passando até hoje mudou a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. Não é de surpreender, é uma doença nova que é muito fácil de transmitir entre humanos. Esta situação obrigou as pessoas a manterem distância física umas das outras, ter que se confinar em suas casas, sair para o estritamente necessário com máscara e outras medidas de saúde, tudo isso recomendado pela maioria dos governos mundiais, organismos internacionais e outros, autoridades de saúde. Nessas condições, a tecnologia desempenha um papel importante para garantir a comunicação, mesmo à distância, e manter ativa muitas das atividades diárias das pessoas, e a educação não escapa dessa realidade, desde a educação básica até quem faz uma tese de doutorado..
Devido a essas circunstâncias, não é possível frequentar uma sala de aula no momento. No meu caso, estou desde março de 2020 sem poder frequentar pessoalmente minha universidade. Tenho saudades de ir lá, de andar pelos seus corredores, de ir à biblioteca, de ouvir as aulas dos meus professores e de falar com os meus colegas, mas não posso ir por motivos de uma causa maior. Todos nós temos que cuidar uns dos outros. Substituindo as aulas presenciais, a maioria das instituições de ensino opta por dar aulas pela internet, aproveitando os benefícios das novas tecnologias, e minha universidade está fazendo o mesmo dentro do que pode. Até recentemente, tive a oportunidade de assistir a uma espécie de curso de verão ministrado online pela Universidade para aproveitar o tempo enquanto estávamos trancados em casa.
O que fazer para arrumar esse rombo que deixa a falta de internet?
Apesar de o curso ter durado relativamente pouco tempo, não ultrapassando cerca de seis semanas, e apesar de serem apenas duas disciplinas eletivas, os momentos de tensão não faltaram: o fornecimento de energia elétrica quase não falha nestas paragens de. a capital, mas sim fiquei dias sem internet. Claro que, sendo um curso online e não tendo este serviço em casa, não havia alternativa senão resolver de alguma forma poder cumprir esse compromisso. Afinal, faltar àquelas aulas e perder a oportunidade de ganhar aquele tempo na formação acadêmica não era uma opção para mim. E foi o que eu fiz: gastei dinheiro adicional para poder conectar dados do celular a videoconferências agendadas pelos meus professores. Assisti às aulas no celular, não no computador.
E é que a falta de internet estudando à distância é um problema por diversos motivos: o primeiro é a falta de comunicação que causa entre o professor e o aluno, outro é porque limita a possibilidade de assistir a uma aula por meio de videoconferência, e Outra dificuldade fundamental reside no fato de que muitos dos materiais de estudo são digitalizados e para obtê-los é preciso procurá-los na rede. Além disso, esta situação afeta ambas as partes. Nem todos os professores dispõem de internet integralmente, fazendo com que muitos não ofereçam cursos online e os que oferecem deixem de ministrar algumas aulas por falta de conexão com a rede. Este último é estendido ao serviço de energia elétrica, pois com a falta de energia elétrica não dá para ver as aulas.
Esta é uma realidade: o Brasil tem muitos problemas de conectividade com a Internet. Alguns serão felizes, contando com ele a maior parte do tempo; outros, por outro lado, não têm sorte porque estão presos e têm comunicações limitadas. Mas isso não significa que a internet venezuelana esteja muito ausente. Quando existe, é lento, pois de acordo com o Índice Global Speedtest, índice internacional especializado em monitoramento de serviços de internet, nosso país tem uma das piores conectividades da América Latina. Triste mas é verdade. Resumindo, todos nós que moramos aqui já percebemos isso mais cedo ou mais tarde, muitos de nós não ficarão surpresos.
Mais sobre estudar sem internet em pleno século XXI
A ideia não é reivindicar a ausência deste ou de qualquer outro serviço de alguém especificamente, a ideia é que sejam feitos investimentos suficientes para que o serviço de internet seja de qualidade e chegue a todos que o contratam. Isso se aplica a empresas públicas e privadas que o oferecem. Todos nós precisamos da internet. A conexão com a rede tornou-se essencial para estudar, trabalhar e recriar. Os alunos precisam disso porque não podemos ir a aulas presenciais e, mesmo se formos para nossas instituições de ensino, exigimos isso como um meio para realizar várias de nossas tarefas acadêmicas. E quem o possui na maior parte do tempo deve valorizá-lo, pois há tantos outros que precisam e não têm ou não podem pagar.
A importância de ter conectividade em tempos de crise. O mundo mudou e um dos campos mais afetados foi a educação. Há 191 países que fecharam suas escolas e isso afetou 1,5 bilhão de alunos da pré-escola ao ensino superior, segundo a UNESCO.
• Falta de conectividade. Embora em muitos lugares, como a Argentina, existam milhões de crianças que encontraram a possibilidade de continuar estudando graças à internet e suas capacidades, não é o caso de milhões de outras crianças. Metade dos alunos, cerca de 826 milhões, segundo a UNESCO, não tem acesso a computador e 43% (706 milhões) não têm conectividade em casa.
• Como eles estão resolvendo isso? “Para reduzir as desigualdades existentes, devemos também apoiar outras alternativas, incluindo o uso de programas de rádio e televisão comunitários para educar. Estas são algumas soluções que estamos abordando “, disse Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO.
Perspectivas para o futuro
A verdade é que é muito difícil prever como tudo isso irá se resolver, ou se na verdade irá se aprofundar. Se pensarmos a longo prazo, a tendência é que a diferença de acesso à tecnologia e a desigualdade se amplie ainda mais, isto é, ao menos se nada for feito. Com o advento do 5G, por exemplo, já é mais um passo e mais um custo que o consumidor precisa ter para conseguir o acesso a ele. Por outro lado, tecnologias como o Starlink, idealizado por Elon Musk, prometem proporcionar internet de acesso grátis, livre e global a todo o mundo por meio de satélites.